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Blog de '2022' 'fevereiro'

Consumidor pode trocar a economia na conta de luz pela parcela do financiamento do painel solar

 

A energia solar entrou definitivamente no estágio de democratização de acesso no Brasil. Além de ser considerado um dos melhores investimentos que o consumidor possa fazer, já que as taxas de retorno do sistema fotovoltaico em residências e empresas gira em torno de 15% ao ano, algo muito acima de qualquer produto financeiro oferecido no mercado.

 

Esse retorno altamente atrativo é impulsionado pelas altas na conta de luz no Brasil, o excelente recurso solar no território nacional, a queda histórica nos preços dos equipamentos e os modelos de financiamento de sistemas fotovoltaicos disponíveis no País.

 

Na prática, como as instituições financeiras ampliaram o prazo de carência para o pagamento da primeira parcela de 90 para 120 dias, em média, a mudança deu tempo para que o usuário obtenha as primeiras economias na conta de luz antes de receber o carnê do financiamento, já que o tempo médio para adquirir um sistema fotovoltaico, despachar, instalar e homologar na distribuidora de energia é de três meses. 

 

Assim, o alongamento do prazo possibilita que a parcela do financiamento seja menor do que o valor mensal gasto na conta de luz em cerca de 70% do território brasileiro, permitindo a sobra de recursos para os consumidores.

 

Tal cenário permitiu que o consumidor instale o sistema solar sem a necessidade de possuir recursos próprios e pague o financiamento com a própria redução que obtém na conta de luz todos os meses.

 

O tempo de retorno médio de um sistema solar em residência e empresa gira em torno de 3 a 7 anos no Brasil, segundo cálculos de mercado. A partir desse período, o consumidor terá quitado o sistema com as próprias reduções na conta de luz, tendo na sequencia um sistema próprio de geração de eletricidade limpa e renovável por mais de 25 anos.

Venda de projetos solares: se não fizer diferente, vai brigar por preço

 

 

Por Vinícius Soares, coordenador comercial da WIN no Sul

Oceano vermelho é um conceito gerencial-administrativo em que, dada as empresas do setor já estabelecida, com os produtos equalizados, uma das poucas alternativas para se destacar é variar o preço. Logicamente que o primeiro instinto é precificar pra baixo. E é nesse ponto que vamos conversar: Por que são os instintos que comandam a precificação? Por que nivelar por baixo?

 

Na hora de vender um projeto solar, alguns argumentos precisam ser usados, como redução na conta de energia, durabilidade, taxa de retorno do investimento e credibilidade. São só alguns, mas na hora de falar das condições de pagamento é que paramos de valorizar o nosso ganha pão e colocamos pra baixo o que temos de melhor. Temos o melhor pós-venda, trabalhamos com a equipe treinada e capacitada, nosso departamento de novos negócios está sempre em busca de novas oportunidades, mas o preço é de amador, a forma de pagamento é a mais simplista, a proposta parece que foi feita num papel de pão, o uniforme comercial é o mesmo da instalação (todo sujo) e por aí vai.

 

Está na hora de fazer diferente, de fazer melhor, de buscar a perfeição. E isto não está relacionado com ter grandes investimentos, alternativas mirabolantes, ferramentas inalcançáveis, profissionais de talentos incompreendidos e caríssimos. Fazer diferente é muitas vezes fazer o óbvio, fazer o que está ao alcance das mãos de forma caprichosa, de forma comprometida, e por vezes simples. Para isso, minha sugestão aqui é que use a maior ferramenta de todas: sua criatividade.

 

Já pensou quantas vezes fazer o simples, o famoso feijão com arroz, é a melhor alternativa? Se você já faz a instalação com maestria, com perfeição, deixando o lugar do inversor, por exemplo, ainda mais limpo e organizado do que encontrou, ou fazer ligações para saber como está a geração da usina com a mesma insistência do que havia ligado antes de fechar a instalação da usina, são apenas algumas alternativas que nosso mercado nos apresenta como diferenciais óbvios.

