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Empresa leva energia solar para comunidade indígena de Manaus

 

 

Energia limpa e acessível é o tema do sétimo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que preconiza a necessidade de garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. No Brasil, avançamos neste caminho: mais de 85% da nossa matriz elétrica vem de fontes renováveis. Esse resultado é oriundo de um conjunto formado pelo bom aproveitamento das hidrelétricas e dos recursos naturais, de políticas para a atração de investimentos e da ampliação do número de parques eólicos e usinas solares.

No primeiro trimestre deste ano, o país registrou a maior produção de energia limpa dos últimos 12 meses. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico indicam que mais de 90% da energia gerada e utilizada pela sociedade brasileira foi produzida a partir de fontes renováveis (hidráulica, eólica, biomassa e solar) – algo que não ocorria desde 2011.

Como parte dessa equação em prol da energia limpa e acessível, os negócios de impacto social e ambiental brasileiros têm bastante espaço para contribuir com a pauta. Um dos exemplos é a Revolusolar, fundada em 2015 no Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro. Percebendo o potencial de transformação que a energia solar poderia ter nas comunidades, empreendedores locais e estrangeiros formaram uma aliança estratégica com lideranças comunitárias para criar a organização.

As duas primeiras instalações de energia solar foram instaladas em 2016 em empreendimentos na favela. No ano seguinte, a equipe conduziu uma pesquisa de campo em 100 residências da comunidade em busca de um diagnóstico sobre o acesso à energia elétrica na Babilônia.

O levantamento revelou que uma minoria de moradores era beneficiada pela tarifa social; a maioria estava com consumo e pagamento de energia elétrica regularizados. Esse foi um importante insumo para o desenho das soluções oferecidas pela Revolusolar.

“A partir daí, percebemos a necessidade de desenvolver uma metodologia de atuação, envolvendo, além das instalações solares, programas de capacitação profissional e de educação e cultura. Essas frentes foram iniciadas ainda em 2018, mesmo ano em que realizamos a primeira instalação solar em um espaço comunitário na comunidade, na Escolinha Tia Percilia, feita pelos próprios instaladores, que foram capacitados localmente”, conta Eduardo Avila, diretor executivo.

A trajetória da Revolusolar envolveu um processo de profissionalização da equipe – que participou de programas de formação e aceleração, trabalhando com o suporte de consultorias nacionais e internacionais –; o lançamento do Portal da Transparência com a publicação dos demonstrativos financeiros e relatórios de atividades; e parcerias com empresas do setor de energia solar, permitindo retomar o projeto de construção de uma cooperativa, instalada na Associação de Moradores da Babilônia, em 2021.

Em 2022, a Revolusolar desenvolveu o seu primeiro projeto fora da Babilônia e do Chapéu da Mangueira – o Circo Solar, uma parceria com o Circo Crescer e Viver. Os empreendedores contam que os planos passam por replicar essa experiência em novos equipamentos culturais e nas edificações da Cidade Nova – território onde está instalada a nova sede da Revolusolar, inaugurada em 2023. A ideia é construir um bairro solar!

Neste ano, a Revolusolar chegou à Amazônia – por meio do projeto Kurasi Tury – com a construção de um sistema fotovoltaico híbrido na Escola Indígena Municipal Aru Waimi, localizada na comunidade indígena de Terra Preta, região metropolitana de Manaus.

“Este tem sido um ano especial. Em conjunto com o CEASM e o Museu da Maré firmamos uma parceria para a introdução da metodologia Ciclo Solar no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Da mesma forma, colaboramos com a replicação da metodologia em São Paulo, com o Instituto Pólis (projeto no Conjunto Habitacional Paulo Freire) e com o Instituto Favela da Paz e a Worley (projeto no Jardim Nakamura)”, conta o empreendedor social.

Esta matéria foi publicada pelo Estadão. Clique aqui e confira a notícia.

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