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Blog de '2023' 'fevereiro'

Rio de Janeiro está entre os dez maiores estados brasileiros com maior potência de energia solar

 

 

Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) indica que o estado do Rio de Janeiro acaba de ultrapassar 81,4 mil conexões em telhados e pequenos terrenos, atingindo a produção de 695,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Dentro deste cenário, o estado encontra-se na nona posição do ranking nacional da entidade. O Rio de Janeiro responde sozinho por 4,1% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade.

A tecnologia fotovoltaica já trouxe ao estado mais de R$ 3,7 bilhões em investimentos, responsáveis pela geração de 20,8 mil empregos, além de uma arrecadação de mais de R$ 858 milhões aos cofres públicos.

Atualmente, são mais de 94,9 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica com o uso da geração própria de energia solar.

WIN SOLAR VAI INVESTIR EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO EM PERNAMBUCO PARA ATENDER AO CRESCIMENTO DO MERCADO

 

A WIN Solar, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos ligada ao Grupo All Nations, vai ampliar as operações no Nordeste do País e estuda a criação de um novo centro de distribuição no estado de Pernambuco, para reforçar o apoio logístico às empresas de projetos e instalação de painéis solares em residências e empresas da região. O local exato do centro de distribuição ainda não foi definido, mas a empresa tem feito diversos estudos de viabilidade e visitas para definir a cidade que melhor atenderá à demanda por equipamentos solares na região nordestina, além de facilitar o trabalho logístico para demais localidades no Norte e até Centro-Oeste. No Brasil, os negócios da WIN Solar com a comercialização dos kits solares para telhados de residências e empresas cresceram acima da média de mercado em 2022 e atingiram um aumento de 80% no faturamento em comparação com o exercício anterior.

Em 2022, a WIN Solar comercializou cerca de 160 megawatts (MW) em equipamentos no Brasil. O aumento nas vendas foi impulsionado, principalmente, pela corrida dos consumidores para garantir condições mais favoráveis previstas no marco legal da geração distribuída, que tinha uma data limite de 7 de janeiro deste ano para a isenção das novas cobranças que entraram em vigor.

Segundo Camila Nascimento, diretora da WIN Solar, a empresa espera dobrar o volume de vendas até o final deste ano em comparação com o resultado de 2022. “A geração própria de energia solar seguirá crescendo a passos largos, mesmo com as cobranças gradativas da nova leiA tecnologia fotovoltaica continua bastante atrativa, já que o preço dos equipamentos cai de forma significativa no mercado internacional e há oferta crescente de crédito para financiamento de projetos, que troca o valor economizado na conta de luz pela parcela da prestação, eliminando assim quaisquer necessidades de recursos próprios para a instalação de painéis solares”, declarou a executiva.

Esta matária foi publicada pelo PetroNotícias. Clique aqui e confira.

NBR 16690 Instalações Elétricas de Arranjos Fotovoltaicos - Requisitos de Projeto

 

Essa norma estabelece os requisitos técnicos e de segurança que devem ser seguidos na instalação de arranjos fotovoltaicos conectados à rede elétrica. Os arranjos fotovoltaicos são compostos por painéis solares, inversores e outros equipamentos que convertem a energia solar em energia elétrica.

A NBR 16690 define os requisitos de projeto para os arranjos fotovoltaicos, incluindo as características elétricas que devem ser consideradas, como a potência nominal, a corrente máxima de curto-circuito e a tensão máxima de circuito aberto. Além disso, estabelece as condições de instalação e operação dos equipamentos, como a proteção contra sobretensões e sobrecorrentes.

A norma também define os procedimentos de inspeção e ensaios que devem ser realizados antes da conexão dos arranjos fotovoltaicos à rede elétrica. Esses ensaios incluem a medição das características elétricas dos equipamentos, a verificação da proteção contra sobretensões e sobrecorrentes, e a realização de testes de funcionamento dos equipamentos. Ademais, estabelece as responsabilidades dos proprietários, gestores e instaladores de arranjos fotovoltaicos em relação à segurança e à qualidade da instalação. A norma também define os requisitos de documentação que devem ser fornecidos ao cliente após a instalação do arranjo fotovoltaico, incluindo o projeto elétrico e a documentação de ensaios e inspeções realizados.