 

Mas gostaria de provocar a pensar como outros mercados podem atrair novos clientes usando ferramentas e estratégias de outros setores. Pensar fora da caixa da energia solar fotovoltaica vai além de uma opção, pois passa a ser uma obrigação à medida que nada mais é novidade.

 

Para trazer novidades e criar alternativas você deve avaliar inicialmente o que faz, o que o cliente reconhece de valor e em seguida como melhor a experiência do cliente sem fazer investimento. Esses três passos são etapas que a correria do dia a dia não permite acontecer, e está tudo bem. Mas ter clareza de que não tem tempo/prioridade para organizar e pensar estrategicamente nas ações da empresa é um início.

 

Reflita sobre esse tema e certamente encontrará muita oportunidade de melhoria. Hora de trabalhar e fazer o seu melhor

 

Confiamos em você. Sim, confiamos em você: eu e você!

 

Vinicius Soares é apaixonado por energias renováveis e coordenador comercial

 

Principais razões para ter energia solar em casa

O uso da energia solar em residências tem praticamente dobrado ano a ano no País. Em uma década desde a publicação da Resolução Normativa 482, de 2012, pela Agência Nacional de Energia Elétrica, O Brasil atingiu a marca de um milhão de consumidores atendidos pela tecnologia, seja na geração própria no telhado ou por meio da aquisição de créditos de usinas próximas ao local de consumo.

 

O crescimento exponencial da energia solar distribuída nas residências está ligado a diversos fatores, sobretudo econômicos, tendo como o principal deles a redução na conta e por consequência o alívio no orçamento das famílias.

 

Veja abaixo as principais vantagens da energia solar nas casas: 

 

Bom Retorno do Investimento (ROI)

 

A instalação de um sistema de energia solar residencial é um investimento de médio e longo prazos como quaisquer outros no mercado. Porém, o tempo de retorno desse investimento é altamente atrativo e vem melhorando ano a ano, conforme as tarifas de energia crescem no País. Estima-se hoje que o payback médio de um sistema fotovoltaico numa residência gire em torno de 4 a 7 anos.

 

Tecnologia com Longa Vida Útil

 

Os sistemas fotovoltaicos comercializados no mercado brasileiro possuem tecnologia de alto desempenho e longa vida útil. Os equipamentos solares, como os geradores, por exemplo, possuem garantia de fábrica de 25 anos. E há muitos deles em funcionamento há mais de 40 anos no mundo.

 

Pouca Manutenção

 

Uma das grandes vantagens de um sistema fotovoltaico residencial é a baixa necessidade (ou quase nenhuma) de manutenção. A principal medida que deve ser adotada pelo usuário é a limpeza dos painéis, para garantir o melhor desempenho do equipamento. Vale lembrar que a própria chuva já cumpre em parte essa função.

 

Rapidez na Instalação

 

É muito simples para um consumidor torna-se também um gerador de energia com a fonte solar. O trabalho de instalação em uma residência média no País pode levar apenas 24 horas.

 

Proteção Contra Reajustes Tarifários

 

Um sistema solar no telhado bem dimensionado praticamente blinda o usuário os aumentos na conta de luz causados pelos reajustes nas bandeiras tarifárias. Ou seja, gerar a própria energia protege o consumidor da inflação energética.

Como funciona a assinatura de energia solar

 

 

Certamente, uma das maiores revoluções no mercado de energia solar no Brasil é o chamado “serviço de assinatura”. Na prática, o consumidor, seja residencial ou empresarial, pode contratar um serviço de fornecimento de energia solar sem nenhum tipo de investimento ou intervenção no imóvel.

 

Trata-se da geração solar compartilhada, que permite que o consumidor recebe créditos de energia de uma usina fotovoltaica distante que esteja conectada no mesmo sistema de distribuição de eletricidade da concessionária que atende este consumidor.

