O setor de energia solar no Brasil, sobretudo dos pequenos projetos em residências e empresas, tem sido um importante destaque a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, entre os dias 6 e 18 deste mês.
A ABSOLAR integra o pavilhão das fontes renováveis, o Wind and Solar Pavilion, iniciativa do Conselho Global de Energia Solar (GSC) e do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), e conta com três representantes na COP 27: Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída, Rodrigo Pedroso, conselheiro, e Daniel Sobrinho, coordenador estadual no Pará.
Os executivos participam de diversos painéis e palestras organizadas por entidades como o GSC, o Ministério de Meio Ambiente, a Apex-Brasil, o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Aliança Solar Internacional (ASI) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Está previsto um encontro com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para apresentar os representantes do setor apresentarem uma série de propostas de inclusão da fonte solar como ferramenta estratégica para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País.
Um dos temas é a ampliação do prazo para o cumprimento das regras previstas na Lei 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia renovável. A justificativa é o descumprimento, por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica com contratos de concessão no Brasil, de regras e prazos estabelecidas na lei, o que tem acarretado inúmeros atrasos e dificuldades para os consumidores brasileiros.
A entidade apresentará ainda iniciativas para reduzir a conta de luz de todos os brasileiros e, ao mesmo tempo, acelerar a transição energética sustentável a partir de tecnologias limpas, renováveis e competitivas, em linha com compromissos internacionais assumidos no combate climático.
Outros temas estratégicos para a modernização do setor elétrico defendidos pela entidade incluem o armazenamento energético por baterias, os sistemas híbridos de geração renovável, hidrogênio verde e implantação e estímulo ao mercado para a venda de crédito de carbono brasileiro.