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Blog de '2019' 'agosto'

AS 5 DÚVIDAS MAIS COMUNS DE QUEM SE INTERESSA POR ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

 

 

 

Nesse artigo vamos conversar de forma simplificada sobre cinco assuntos corriqueiros, que a grande maioria das pessoas que decidem procurar informações sobre energia solar antes de decidir investir, começam a se perguntar.

Antes de iniciarmos, é importante ressaltar que nenhuma dúvida é boba, todas são válidas e pertinentes, então nunca tenha receio de perguntar (até entender) sempre que não dominar o conhecimento a respeito de alguma coisa. Temos visto no mercado as pessoas errarem no óbvio, sinal de que o óbvio também precisa ser dito e entendido.

Dito isto, gostaria de listar essas dúvidas iniciais, a fim de que fiquem bem esclarecidas:

 

1) QUAL A DIFERENÇA ENTRE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA X ENERGIA SOLAR TÉRMICA?

É comum para quem está começando a se inteirar sobre o assunto, imaginar que não existe diferença entre essas duas tecnologias e formas de se aproveitar o sol como fonte de energia. Porém, isso é um grande engano.

Há uma grande diferença entre as duas tecnologias, iremos explicar logo abaixo. É importante salientar que elas não devem ser confundidas, e muito menos vistas como substitutas uma da outra, o que infelizmente o mercado tem feito, tratando a energia solar térmica como obsoleta na maior parte das vezes.

Mas vamos ao que interessa, de forma bem prática:

A energia solar térmica utiliza o calor do Sol como fonte primária de energia (efeito fototérmico), e através dos aquecedores solares elevam a temperatura de um fluido (geralmente água), para que seja utilizada na maioria das vezes nos banhos, e para aquecer ambientes. É uma tecnologia altamente eficiente no que diz respeito a redução do consumo de energia elétrica com aquecimento de água. Os coletores solares recebem em sua superfície o calor emitido pelo Sol, e possuem dutos que são responsáveis por transportar o fluido aquecido até um local de armazenamento (tanque térmico) que é chamado de boiler. 

Já a energia solar fotovoltaica tem como princípio a geração de energia elétrica, que se dá através do processo de conversão direta da luz em eletricidade (efeito fotovoltaico). A célula fotovoltaica é a unidade fundamental deste processo de conversão, e ao invés do calor do Sol, o responsável para que esse processo tenha início, é radiação solar (quanto maior a radiação, maior a quantidade de energia possível de ser produzida). Estas células são feitas de um material semicondutor, geralmente o silício, e são arranjadas em conjunto, formando os módulos (ou painéis) fotovoltaicos.               

Sem entrar em muitos detalhes técnicos, quando a luz do Sol incide sobre uma célula fotovoltaica, os elétrons são postos em movimento, e desta forma, iniciam o processo de geração de eletricidade.

 

2) SE ACABAR A LUZ NA RUA, EU CONTINUO TENDO ELETRICIDADE DISPONÍVEL?

A primeira resposta para isso poderia ser “depende”. Mas, vamos tomar como regra que estamos tratando apenas de sistemas ON-GRID (que são os sistemas conectados à rede da concessionária, trataremos disto com detalhes em outro artigo). Então para estes casos a resposta sempre será: NÃO, se houver falta de energia pela concessionária, você também ficará sem energia disponível. 

Isto ocorre por alguns motivos técnicos de segurança. Dentre eles, o mais simples de se explicar por hora, é que o equipamento responsável por gerenciar a energia gerada pelo seu sistema fotovoltaico (inversor), precisa estar munido de algumas proteções, e elas são obrigatórias para que ele possa ser utilizado em paralelismo com a rede de energia que a concessionária disponibiliza para atendimento a seus clientes. A proteção que faz com que o inversor automaticamente entenda que há falta de energia por parte da distribuidora e desta maneira se desconecte da rede, é chamada de anti-ilhamento (trataremos disso em outro artigo).

 

3) QUANTO CUSTA A INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO?

O custo de se obter um sistema fotovoltaico para sua residência ou empresa, não é um custo padrão ou predeterminado. A aquisição de um sistema, passa por uma série de estudos, avaliações e análises, vou listar aqui as principais delas. Todo projeto fotovoltaico é único e personalizado, e baseia-se em informações do consumidor. 