 

Ou seja, da mesma forma em que se contrata uma assinatura de internet e tv a cabo, a usina solar envia os créditos pelo fio da distribuidora até a residência, comércio ou indústria que adquire o serviço.

 

Especialistas no setor entendem que essa modalidade representa uma grande democratização do acesso à energia solar no País, já que pode atender imóveis alugados ou que não possuem área para construção de um sistema próprio no local, como é o caso de apartamentos e salas em prédios comerciais. Também atende aos consumidores que não querem ou não conseguem fazer um investimento em uma pequena usina geradora.   

 

Portanto, modelo por assinatura amplia o acesso à energia solar de forma inteligente e eficiente e pode garantir uma redução na conta de luz da ordem de 20%.

Como montar uma empresa integradora de projetos de energia solar

 

 

O setor solar fotovoltaico vive um crescimento exponencial no Brasil, com uma taxa de cerca de 450 novas empresas por mês no País, segundo estimativas de mercado. Dados recentes mostram que o número de companhias que atuam com projetos e instalação de sistemas solares ultrapassem 20 mil.

 

Para criar uma empresa integradora, o processo é similar ao de praticamente quaisquer companhias que venham a surgir, independente do ramo de atuação. Ou seja, pelas regras brasileiras, que possuem pequenas variações entre os estados, há uma série de procedimentos a serem cumpridos e que são obrigatórios em todos os casos. 

 

O primeiro passo é definir a modalidades de enquadramento, como Sociedade Limitada (Ltda); Empresa de Responsabilidade Limitada (Eireli); Empresário individual ou Microempreendedor Individual (MEI).

 

Para a abertura de uma empresa, os custos e prazos variam em cada estado da federação. A média de taxa de abertura na junta comercial local varia entre R$ 200 e R$ 350. Caso a empresa tenha serviços de engenharia em suas atividades, tem ainda os custos com o registro da empresa junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), pagando a taxa de registro de R$ 310 e anuidade de R$ 470.

 

Os prazos médios das juntas comerciais ficam entre 15 e 30 dias. Uma vez concluída a abertura com a junta comercial e com o CNPJ emitido, pode-se dar entrada no CREA, que tem um prazo de registro de 30 dias.

 

A depender do faturamento, a empresa deve optar por um dos três regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Essa análise deve ser feita junto a um contador, considerando fatores como faturamento, despesas, número de funcionários, compra de produtos para revenda e outros mais.

 

 

 

 

Vantagens da energia solar para pequenos negócios

 

 

A conta de luz é um gasto significativo para a maioria das pequenas e médias empresas. Nesse sentido, poupar recursos e gerar a própria energia é uma excelente opção para assegurar mais resiliência e previsibilidade na gestão do empreendimento. Segundo a International Energy Agency (IEA), até 2060 a energia solar fotovoltaica irá representar um terço da produção global de energia elétrica.

 

Em média, o investimento a ser feito em energia fotovoltaica, a partir de recursos próprios ou de um financiamento, se paga em cerca de cinco anos e a empresa ainda continuará contando com aquela geração de energia limpa e renovável por, no mínimo, mais 20 anos.

 

Basicamente, são as usinas solares instaladas nos telhados das casas, comércios, indústrias e empresas em geral, bem como nas propriedades rurais ou nas pequenas fazendas solares. O Brasil tem um enorme potencial para a energia solar fotovoltaica, sendo um dos países do mundo com maior irradiação solar. No território nacional inteiro, de Norte a Sul, a energia solar é uma excelente opção para as pequenas e médias empresas.

 

Assim, o uso de fontes de energia limpa e renovável, como a solar, é uma das ferramentas mais importantes para garantir o desenvolvimento sustentável. Justamente por isso há diversas políticas públicas de incentivos para o setor fotovoltaico. 

 

Muitas vezes, as PMES, preferem não se valer de capital próprio para realizar a aquisição do sistema fotovoltaico, optando por direcionar seus recursos para investimentos mais relacionados com o próprio negócio. Nesses casos, o consumidor acaba trocando a economia na conta de luz mensal pela parcela do financiamento.