Informações que devem ser fornecidas no projeto elétrico do arranjo fotovoltaico, segundo a NBR 16690:

· Especificações dos equipamentos, incluindo painéis solares, inversores, cabos e dispositivos de proteção;

· Características elétricas do arranjo, como a potência nominal, a corrente máxima de curto-circuito e a tensão máxima de circuito aberto;

· Diagrama unifilar e esquema de ligação do arranjo fotovoltaico com a rede elétrica;

· Proteções e dispositivos de seccionamento e desconexão do arranjo fotovoltaico;

· Esquema de aterramento do arranjo fotovoltaico.

Condições de instalação e operação do arranjo fotovoltaico, incluindo:

· Proteção contra sobretensões e sobrecorrentes;

· Proteção contra raios e surtos elétricos;

· Distâncias de segurança entre os componentes do arranjo fotovoltaico;

· Acesso seguro aos equipamentos para inspeção e manutenção.

Procedimentos de ensaios e inspeções que devem ser realizados antes da conexão do arranjo fotovoltaico à rede elétrica:

· Medição das características elétricas do arranjo fotovoltaico;

· Verificação da proteção contra sobretensões e sobrecorrentes;

· Realização de testes de funcionamento dos equipamentos.

Por fim, a norma define as responsabilidades dos profissionais envolvidos na instalação e operação do arranjo fotovoltaico, incluindo:

· Responsabilidade do projetista pelo projeto elétrico do arranjo fotovoltaico;

· Responsabilidade do instalador pela instalação e comissionamento do arranjo fotovoltaico;

· Responsabilidade do proprietário ou gestor pela operação e manutenção adequadas do sistema.

Em resumo, a NBR 16690 é uma norma técnica que estabelece os requisitos de projeto, instalação, operação e manutenção de arranjos fotovoltaicos conectados à rede elétrica, com o objetivo de garantir a qualidade da energia elétrica gerada e a segurança das pessoas e das edificações onde o sistema está instalado.

Este texto foi escrito por Fernando Santos, do Suporte Técnico da WIN.

Agro é solar: como expandir para esse setor?

Apesar do segmento rural ser o terceiro com maior número de conexões e potência instalada, apenas 13% da energia solar gerada no Brasil é direcionada às áreas rurais, segundo a ABSOLAR(Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Isso demonstra que grandes e pequenos produtores ainda estão sofrendo prejuízo, afinal, a agricultura poderia estar se beneficiando muito dessa fonte de energia renovável.

Com a amplitude do território brasileiro, muitas fazendas e propriedades rurais ainda não possuem acesso à rede elétrica. E as que possuem gastam valores exorbitantes com a conta de luz, já que os processos de produção exigem muita energia.

Além da questão econômica, existe a preocupação ambiental. Em 14 de janeiro de 2023, aconteceu a 13ª Sessão da Assembleia da Irena (Agência Internacional de Energia Renovável).

Na ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a energia renovável é o único caminho confiável para o mundo evitar uma catástrofe climática.

Segundo Guterres, o ideal é que 60% da eletricidade utilizada no mundo seja gerada por fontes renováveis até 2030. Hoje, estamos em apenas 30%.

Outro ponto a se considerar é que a energia solar no agronegócio é capaz de contribuir para a diminuição dos gases do efeito estufa.

Ter isso em vista pode ser um grande argumento de venda, pois o agronegócio também deve estar comprometido com a Agenda ESG.

Portanto, são diversos benefícios: menos recorrência às fontes não renováveis, menos gases poluentes e até mesmo a redução no custo dos alimentos produzidos. O produtor, o planeta e a população saem ganhando.

Hoje trago alguns dados sobre a energia solar no agronegócio, e informações úteis para que possamos contribuir cada vez mais para a transição energética deste setor.

Possibilidades de uso da energia solar no agronegócio

Não há lugar melhor para captar a luz do sol do que o campo. Nesse contexto, é possível instalar tanto sistemas on grid quanto off grid, dependendo do quão fácil é para a propriedade acessar a rede de distribuição.

Se o acesso à rede for possível, o sistema on grid será ótimo para entregar a energia excedente à concessionária e, assim, fazer a compensação de energia.

