Após a sanção da Lei 14.300, muitas dúvidas e inseguranças surgiram no setor solar sobre como podemos nos ajustar e tornar os projetos de instalações fotovoltaicas rentáveis. Com isso, pensando no integrador, a WIN SOLAR publicou este artigo sobre o zero grid, uma estratégia de gerenciamento do fluxo de energia que auxiliará os projetos fotovoltaicos a não exportar energia para a rede elétrica, trazendo consigo a redução da cobrança de uso do sistema da rede de transmissão e distribuição.
O que é o zero grid e quais os equipamentos que podem ser utilizados para uma gestão energética completa de um sistema fotovoltaico?
O zero grid é um processo de controle de energia capaz de gerenciar todo o fluxo de um sistema solar fotovoltaico e limitar a zero a potência injetada na rede elétrica. Os dispositivos capazes de realizá-lo são os medidores inteligentes, os quais fazem o monitoramento dos valores de geração de energia, consumo e a energia solicitada da rede. Basicamente, os medidores inteligentes efetuam a medição de tensão e corrente das fases e assim chegam ao cálculo de potência. Esses equipamentos acabam sendo de grande valor para os projetos fotovoltaicos como um todo. Por isso, a WIN SOLAR oferece em seu portfólio dois grandes equipamentos em que é possível aplicar o controle de exportação de energia: o medidor inteligente da Solis, conhecido como EPM (Export Power Manager) e o Smart Meter da SolarEdge.
Funcionamento de um sistema fotovoltaico zero grid
Com o objetivo de uma instalação fotovoltaica não injetar energia na rede (zero grid) e ter um inversor que gere apenas a quantidade de energia que está sendo consumida, o medidor inteligente analisa a energia solicitada pelas cargas e sinaliza o valor para o inversor, este recebe a informação e limita a geração de acordo com a potência consumida das cargas.
Situações em que é necessário realizar o controle de potência injetada na rede
São muitos os casos em que é obrigatório a retenção de energia exportada para a rede e aqui falaremos um pouco dos casos importantes. Existem topologias de rede, como a reticulada, em que qualquer retorno de potência para a linha de distribuição, o sistema da concessionária local enxerga como um defeito e acaba acionando os dispositivos de proteção, comprometendo assim o abastecimento de uma região. Uma outra circunstância, é que pode haver uma restrição de potência nominal de um transformador que esteja após o sistema fotovoltaico. Além disso, com a nova lei sobre o Marco Legal da geração distribuída, componentes tarifários serão cobrados em instalações que efetuarem a injeção de energia na rede elétrica, sendo necessário o consumidor final que queira reduzir os custos da cobrança restringir a exportação de potência na linha de distribuição.
Portanto, com tantas vantagens de utilização, o zero grid em conjunto com os medidores inteligentes é uma solução essencial para o futuro da geração de energia solar e é perfeita para diversas circunstâncias em que o controle de exportação de energia se faz necessário.
Texto escrito por Fernando Oliveira, do Suporte Técnico da WIN.