 

Outro questionamento comum é quando a PME está localizada em área ou em prédio alugado. Assim, é possível negociar antes com o proprietário para encontrar solução, caso, no futuro, a empresa deixe o imóvel. Também pode realizar a instalação do sistema em alguma outra área disponível do empreendedor – por exemplo, uma fazenda, ou alugar o pedaço de um sistema instalado em outra área e cujo investimento foi feito por terceiro, numa espécie de serviço por assinatura.

 

Benefícios da energia solar no agronegócio

 

 

Como o Brasil fez o acionamento em massa de todas as termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pelas terríveis bandeiras vermelhas na conta de luz dos brasileiros, o aumento da tarifa de energia, já em vigor, tem gerado grandes preocupações no setor produtivo e na própria população, já que a inflação no ano deverá ser maior do que o esperado pelo mercado, impactando fortemente as atividades econômicas, sobretudo o agronegócio.

 

Vale lembrar que um dos fatores de sucesso do agronegócio brasileiro é alto poder de competitividade dos produtos nacionais frente aos demais players mundiais. Como um dos principais insumos da atividade produtiva rural é energia elétrica, o uso de energia solar nas fazendas é atualmente uma das grandes soluções para elevar ainda mais a qualidade e a sustentabilidade do manejo agrícola e pecuário no Brasil.

 

Por ser uma tecnologia extremante versátil, a geração própria de energia solar atende a uma série de atividades e demandas da produção rural, como, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras aplicações. Na prática, o uso da energia solar no campo se reverte em alimento mais barato na mesa dos brasileiros.

 

Vale destacar que o agronegócio brasileiro possui algumas das melhores linhas de financiamento para sistemas fotovoltaicos, com destaque para as linhas de crédito “PRONAF Mais Alimentos” e "PRONAF Eco", do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), importante apoio ao setor desenvolvido desde 2015, em parceria com a ABSOLAR, para democratizar o acesso à tecnologia por pequenos produtores rurais familiares, tornando-a mais eficiente, sustentável e competitiva.

 

A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades.

Conheça as vantagens da energia solar

Por muito tempo, o uso da energia solar foi associado a uma medida de sustentabilidade ambiental. Nos primórdios dos projetos fotovoltaicos no Brasil e no mundo, o consumidor decidia instalar um sistema de geração própria a partir da fonte solar imbuído do espírito de preservação dos recursos naturais.

 

Nos últimos anos, porém, a energia solar passou a ser encarada como um investimento de caráter puramente econômico. Com as altas tarifas de energia no País, que impactam diretamente o bolso das famílias e a competitividade das empresas, a tecnologia fotovoltaica passou a ser incorporada nas residências e nas corporações como uma solução econômica, pois ajuda a reduzir em até 90% a conta de luz, garante mais segurança energética e protege contra os aumentos na bandeira tarifária.

 

Junte nessa conta a queda de cerca de 80% no preço dos kits solares na última década no mercado internacional e a energia solar passou a atender um número cada vez maior de consumidores, de todas as classes sociais e faixas de renda.

 

Veja abaixo alguns dos principais benefícios da energia solar:   

 

 

Fonte inesgotável

 

A principal e uma das mais importantes caraterísticas de gerar energia fotovoltaica é o recurso abundante e infinito do Sol.  Neste aspecto, o Brasil possui um dos melhores recursos solares no planeta, situado na chamada zona térmica tropical, em que a luz do Sol fica, praticamente, vertical na superfície

 

O Brasil possui condições perfeitas para captar a radiação solar e gerar a energia elétrica para o consumo. Estudos mostram que o lugar de menor irradiação no País possui um recurso solar superior ao melhor local da Alemanha para a geração de eletricidade fotovoltaica.

 

 

Limpa e silenciosa

 

A geração de energia solar é caraterizada por uma produção limpa, renovável e silenciosa. Portanto, embora os módulos fotovoltaicos sejam instalados no telhado, não há com o que se preocupar, já que não produzem nenhum ruído e nem tampouco poluição. E não requer água e nenhum outro insumo para o seu funcionamento.