Já para as propriedades mais isoladas, a escolha ideal é o sistema off grid. Com ele, o cliente terá a autonomia necessária para armazenar a energia excedente em baterias para usá-la durante a noite ou em dias nublados.

Também vale a pena considerar um sistema off grid para estruturas específicas da propriedade, como os refrigeradores de laticínios, ainda que a instalação seja focada em on grid. Isso ajudará a garantir o abastecimento em qualquer circunstância.

Com o sistema ideal instalado, o produtor contará com muito mais conforto e economia em diversas atividades. Veja alguns exemplos:

Irrigação

A irrigação é uma das atividades que mais consomem energia em fazendas, pois precisa ser constante. Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), o Brasil é um dos dez países com a maior área irrigada no mundo (cerca de 8,2 milhões de hectares).

A empresa de investimentos TCP Partners prevê que o Brasil chegará em 2040 com 12,4 milhões de hectares de área de cultivo irrigada. Com isso em mente, a energia solar pode apoiar esse crescimento garantindo a sustentabilidade.

Refrigeração

Os alimentos produzidos, como carnes, leites e derivados, precisam de grandes refrigeradores para terem sua qualidade conservada. A energia solar pode contribuir para isso, além de ser útil para a regulagem de temperatura em espaços de criação de frangos, suínos e vacas leiteiras.

Cultivo, secagem e armazenamento de grãos

A luz solar nas lavouras pode ser muito bem aproveitada para o cultivo de café, feijão, milho e outros grãos. Estes produtos também precisam passar por processos de secagem e armazenamento, e o maquinário para essas atividades torna-se muito mais eficiente ao utilizar a energia solar como fonte de calor para as câmaras de secagem.

Agricultura de precisão

A tecnologia é uma divisora de águas quando o assunto é monitorar e fazer a gestão da produção no agronegócio. Fazendas que contam com torres de comunicação, internet, rádios, equipamentos, GPS e outros recursos funcionam com mais eficiência e dinamismo.

Um sistema de energia solar, em especial o off grid, é um excelente aliado para manter tudo funcionando. O mesmo vale para sistemas de segurança.

Estes são apenas alguns exemplos, mas também vale lembrar do quanto a energia solar pode contribuir para o bombeamento de água, a ventilação em aviários e currais, o funcionamento de cercas elétricas, entre outras atividades.

Incentivos fiscais para o agro

O agronegócio é responsável por 23,5% do PIB. Esse fator motivou o governo federal a lançar o projeto Pró-Sol, que prevê o incentivo do uso de matrizes energéticas renováveis.

Desde 2020, o Pró-Sol assegura que os empresários rurais aderentes à energia solar sejam isentos do pagamento obrigatório da taxa à concessionária. Graças ao projeto, estima-se que o investimento em projetos de energia solar pelos próximos cinco anos seja de R$ 10 bilhões.

Geração compartilhada

Essa modalidade de compensação energética é muito bem-vinda para o agronegócio, pois caracteriza a reunião de consumidores que recebem créditos de uma central geradora de micro ou minigeração distribuída em local diferente do consumo.

Com a Lei 14.300/22, existem novos modelos para a reunião dos consumidores, dando ainda mais opções para que a população de áreas rurais compartilhe energia.

Já existia a modalidade de cooperativa, que exige, no mínimo, 20 pessoas, com prioridade para pessoas físicas. Agora, uma novidade é o consórcio de consumidores, que permite a união de pessoas físicas além de jurídicas para um Contrato Social em que os envolvidos partilhem da energia.

Outra novidade que deve ser bastante útil para o agro, é a modalidade de condomínio civil voluntário. Este tipo de condomínio é formado quando mais de uma pessoa, física ou jurídica, compartilham a propriedade de um bem, como um terreno. Essa é uma oportunidade para que produtores rurais unam forças ao investir em uma usina fotovoltaica.

Conclusão

O mercado de energia solar tem um enorme potencial de expansão no setor agropecuário, trazendo diversos benefícios econômicos, ambientais e sociais.

Afinal, a adoção da energia solar nesse setor pode trazer novas oportunidades de trabalho e renda para as comunidades rurais, ajudando a reduzir as desigualdades sociais e promovendo o desenvolvimento sustentável como um todo.

Alcançar esse público e superar suas objeções é uma missão capaz de tornar o Brasil um líder mundial em energia limpa e renovável.

