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Blog de '2023' 'agosto'

Redução da Selic aumentará atratividade de sistemas fotovoltaicos

 

 

Pela primeira vez em quase três anos, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,5 p.p (ponto percentual): de 13,75% para 13,25% ao ano. 

A decisão surpreendeu boa parte do mercado financeiro, que esperava pelo corte de 0,25 p.p. Em nota, o comitê destacou que a melhora do cenário para a inflação foi o que possibilitou a redução da Selic.

O órgão também informou que os membros do colegiado preveem novos cortes na taxa de juros nas próximas reuniões do conselho. 

A última vez em que o Brasil reduziu a taxa Selic foi em agosto de 2020, quando o indicador econômico caiu de 2,25% para 2% ao ano. 

Depois disso, o Copom elevou o indicador por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta de preços em setores como o de alimentos, energia elétrica e combustíveis. 

Em agosto de 2022, a taxa básica de juros atingiu os 13,75% ao ano, permanecendo inalterada por sete vezes seguidas.

Bancos reduzem taxas

A decisão do Copom motivou os bancos públicos a se apressarem em anunciar taxas menores de crédito para seus clientes. 

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, divulgou a redução de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês do crédito consignado para beneficiários e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). 

Banco do Brasil também reduziu os juros do consignado do INSS, de 1,81% para 1,77% ao mês na faixa mínima e de 1,95% para 1,89% ao mês no patamar máximo.

“A queda da taxa de juros no país possibilita crédito mais barato para as famílias e para as empresas, especialmente as MPE (micro e pequenas empresas)”, disse Taciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil.

Impactos no setor solar

Apesar de não acreditarem que a baixa da Selic trará grandes impactos a curto prazo para a economia brasileira, profissionais ouvidos pelo Canal Solar avaliam que a medida é uma boa sinalização para o setor de energia solar.

“A atratividade do investimento em energia solar tende a melhorar, com a queda de atratividade de outros investimentos, como renda fixa”, destaca Carlos Bouhid, CEO da Suney, empresa que oferece financiamentos para o setor fotovoltaico.

O mesmo pensamento é compartilhado por Roberto Caurim, CEO da Bluesun – distribuidora que possui soluções em financiamentos para kits solares. O profissional disse que vê com bons olhos a redução da taxa de juros neste momento. 

Segundo ele, apesar deste tipo de redução demorar pelo menos seis meses para começar a aparecer na economia real, o grande resultado fica por conta da injeção de ânimo que uma decisão como esta gera para a economia como um todo. 

“A expectativa é que essa redução gere uma positividade no mercado e que os consumidores utilizem mais o dinheiro que hoje está numa renda fixa para os seus projetos e investimentos pessoais, inclusive para aquisição de sistemas fotovoltaicos”, disse ele.

Esta matéria foi publicada pelo Canal Solar. Clique aqui e confira a notícia.

Povoado quilombola em AL recebe energia elétrica pela primeira vez após mais de 100 anos

 

 

A comunidade quilombola Pixaim, em Piaçabuçu, município do litoral sul de Alagoas, esperou mais de 100 anos pela chegada da energia elétrica no povoado, que é o último território banhado pela águas do Rio São Francisco. A situação só mudou após a instalação de placas de energia solar no povoado que passou mais de um século tendo o candeeiro e vale como fontes de luz quando escurecia.

O povoado Pixaim fica sobre as dunas da Área de Proteção Ambiental (APA) de Piaçabuçu. Segundo relatos do moradores, o povoado existe há mais de um século. Em 2005, o Pixaim foi certificado como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. Atualmente, 43 famílias moram no local.

 

A vida no Pixaim nunca foi fácil. Os moradores que resistiram contam que falta o básico. Com a chegada da energia elétrica, a comunidade ainda estão se acostumando a situações do dia-a-dia para a maioria das pessoas, como ter lâmpada acesa e geladeira em casa.

O presidente da Equatorial Alagoas, Humberto Soares, explica que a localização da comunidade não permitia que a energia elétrica convencional, com postes e rede, fosse instalada no local. Placas solares começaram a ser instaladas no povoado há dois meses. Atualmente, todas as comunidades da comunidade têm energia.