 

A produção silenciosa é fruto de um processo fotoquímico da geração de energia elétrica, muito diferente de um processo mecânico. Cada módulo fotovoltaico é composto de células fotovoltaicas que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. 

 

Facilidade e rapidez na instalação

 

Muitos consumidores têm a preocupação sobre prazos de entrega e de conclusão de obras quando adquirem produtos e contratam serviços. No caso da instalação de um telhado solar, a boa notícia é se trata de um trabalho rápido e simples.

 

A média de conclusão de todo o serviço de instalação de um sistema solar em um telhado de uma residência, por exemplo, fica entre 2 e 3 dias. Em certos casos, pode levar apenas 24 horas.  

 

Pouca manutenção

 

A baixa necessidade de manutenção do sistema solar fotovoltaico é outra grande vantagem da energia solar, já que serve primordialmente mais para prevenir danos ao sistema do que para corrigir eventuais falhas.

 

O cuidado preventivo mais importante é a lavagem das placas solares semestralmente. Isso pode ser feito pelo próprio consumidor. Lembrando que graças a uma película antiaderente, a poeira acaba não se acumulando tanto nos módulos, pois é levada pela água da chuva.

 

Entretanto, os telhados estão expostos aos pássaros, que podem deixar fezes e outras sujeiras nas placas, assim como à poluição. Assim, o consumidor pode limpar os módulos com água e uma vassoura de cerdas macias.

 

Anualmente, é preciso realizar uma manutenção elétrica do sistema para assegurar que o gerador está funcionando bem. Entre os itens que são checados estão os disjuntores e fusíveis, que são essenciais para um funcionamento perfeito do sistema fotovoltaico.

 

Vida útil prolongada

 

Um sistema fotovoltaico é projetado para gerar energia elétrica durante 25 anos, com garantia de fábrica dos equipamentos nesse mesmo período. Há, porém, muitos sistemas solares no mundo que estão em funcionamento há mais de 50 anos.

 

Com a vida útil prolongada, o retorno do investimento é ainda mais atrativo, já que o sistema pode ser pago em cerca de 5 anos num modelo de financiamento e o tempo de duração tem garantia de 25 anos.   

Saiba como armazenar Energia Solar

 

 

O armazenamento de energia elétrica não é necessariamente algo novo na sociedade moderna. A solução ficou bastante popularizada com as famosas pilhas de aparelhos eletrônicos. Também surgiram os chamados nobreaks, utilizados por residências e empresas no caso de uma interrupção de energia elétrica. Há ainda outras tecnologias de geração de energia que funcionam como uma espécie de “eletricidade” armazenada, como os geradores à diesel, comuns em condomínios, e as próprias baterias de carro, que suprem o sistema elétrico do veículo.

 

Aliás, nessa mesma linha de raciocínio, um reservatório de usina hidrelétrica pode ser encarado como um espaço de armazenamento energético ou como uma imensa bateria, já que a água fica estacionada e à espera de ser liberada nas comportas para gerar eletricidade.    

 

Enfim, a energia elétrica é algo instantâneo para ser consumida, mas também pode ser armazenada de alguma forma via baterias, que podem ser de chumbo-ácido, de níquel-cadmio e de Íons de Lítio. Quando a energia solar é combinada com o armazenamento em baterias, há grandes vantagens e benefícios para o consumidor, seja residencial, comercial, industrial e rural.

 

Uma das principais dúvidas dos consumidores com energia solar é exatamente sobre as formas de armazenamento, uma vez que os geradores fotovoltaicos utilizam a radiação solar para produzir energia elétrica e, portanto, durante à noite ou em dias nublados não há geração.

 

Primeiro, é importante lembrar que o sistema de compensação de energia distribuída, criado em 2012 no Brasil, garante esse tipo de armazenamento, já que o consumidor pode usar o fio da rede elétrica da distribuidora como uma espécie de bateria.