Esta matéria foi escrita por Gustavo Tegon e publicada no Canal Solar. Clique aqui e confira a notícia.

 

Payback após a LEI 14.300

 

Com as recentes mudanças na legislação do setor fotovoltaico, dúvidas como retorno de investimento e viabilidade de projetos têm surgido com frequência. Dessa forma, é cada vez mais importante saber como realizar o cálculo correto do payback, que é o indicador de tempo para o retorno do investimento que será feito na aquisição do sistema de energia solar.

 

Algumas informações necessárias para o cálculo do payback são: 

  • O tipo de ligação, sendo monofásica bifásica ou trifásica;
  • A simultaneidade, que é a energia consumida de forma imediata no momento da geração, logo ela não será injetada na rede;
  • O valor do fio B de acordo com a concessionária;
  • A tarifa de energia de acordo com a concessionária;
  • O custo referente à iluminação pública;
  • A taxa de reajuste anual da tarifa de energia referente a essa concessionária

É necessário entender também como será a forma de cobrança para os clientes em baixa tensão. Com a Resolução Normativa Nº 1.059, foi definido um valor mínimo a ser pago na conta de energia.

Esse valor mínimo terá como referência a Taxa de disponibilidade de acordo com o tipo de ligação (Monofásica, Bifásica ou Trifásica) no local da instalação desse sistema.

 

Exemplo 1: 

Um sistema Bifásico custou R$ 18mil.  Esse cliente consome em média 500kWh mensalmente e possui um fator de simultaneidade de 10%, logo, esse cliente injetou na rede somente 450kWh. Supondo que o valor do kWh seja igual a R$ 0,80 e que o valor do Fio B seja igual a R$ 0,17.  No ano de 2023, pagando somente 15% do Fio B, que será equivalente a R$ 0,02, a conta desse cliente ficaria dessa forma: (500 x 0,8) – [450 x (0,8 -0,02) =>  400 – 351 = 49 reais.

         
Logo, no ano de 2023, esse cliente pagaria R$ 49,00 (Fora os impostos e a Cont. Ilum. Pub.). Caso esse mesmo cliente não tivesse um sistema fotovoltaico, ele pagaria o equivalente ao consumo dele que foi igual à R$ 400,00.  No ano de 2023 esse cliente economizaria R$ 4.212.  No ano de 2024 esse mesmo cliente economizaria R$ 4.482,00 No ano de 2025 ele economizaria R$ 4.698,00 No ano de 2026 esse cliente economizaria R$ 4.914,00. Somando assim R$ 18.306, sendo o Payback desse cliente de aproximadamente 4 anos.

Exemplo 2: Se esse mesmo sistema fosse trifásico com um investimento de R$ 18mil. No ano de 2023, pagando 15% do fio B, a fatura desse cliente ficaria dessa forma: (500 x 0,8) – [450 x (0,8 -0,02)] =>  400 – 351 = 49 reais. Porém, os sistemas trifásicos possuem uma taxa mínima de 100kWh, nesse caso R$ 80,00.

De acordo com a REN Nº 1059, esse cliente precisaria pagar no mínimo R$ 80,00 na conta de energia, logo no ano de 2023 a fatura desse cliente ficaria em R$ 80,00 (Fora os impostos e a Cont. Ilum. Pub.). No ano de 2023 esse cliente economizaria R$ 4.110. No ano de 2024 esse mesmo cliente economizaria R$ 4.320,00.No ano de 2025 ele economizaria R$ 4.698,00. No ano de 2026 esse cliente economizaria R$ 4.914,00. Somando assim R$ 18.042, sendo o Payback desse cliente de aproximadamente 4 anos.

De acordo com os exemplos dados, fica claro a importância do cálculo do payback para maior previsibilidade e controle das instalações, sendo possível mostrar ao cliente que a aquisição de um sistema de energia solar ainda é viável.

Este texto foi escrito por Anna Rezende, do Suporte Técnico da WIN.

Como usar energia solar para economizar na sua conta de luz

 

Painéis de energia solar são a primeira ideia de muitas pessoas que atualmente buscam alternativas para economizar na conta de luz. A tecnologia se popularizou nos últimos anos e promete descontos consideráveis na cobrança de energia elétrica, mas o investimento inicial alto ainda é uma barreira de entrada para muitos interessados. 