O primeiro passo, é uma análise do seu histórico de consumo. Essa análise é feita a fim de se obter um valor médio ao longo dos últimos doze ciclos de consumo (12 meses de conta de energia). Esse histórico é importante para que a análise não seja feita levando-se em consideração apenas um valor pontual de consumo, que pode não condizer com o restante dos ciclos. Com essa informação, já é possível definir o tamanho do sistema necessário para suprir o seu consumo de energia elétrica.

O segundo passo, é uma avaliação a respeito da viabilidade de se instalar no local desejado, todo esse sistema que seria necessário para suprir o consumo. Nesta etapa, o projetista e a empresa que irá elaborar o orçamento para instalação, deve fazer um levantamento técnico sobre a área em metro quadrado disponível para instalação do sistema, e possíveis dificuldades e limitações técnicas de implantá-lo (interferências).

A partir disto, já é possível se elaborar um orçamento para a execução do projeto. Lembrando que estes são os passos iniciais, e a partir deles, uma série de análises ainda devem ser levadas em consideração, mas que não cabe entrar nestes detalhes aqui neste artigo. Trataremos mais a frente.

4) CONSIGO ZERAR A MINHA CONTA DE ENERGIA INSTALANDO UM SISTEMA FOTOVOLTAICO?

Infelizmente não. Mesmo que o sistema instalado seja suficiente para suprir todo o consumo de energia elétrica da concessionária, ainda assim existem valores em sua fatura de energia que não são referentes à consumo. Esses valores mudam de acordo com a forma como você é atendido pela distribuidora, e são obrigatórios por estar conectado à rede. 

Se você é um cliente residencial e até mesmo comercial (atendido em baixa tensão, grupo B), a sua obrigatoriedade com a concessionária é chamada de custo de disponibilidade, e o valor a ser pago é definido desta maneira:

  • 30kWh x tarifa (R$) para quem possuir conexão monofásica
  • 50 kWh x tarifa (R$) para quem possuir conexão bifásica
  • 100kWh x tarifa (R$) para quem possuir conexão trifásica

Ou seja, mesmo que você não pague mais pelo consumo, ainda será obrigado a pagar o custo de disponibilidade de energia, que pode ser entendida como uma taxa mínima obrigatória. Isto é direito das distribuidoras, previsto na Resolução Normativa n°414, artigo 98.

Se você é um cliente comercial ou industrial (atendido em média ou alta tensão, grupo A), a sua obrigatoriedade com a concessionária é chamada de demanda contratada, e o valor a ser pago é definido pela quantidade em kW (quilowatt) contratada junto a distribuidora para atender as suas cargas instaladas. 

Para este caso, não existem valores predefinidos. O que determina a quantidade contratada de demanda, é a previsão de carga instalada do local, e isto é solicitado a concessionária por parte do responsável do projeto elétrico.

Em resumo, qualquer cliente cativo (consumidor ao qual só é permitido comprar energia da distribuidora detentora da concessão ou permissão na área onde se localizam as instalações do acessante, e, por isso, não participa do mercado livre e é atendido sob condições reguladas) possui obrigações junto a concessionária:

 

  • Unidade consumidora grupo B – custo de disponibilidade
  • Unidade consumidora grupo A – demanda contratada

 

5) COMO O SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO FUNCIONA DURANTE A NOITE?

Ele não funciona a noite, pois a noite não existe incidência de luz solar nos módulos. Para relembrar o que falamos no início, o princípio de funcionamento dos sistemas fotovoltaicos se dá através da radiação solar que incide na superfície do painel fotovoltaico.

Quem possui sistema solar fotovoltaico instalado, durante a noite ainda precisará consumir energia elétrica da distribuidora. Mas isso não deve ser visto como um problema, vamos entender mais algumas premissas:

Como dito anteriormente, o dimensionamento do sistema ideal para cada cliente, passa por uma análise do histórico de consumo. Dentro desse dimensionamento, sempre deve estar sendo considerado toda energia que é consumida também durante a noite. Sendo assim, o seu sistema possivelmente será capaz de produzir (em determinados períodos) mais energia durante o dia do que a consumida. Isso irá gerar um excedente que ficará armazenado junto a concessionária em forma de créditos para que seja consumido posteriormente, em períodos noturnos por exemplo, onde não há geração de energia.

Essa característica de armazenamento, é definida pela Resolução Normativa N°482 da ANEEL como sistema de compensação de energia (trataremos em outro artigo).

De forma geral, durante o dia o sistema deve ser capaz de gerar uma quantidade de energia que atenda todo o seu consumo (dia + noite). Contrate uma empresa de engenharia especializada em sistemas fotovoltaicos para que o projeto tenha confiabilidade. 