 

Por exemplo, a unidade consumidora, com um gerador solar fotovoltaico instalado e conectado à rede da distribuidora, usa durante o dia a sua autoprodução. O excedente da geração é injetado na rede. Como à noite não há produção, o consumidor usa a energia que foi enviada para a rede num modelo de crédito de energia elétrica. 

 

Por outro lado, a energia solar também pode ser armazenada da mesma maneira que a energia elétrica proveniente de outras fontes: por meio de baterias. Neste caso, é possível, inclusive, o consumidor se desligar da rede elétrica e ter sua demanda atendida pelos geradores fotovoltaicos combinados com as baterias.

 

Na prática, o local utiliza a energia solar durante o dia no processo de geração elétrica e o excedente fica armazenado na bateria, que, por sua vez, abastece o local no momento em que não há geração solar. 

 

Conheça as tendências tecnológicas do mercado solar para 2022

 

 

 

Por Marcos Magalhães, coordenador comercial Sudeste da WIN

 

O ano de 2022 já está revolucionando o mercado de energia solar, começando com a aprovação da tão aguardada Lei 14.300, que fornece segurança jurídica para o desenvolvimento do setor no Brasil. Porém, quais devem ser as principais novidades tecnológicas que vamos encontrar ao longo deste ano tão cheio de expectativas?

 

Vamos começar pelo principal componente do sistema solar. Os módulos fotovoltaicos chegarão a novos patamares de potência, como já era esperado. Potências abaixo de 400W serão cada vez mais raras, pois os fabricantes estão descontinuando estas linhas. Os módulos na faixa de 450W devem oferecer um melhor custo por watt, enquanto as potências superiores a 500W serão uma ótima opção em instalações com restrição de área ou usinas de solo, onde o custo das estruturas de fixação é mais elevado.

 

Entretanto, haverá uma consolidação do novo patamar de 600W, principalmente no segundo semestre do ano. Essas placas de alta potência não são adequadas para uso em qualquer tipo de inversor, devido às suas elevadas correntes de operação e curto-circuito, e por isso o integrador deve verificar se o inversor escolhido suporta e opera bem com essas correntes. É importante lembrar que tamanho nem sempre é documento, pois se não houver um aumento significativo na eficiência do módulo, a potência superior só será alcançada com um aumento nas dimensões da placa, fazendo com que o módulo fique maior, podendo inclusive não caber na estrutura de fixação padrão de mercado.

 

Os módulos bifaciais também chegaram com força, visto que com o avanço da tecnologia de fabricação, o custo por watt da célula bifacial ficou mais próximo da monofacial. Módulos bifaciais podem gerar em média de 10% a 30% a mais de potência devido a irradiação de albedo, que é a luz refletida pelo solo que incide na traseira da placa. Isso aumenta a geração de usinas de solo e laje, e quanto mais clara a superfície do chão, melhor. Porém, o que poucas pessoas sabem é que os módulos bifaciais são uma opção melhor até mesmo para usinas de telhado, onde a bifacialidade não é aproveitada. Isto acontece porque eles possuem duas camadas de vidro, na frente e na traseira do painel.

 

A dupla camada de vidro aumenta a robustez mecânica do módulo, tornando mais difícil a possibilidade de uma microfissura ou outro dano às células, e também melhora o isolamento elétrico, reduzindo o efeito do PID (degradação induzida por potencial). Com isso, a degradação anual de energia da placa é reduzida, o que se reflete em uma maior garantia de produção linear de energia. A garantia dos módulos bifaciais costuma ser de 30 anos, 5 anos a mais que o padrão de módulos monofaciais.