Antes de pensar em realizar qualquer investimento, é preciso entender com detalhes as condições de sua casa ou estabelecimento para receber este tipo de tecnologia, já que o potencial energético varia de acordo com aspectos geográficos das localidades – e não são todos os lugares em que optar pela energia solar compensa. 

"É muito importante ter profissional gabaritado e fazer os estudos necessários para que o sistema seja eficiente. Não adianta colcoar uma placa e esperar altos rendimentos, é importante ter um projeto", diz Bruno Casagrande, gestor da AQUA-HQE, certificação de construções sustentáveis.

Sistemas de aquecimento e sistema fotovoltaico

Depois disso, o próximo passo não precisa ser necessariamente comprar um caro sistema fotovoltaico, responsável por transformar a luz do sol em energia elétrica. Ao invés disso, sistemas de aquecimento de água utilizam o próprio calor da luz solar para esquentar água em um reservatório. Assim, ela pode ser usada horas depois, ainda quente.

Além de uma instalação mais barata, os sistemas de aquecimento podem ajudar a desonerar o papel dos chuveiros na tarifa no final do mês.

Mas não são só más notícias para quem deseja investir um pouco a mais para ter um sistema fotovoltaico que abasteça todas as fontes de energia da casa.

Recentemente, as placas fotovoltaicas ganharam expressividade pelo desenvolvimento de novas tecnologias e, se antes precisavam de grandes áreas para a instalação, hoje estão mais eficientes na absorção e conseguem dar conta do recado com painéis cada vez menores. 

Esta matéria foi publicada pelo Terra. Clique aqui e confira a notícia.

 

Mercado de hidrogênio verde pode trazer US$ 200 bilhões em investimentos no País até 2040

 

O crescimento acelerado da energia solar no Brasil tem aberto inúmeras oportunidades para o novo mercado de hidrogênio verde (H2V) que desponta no território nacional.

Segundo estudo recente da consultoria Mckinsey, o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para tanto, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem.

O H2V é usualmente produzido por meio de eletrolisadores, alimentados por energia elétrica gerada a partir de fonte renovável (solar, por exemplo), que realizam a separação do hidrogênio e do oxigênio da água.

Especialistas afirmam que se trata de um processo extremamente sustentável, que pode ser utilizado em diversas aplicações, eliminando de processos industriais e de seus produtos as emissões de gases de efeito estufa ou outros poluentes.

 

Avanços tecnológicos na indústria de energia solar

 

 

A energia solar é considerada uma das fontes de energia mais promissoras do planeta devido à sua capacidade de gerar eletricidade de forma limpa e renovável. A eficiência dos painéis solares é fundamental para o sucesso da indústria, e nos últimos anos, houve um significativo aumento na eficiência dos painéis solares, com alguns modelos capazes de converter mais de 25% da luz solar em energia elétrica. Os avanços tecnológicos que permitiram o aumento da eficiência dos painéis solares incluem a seleção de materiais, a otimização da estrutura celular e a melhoria da eficiência da conversão da luz em energia elétrica. A produção em massa de painéis solares mais eficientes a preços mais acessíveis também se tornou possível graças às novas tecnologias de produção.

Os sistemas de armazenamento de energia representam outro grande avanço tecnológico na indústria de energia solar. Como a energia solar é uma fonte intermitente, os sistemas de armazenamento de energia permitem que a energia gerada durante o dia seja armazenada e usada quando necessário, mesmo quando não há luz solar disponível. Os sistemas de armazenamento de energia incluem baterias e sistemas de acumulação de energia térmica, e são cada vez mais acessíveis e eficientes.

A popularização de instalações solares inteligentes, que combinam tecnologias de monitoramento, controle e automação, é outra inovação importante na indústria de energia solar. Essas instalações permitem o acompanhamento em tempo real da produção de energia, ajustes automáticos da orientação dos painéis solares para maximizar a captura de luz solar e o uso eficiente da energia armazenada. As tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina também estão sendo usadas para melhorar ainda mais a eficiência da geração de energia solar.

Os painéis solares flexíveis e finos representam outra inovação importante na indústria de energia solar. Esses painéis podem ser moldados para se adequar a diferentes superfícies e formas, tornando a instalação de painéis solares mais fácil e acessível. Além disso, esses painéis solares são mais leves e duráveis, tornando-os ideais para uso em veículos, barcos e outras aplicações móveis.