"Esse equipamento gera energia durante o dia, armazena energia em uma bateria e a comunidade pode utilizar durante a noite também. Estudamos tecnicamente como poder atender. Uma rede elétrica convencional tem uma dificuldade muito grande de atender a essa comunidade. Existem muitas dunas. Existe muita água. Então a tecnologia adequada agora está acontecendo, que é a energia solar", afirma.

O agricultor Antônio dos Santos passou 40 anos da vida utilizando a luz do candeeiro durante a noite em casa. Ele se encanta em agora ter a casa com energia e trocou o candeeiro por lâmpada e interruptor.

"Esse sonho da gente aqui quilombola não é de dois dias. É de muitos anos, porque eu tenho 40 anos e desses 40 anos que eu tenho de vida aqui, que eu nasci aqui, que a gente espera por essa energia. Veja o tempo, né. Muitas pessoas faleceram esperando por esse energia e não chegou. Como eu sou dos mais novos, estou vendo, né", conta.

Antônio conta como era a rotina com o candeeiro e sem geladeira. "Clareia muito pouco. Você não vê quase nada. A gente não conseguia armazenar comida. A gente pescava hoje e se não quisesse salgar, tinha que comer tudo hoje. Aí tinha salgar o peixe, botar no sol, botar em um balainho dentro de casa para ir comendo durante os dias", relata.

O agricultor explica que ter energia na comunidade possibilitou a mudança de toda uma vida. " Tem mais valor para a gente do que é o ouro. Isso aí trouxe tudo para nós. É outra vida. Na verdade, até a saúde muda, porque quando a gente come muita comida salgada, a gente aqui sofre muito de pressão alta e a pressão alta é por conta do sal. E agora a vida vai ser outra".

A aposentada Maria Antônia dos Santos conta que agora está feliz em poder ter uma geladeira em casa.

"Feliz. Muito feliz. Vai mudar tudo. Vai mudar, não. Já mudou. Antes iluminava com vela ou candeeiro e agora tem luz dentro de casa. Não tinha onde guardar nada. Se tratasse um peixe tinha que salgar. Botar no sol para comer seco, porque não tinha geladeira e agora Graças a Deus tem", conta.

Esta matéria foi publicada pelo G1. Clique aqui e confira a notícia.

Iniciativas governamentais que promovem a adoção da energia solar

 

 

O mundo enfrenta desafios cada vez mais urgentes relacionados à sustentabilidade e ao combate às mudanças climáticas. Nesse cenário, a energia solar tem se destacado como uma alternativa promissora e limpa para impulsionar a transição para uma matriz energética mais sustentável. Diversos países ao redor do globo têm adotado iniciativas governamentais e políticas de incentivo para promover a adoção da energia solar, buscando aproveitar seus benefícios econômicos e ambientais. Neste texto, exploraremos algumas dessas iniciativas e o impacto que estão causando na disseminação da energia solar pelo mundo.

 

Muitos países têm implementado programas de incentivos fiscais para estimular a adoção da energia solar por parte dos cidadãos, empresas e indústrias. Esses incentivos podem incluir descontos na compra de equipamentos solares, isenção de impostos sobre a importação de painéis fotovoltaicos, redução de tarifas de energia para consumidores que geram energia excedente e políticas de "net metering", que permitem aos produtores de energia solar receber créditos por sua eletricidade excedente enviada à rede.

 

Esses programas tornam o investimento em energia solar mais acessível e atraente financeiramente, incentivando mais pessoas a adotarem essa fonte de energia limpa em suas residências e empresas.

 

Outra estratégia adotada por governos é a implementação de leis e regulamentações favoráveis à energia solar. Algumas jurisdições estabelecem metas ambiciosas de uso de energias renováveis, incluindo a energia solar, em sua matriz energética. Essas metas incentivam as empresas de energia e investidores a buscar soluções de energia limpa e a investir em projetos solares.

 

Além disso, leis que exigem a inclusão de energia solar em novas construções ou incentivam a adoção de tecnologias sustentáveis também têm sido fundamentais para impulsionar a penetração da energia solar no setor imobiliário e na indústria da construção civil.