Em resumo, investir em energia solar fotovoltaica requer uma série de conhecimentos prévios para que todos os procedimentos, sejam por parte das empresas que atuam no segmento ou por parte dos clientes que desejam adquirir, sejam garantidos de forma correta.

 

Fonte: Departamento de engenharia da Win Energias Renováveis.

WIN CONFIRMA PRESENÇA COM STAND TEMÁTICO NA INTERSOLAR!

 

A Intersolar é a maior feira mundial do setor de energia solar e conta com sua edição Intersolar South America aqui no Brasil anualmente.

A Win Energias Renováveis anunciou sua participação no evento, garantindo um stand temático inovador e com parcerias de peso junto de marcas que são renomadas no mercado de energia fotovoltaica em todo o mundo.

Os principais temas da feira serão energia fotovoltaica, tecnologias de produção FV, armazenamento de energia e tecnologias termossolares. Desde sua fundação em 1991, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedores, distribuidores, prestadores de serviços e demais parceiros do setor solar. Uma grande potência de negócios!

A feira Intersolar South America ano 2019 acontecerá entre os dias 27 a 29 de agosto, no Expo Center Norte, na cidade de São Paulo. Convidamos a todos para que visitem nosso stand temático G-50 [colocamos o link do stand da feira aqui], vocês vão se surpreender! 

 

Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo - SP, 02055-000

Geração solar distribuída supera marco de 1 GW

 

 

A capacidade instalada de geração distribuída a partir da fonte solar fotovoltaica superou 1 gigawatt (GW) no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nesse tipo de geração, a energia pode ser produzida remotamente, desde que dentro da mesma área de concessão, ou diretamente na unidade consumidora. A energia não consumida imediatamente é injetada na rede, e transformada em desconto na conta de luz.

No total, são 94,2 mil unidades de geração instaladas no país, gerando créditos para 118 mil unidades consumidoras. Neste, a capacidade instalada desse tipo de geração subiu 70,9%. O ritmo de crescimento acelerou neste ano diante das discussões de mudanças nas regras para geração distribuída. A expectativa é que as alterações entrem em vigor no próximo ano, com possível redução da atratividade dos empreendimentos por meio da redução de subsídios, o que fez com que muitos consumidores antecipassem a decisão de investir em módulos fotovoltaicos.

O presidente executivo da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, disse esperar que a Aneel aperfeiçoe a regulação relativa à geração distribuída GD para que os usuários de projetos do tipo paguem pelo uso da rede de distribuição no futuro. “Não dá para não ter uma cobrança do fio para GD”, disse. Segundo Faria, hoje, o subsídio para quem usa GD está em torno de R$ 400 mil. Mas, se nada for feito, explicou, esse impacto pode chegar a algo entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, em 2023.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o ritmo de crescimento da geração solar distribuída seguirá acelerado mesmo com uma eventual mudança nas regras. “O que causa o crescimento não é apoio do governo, mas a questão econômica. Houve uma redução muito agressiva dos preços dos componentes dos sistemas, principalmente os módulos fotovoltaicos”, afirmou. Segundo ele, a marca de 1 GW é importante, mas ainda há espaço para um crescimento substancial no país.

Minas Gerais é o Estado que concentra a maior parte dos empreendimentos, tendo atingido 197 megawatts (MW), por meio de 19,6 mil empreendimentos. Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 159,4 MW em 13,5 mil unidades. São Paulo é o terceiro Estado, com 127 MW e 16,3 mil instalações.

Segundo a Absolar, os consumidores residenciais lideram a lista, com 73,8% do total. Em seguida, aparecem setores de comércio e serviço, com 17,3%. A entidade calcula que os investimentos em geração solar distribuída no país já somam R$ 5,6 bilhões desde 2012, quando foram definidas as regras para esse tipo de geração.

Acompanhando o crescimento da geração distribuída, grandes empresas de geração de energia tem apostado em projetos, como AES Tietê, CPFL, EDP e Energisa. Na semana passada, Furnas, controlada da Eletrobras, disse que está investindo R$ 11,6 milhões na construção de três usinas de 1 MW cada. O investimento é para autoconsumo da companhia. Mas a estatal, conhecida pelo seu parque hidrelétrico, quer adquirir experiência para investir de forma mais significativa no segmento solar no futuro.

Fonte: Valor Econômico - Camila Maia e Rodrigo Polito | De São Paulo e do Rio