                                                    

Na parte dos inversores, funcionalidades avançadas estão facilitando a operação e comissionamento de usinas, como a parametrização remota e o monitoramento da curva I-V e P-V das strings. A faixa de operação de MPPT está mais ampla, enquanto a tensão de partida reduziu e a tensão máxima de entrada aumentou, o que significa mais flexibilidade na configuração do arranjo fotovoltaico. A preferência de potência para uso em usinas de maior porte também está mudando. Antes, os inversores preferidos para usinas a partir de 1MW eram do tipo 125kW de entrada CC única, o que tornava necessário o uso de combiner boxes espalhadas pelo campo para paralelizar as strings, configuração denominada como centralizada.

 

Hoje as soluções descentralizadas estão se popularizando devido à facilidade de instalação e economia de componentes. Nesta topologia, os inversores ficam espalhados pelo campo, próximos aos módulos, e são conectados diretamente às strings, sendo as potências de 125kW e 250kW as mais populares até 5MW. As tensões de saída também são maiores nestes inversores, de forma a economizar com o cabeamento CA, sendo de 600V ou 800V.

 

Imagem: inversor string de alta potência instalado em topologia descentralizada.

No ponto de vista de geração de energia, também temos novidades. Cada vez mais unidades consumidoras estão migrando para o ambiente de contratação livre (ACL), visando menores tarifas de energia, negociadas em contratos de prazo determinado. Dependendo do contrato, para viabilizar a instalação de um sistema fotovoltaico em clientes do ACL, é necessário que o gerador não exporte energia para a rede. Isto ocorre pois o regime de compensação de energia convencional, regulamentado pela Resolução Normativa 482, a qual estabeleceu as diretrizes da geração distribuída no país, só é válido para clientes do ambiente de contratação regulado. Neste contexto, se tornam essenciais os equipamentos de controle de potência exportada, como por exemplo o EPM da Solis, trazido com pioneirismo ao Brasil pela WIN.

 

O controlador tem como função medir a potência instantânea que está sendo demandada da concessionária, enviando comandos para os inversores para que a potência produzida pelo sistema fotovoltaico nunca seja maior do que consumida pelas cargas, fazendo com que toda a geração solar seja destinada ao autoconsumo. Essa tecnologia também tem outras aplicações, como por exemplo a expansão de um sistema fotovoltaico sem a necessidade de aumento na demanda contratada, ou a instalação de um sistema em um cliente que está conectado a uma rede de distribuição de energia do tipo anel reticulado, onde o fluxo de corrente para fora da unidade é considerado pelo sistema de proteção como um defeito e pode provocar o desligamento do disjuntor geral.

 

Imagem: diagrama de operação básica do controlador de potência exportada da Solis.

Ainda sobre modelos de geração, teremos este ano novas possibilidades para armazenamento de energia. Novos conversores de potência permitirão a integração de sistemas conectados à rede comuns com bancos de baterias, como existiria em um inversor híbrido (que não possui regulação no Brasil), porém com a parte de gerenciamento de bateria e alimentação do circuito de backup separada do inversor on-grid. Podemos chamar essa estratégia de hibridização. As próprias baterias de lítio estão cada vez mais desenvolvidas, e hoje existem opções de longa vida útil, seguras, modulares e de fácil instalação. Com estas novidades, podemos contar com a acelerada expansão do número de sistemas off-grid e híbridos.

 

Por último e não menos importante, aposto minhas fichas no aumento da proporção de microinversores e otimizadores de potência no mercado. Tenho visto mais integradores querendo oferecer diferenciais para se destacar em relação aos seus concorrentes e fugir da famosa briga de preços. Sistemas com MLPE (em português, Eletrônica de Potência a Nível de Módulo) possuem maiores garantias sobre os equipamentos, são mais seguros, permitem monitoramento individualizado de módulos, são muito menos impactados por sombras e possuem uma melhor performance global de produção de energia. Uma dificuldade neste mercado é o ritmo de evolução dos microinversores e otimizadores, que precisa ser acelerado para acompanhar o aumento nas potências dos módulos. A capacidade dos fabricantes de prover suporte técnico e peças de reposição localmente também é um fator determinante.

 

      

 

 

Imagem: otimizador de potência Solaredge e microinversor Hoymiles.