Em resumo, os avanços tecnológicos têm sido fundamentais para o crescimento e a consolidação da indústria de energia solar. Com painéis solares cada vez mais eficientes, sistemas de armazenamento de energia mais acessíveis e instalações solares inteligentes, a tecnologia de energia solar está se tornando cada vez mais viável e acessível, ajudando a garantir um futuro mais limpo e sustentável para todos.

 

Energia solar atinge 25 gigawatts, impulsionada pelo crescimento da geração distribuída

 

 

O Brasil acaba de atingir 25 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, incluindo as usinas de grande porte e os sistemas de geração distribuída. A capacidade equivale a 11,6 % da matriz elétrica do País.

Desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 125,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 750,2 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

O País possui cerca de 7,8 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 36,9 bilhões em novos investimentos e mais de 233 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 12 bilhões.

No segmento de geração própria de energia, são 17,2 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a cerca de R$ 88,4 bilhões em investimentos, R$ 27,4 bilhões em arrecadação e mais de 517,2 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

Energia Solar e Armazenamento de Energia: uma solução ideal

 

A energia solar nem sempre é gerada no momento que a energia da residência é mais requisitada. O pico de consumo de energia geralmente ocorre nas tardes e noites de verão, quando a geração de energia solar está caindo. As temperaturas podem ser mais altas durante esses períodos, e as pessoas que trabalham durante o dia chegam em casa e começam a usar eletricidade para resfriar suas casas, cozinhar e ligar os eletrodomésticos. Nestes casos, acoplar energia solar e tecnologias de armazenamento é a solução ideal para uma maior eficiência energética. 

 

Mas, o que é armazenamento de energia? 

Armazenamento de energia refere-se a tecnologias que podem “capturar” eletricidade, armazená-la como outra forma de energia (química, térmica, mecânica) e depois liberá-la para uso quando necessário. 

Os sistemas de armazenamento podem agregar valor a todos os elos da cadeia de suprimentos. Dependendo de sua capacidade, os sistemas de armazenamento de energia são divididos em: armazenamento de grande escala, que é utilizado em locais que trabalham com escalas de GW, armazenamento em redes e em ativos de geração, onde são realizados trabalhos com escalas de MW e o armazenamento ao nível do utilizador final, que é utilizado a nível residencial e funciona com KW.   

O armazenamento ajuda a contribuir com a energia solar para o fornecimento de eletricidade, mesmo quando não há muita incidência de luz solar. Também pode diminuir as variações de como a energia solar flui na rede. Essas variações são atribuíveis a mudanças na quantidade de luz solar nos módulos fotovoltaicos. A produção de energia solar pode ser afetada pela estação, hora do dia, nuvens, poeira, neblina ,sombras, chuva e sujeira. Às vezes, o armazenamento de energia é colocado ao lado de um sistema de energia solar e, às vezes, o sistema de armazenamento fica sozinho, mas em qualquer configuração, ele pode ajudar a integrar a energia solar de maneira mais eficaz ao cenário de energia. 

 

Vantagens de combinar armazenamento e energia solar 

Locais sem rede de distribuição - Existem Residências que não possuem conexão com uma rede de distribuição de energia local. Essas necessitam de um sistema de armazenamento para ter acesso à energia elétrica.  

Consumo durante a noite - quando não há geração de energia fotovoltaica e os índices de consumo são altos, a energia produzida e armazenada pode ser utilizada para o consumo no período da noite nos sistemas híbridos e off-grid.  

Geração Solar com backup – Energia Solar e armazenamento podem fornecer energia de backup durante uma interrupção elétrica. Eles podem manter instalações críticas operando para garantir serviços essenciais contínuos, como comunicações.  

Assim, os clientes solares residenciais e comerciais, bem como as concessionárias e operadoras solares de grande escala, podem se beneficiar dos sistemas de armazenamento solar. À medida que a pesquisa avança e os custos da energia solar e do armazenamento diminuem cada vez mais, as soluções solares e de armazenamento se tornam mais acessíveis a todos. 

Este texto foi escrito por Lucas monteiro, Coordenador Técnico da WIN.