Com a aposta cada vez mais frequente de grandes empresas no desenvolvimento de projetos de produção de hidrogênio verde, tanto no Brasil quanto no mundo, o estado do Rio de Janeiro desponta como um dos locais para a implementação de um complexo nesta área.
O Porto de Açu assinou recentemente um memorando de entendimento com a Neoenergia e a Prumo que prevê a realização de pesquisas para a produção de hidrogênio verde no local. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a utilização de portos que abrigam complexos industriais para a fabricação do combustível tem se tornado uma tendência mundial. A proposta é, com a implantação do hidrogênio verde, tornar possível que os portos utilizem fertilizantes nitrogenados, como amônia verde e aço macio.
Outros portos, como de Pecém (CE) e Suape (PE) também integram os planos para a fabricação de hidrogênio verdade no Brasil. No final de agosto, o porto de Suape fez uma chamada pública para que empresas interessadas em instalar usinas de hidrogênio verde no estado se apresentassem. A alternativa tem sido uma grande aposta para a transição energética do setor portuário, já que o produto pode ser fabricado a partir de fontes renováveis como solar e eólica e não emite gases de efeito estufa.
O hidrogênio verde é produzido a partir de fontes de energia renováveis ou de baixo carbono e tem emissões de carbono significativamente menores do que o hidrogênio cinza, que é produzido pela reforma a vapor do gás natural, que compõe a maior parte do mercado de hidrogênio.