 

Para viabilizar projetos de grande escala e facilitar a transição energética, governos têm criado linhas de crédito especiais e programas de financiamento destinados a projetos de energia solar. Essas iniciativas reduzem os custos de financiamento e fornecem recursos para empreendedores e empresas que desejam investir em projetos solares, como parques solares e usinas de energia fotovoltaica.

 

O financiamento a taxas reduzidas torna esses projetos mais viáveis e atrativos para investidores, aumentando o número de empreendimentos de energia solar em operação.

 

Outra forma de impulsionar a adoção da energia solar é por meio de parcerias público-privadas (PPP). Governos e empresas privadas podem unir forças para desenvolver e operar projetos solares em larga escala. Essas parcerias combinam a expertise do setor público em políticas e regulamentações com a experiência do setor privado em investimentos e tecnologias inovadoras.

 

As PPPs podem resultar em investimentos significativos em infraestrutura de energia solar e, ao mesmo tempo, reduzir a carga sobre os cofres públicos, acelerando a implantação de projetos de grande porte.

 

Como conclusão, as iniciativas governamentais e políticas de incentivo têm desempenhado um papel fundamental na promoção da adoção da energia solar ao redor do mundo. Os programas de subsídios e incentivos fiscais, as leis favoráveis, o financiamento especial e as parcerias público-privadas têm contribuído para a expansão da energia solar em diversas nações.

 

Essas políticas não apenas impulsionam o crescimento da indústria solar, mas também têm um impacto positivo no meio ambiente, reduzindo as emissões de carbono e combatendo as mudanças climáticas. À medida que mais países adotam essas medidas, a energia solar se consolida como uma importante peça no quebra-cabeça da transição energética global, levando-nos em direção a um futuro mais sustentável e renovável.

CNAE de empresa de energia solar: qual escolher para abrir minha empresa?

 

 

Qualquer empresa que busque começar suas atividades no mercado fotovoltaico brasileiro precisa se inscrever em um código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) para explorar as oportunidades deste setor que segue em franco crescimento.

Segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), somente no primeiro semestre de 2023, o setor fotovoltaico nacional atraiu mais de R$ 33 bilhões em investimentos. 

Contudo, para aproveitar o bom momento vivido pelo setor, qual CNAE devo escolher para registrar a minha empresa? A resposta depende de qual segmento sua empresa pretende atuar dentro deste mercado.

A empresa pode ser fabricante de equipamentos para geração de energia solar; comércio atacadista ou varejo; engenharia; construção civil; proprietário de ativos de geração de energia; serviços de operação e manutenção de usinas solares; empresas especializadas na gestão e faturamento de modelos de geração compartilhada; comercializadoras de energia, entre outras. 

Isso porque a classificação é um código utilizado pelos órgãos oficiais do Brasil para identificar as atividades que uma determinada empresa desempenha, e que norteará questões tributárias, trabalhistas, ambientais, financiamento, entre outras. Confira a lista completa, clicando aqui

No caso da energia solar, alguns dos CNAEs mais comuns são:

  • CNAE 4292-8/02 – Obras de montagem industrial;

  • CNAE 4321-5/00 – Instalação e manutenção elétrica;

  • CNAE 4742-3/00 – Comércio de material e equipamentos elétricos;

  • CNAE 7112-0/00 – Serviços de engenharia;

  • CNAE 7739-0/99 – Aluguel de outras máquinas e equipamentos comerciais e industriais não especificados anteriormente, sem operador

  • CNAE 7490-1/04 – Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários.

É importante frisar que qualquer pessoa, física ou jurídica, pode constituir uma empresa dedicada ao segmento de energia solar, devendo especificar corretamente o código CNAE para a atividade que pretende desenvolver. 

Os passos básicos envolvem questões como: definição da natureza jurídica do negócio, local da sede da empresa, capital social a ser investido, sócios, administrador, entre outras regras de governança.

Esta matéria foi publicada pelo Canal Solar. Clique aqui e confira a notícia.