A GD (geração distribuída) de energia solar atingiu 4 GW de potência instalada nesta sexta-feira (13), segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ao total, são mais de 411 mil UCs (Unidades consumidoras) recebendo créditos, mais de 330 mil usinas fotovoltaicas instaladas em mais de 5 mil cidades brasileiras.
Entre as classes de consumo, a comercial é a que possui maior potência instalada com 1,54 GW, seguida da residencial com 1,51 GW e rural, com 0,52 GW. Este marco para o setor solar brasileiro atesta que cada vez mais os consumidores brasileiros estão buscando economia e sustentabilidade por meio da fonte fotovoltaica.
"Em 2017, a ANEEL projetou que não atingiríamos esta marca antes de 2024. Esta marca sendo ultrapassada com mais de quatro anos de antecedência mostra o quanto nosso setor é forte, trabalhador, gerador de empregos e acima de qualquer previsão de órgãos oficiais", destacou Leandro Martins, presidente da Ecori.
Temos que parabenizar todos os que suam em cima dos milhares dos telhados todos os dias, os engenheiros que se debruçam em cima de cada projeto para que ele se concretize, os que trabalham duro para vender os sistemas e manter o setor ativo e a todos que acreditaram e seguem trabalhando com amor e honestidade em prol do setor", acrescentou Martins.
Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), desde 2012 o mercado fotovoltaico brasileiro já empregou mais de 110 mil pessoas nos últimos oito anos. "A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico do país, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo", aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia. O segundo a associação.
Alexandre Borin, Gerente da Fronius Solar Energy, que atua o setor fotovoltaico brasileiro desde o início da GD em 2012, comemora o marco atingido. "O mercado de energia solar no Brasil mostrou nesse ano que tem fundamentos muito sólidos pois mesmo diante de uma pandemia global continua a crescer e atingir essa marca histórica de 4GW. A Fronius se orgulha de fazer parte dessa marca, comercializando inversores desde 2012 no Brasil, e sendo responsável direta por mais de 1/3 da potência instalada de GD", destacou.
Para Camila Nascimento, diretora comercial da Win Energias Renováveis, esse marco atingido reitera a força e a resiliência do setor solar. "A fonte fotovoltaica na geração distribuída demorou sete anos para atingir o primeiro gigawatt e, somente em 2020, já bateu 2 GW, 3 GW e agora 4 GW. Trata-se de um feito extraordinário no Brasil, impulsionado pela viabilidade de redução de gasto pelos cidadãos e aumento de competitividade pelas empresas. É muito gratificante fazer parte dessa história e contribuir para a mudança da matriz energética brasileira", enfatizou.
Para Gustavo Malagoli Buiatti, fundador e diretor de tecnologia da Alsol Energias Renováveis, a GD solar fotovoltaica atingir 4 GW de potência instalada comprova a importância da fonte fotovoltaica para a matriz elétrica brasileira. " Em 2012, a fonte solar tinha participação insignificante em relação às outras fontes, nem sequer aparecia como fonte participante da matriz elétrica brasileira, e muitas pessoas acreditavam que não haveria espaço para a fonte solar devido ao preço e aos potenciais hídrico, de biomassa e eólico no país. Hoje, 8 anos mais tarde, a geração distribuída já superou 4GW. Este crescimento se explica pelo elevado potencial do recurso solar em todo e qualquer lugar do país. A tendência é de continuar crescendo devido à complementariedade das diferentes fontes no nosso país”.
"É a fonte solar despontando como um dos atores principais da diversificação, descentralização, digitalização e descarbonização do setor elétrico brasileiro. A GD solar certamente continuará aumentando muito sua participação na nossa matriz nos próximos anos", concluiu Malagoli.