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Blog de '2023' 'fevereiro'

Geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos chega a 17 gigawatts

 

 

A energia solar acaba de ultrapassar a marca de 17 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

De acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 1,6 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 2,1 milhões de unidades consumidoras. Desde 2012, foram cerca de R$ 90,9 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 510 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 27,4 bilhões.

Segundo a ABSOLAR, a tecnologia solar fotovoltaica já está presente em 5.522 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. “Esse avanço também ajuda a baratear a conta de luz de todos os consumidores, os que têm e que não têm sistemas solares. Segundo estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics, na próxima década, a geração própria de energia solar deve reduzir a conta de luz no País em cerca de 5,6%”, explica.

“A modalidade também deverá trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico para a toda sociedade brasileira até 2031”, acrescenta Sauaia.

Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, para o Brasil se tornar a potência sustentável que se almeja, é preciso inverter a lógica das políticas energéticas historicamente implementadas no território nacional. “É preciso diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, aponta.

“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e, com boas políticas públicas, poderemos nos tornar em pouco tempo uma liderança solar internacional”, conclui Koloszuk.

Regulamentação da Aneel para a GD mantém atratividade da energia solar para consumidores

 

 

Com mais de seis meses de atraso no prazo originalmente previsto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou ontem, dia 7 de fevereiro de 2023, a proposta de regulamentação do marco legal da geração distribuída (GD) no País, a Lei n° 14.300/2022.

Segundo análises de especialistas do setor fotovoltaico, a regulamentação, aprovada com unanimidade pelo colegiado da Aneel, traz avanços no modelo cobrança em relação ao que tinha sido proposto pelas áreas técnicas do órgão inicialmente.

A principal delas é a eliminação da cobrança em duplicidade do custo de disponibilidade e da chamada TUSD Fio B. Embora ainda haja a necessidade de ajustes pontuais na regulamentação para garantir o alinhamento com as diretrizes da legislação, que devem ser feitos pelo Congresso Nacional, o modelo apresentado mantém a atratividade dos sistemas de geração própria de energia solar no Brasil.

A nova cobrança, que será feita apenas na energia excedente injetada na rede e compensada, representará neste ano uma média de 4% de aumento na conta de luz mensal. Apesar de haver uma leve alteração no tempo de retorno do investimento, o sistema fotovoltaico continua vantajoso, já que o preço dos equipamentos tem caído de forma expressiva no mercado internacional. Há também a evolução tecnológica do painel solar, que eleva a eficiência de produção de eletricidade ano após ano.

Com a regulamentação do marco legal, o próximo passo agora é a definição do Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE) para o cálculo dos benefícios da modalidade, que deve ocorrer na metade deste ano.

Evento debate papel da energia solar na produção de hidrogênio verde no País

 

 

Uma das atrações do Energyear 2023, evento do setor de energias renováveis, que acontece em São Paulo, entre os dias 8 e 9 de fevereiro, no Hotel Intercontinental, na capital paulista, será a apresentação de um panorama do mercado de hidrogênio verde no País e a relação com o setor de energia solar.

Na ocasião, a CEO da consultoria CELA (Clean Energy Latin America), Camila Ramos, vai apresentar o atual panorama dos projetos de hidrogênio verde (H2V) no Brasil e as perspectivas de novos investimentos na área para os próximos anos. A palestra de Camila está prevista para às 13h15 do dia 9/2.

Segundo a CEO da CELA, há um grande potencial no Brasil e no mundo com o hidrogênio verde, que pode representar de 12% a 22% de toda demanda global de energia. “No caso brasileiro, há condições de se produzir o H2V mais barato do planeta, segundo a Bloomberg, devido a alta competitividade da energia solar e eólica no País”, comenta Camila.

“No contexto das mudanças climáticas, o hidrogênio verde, limpo e sem emissões de gases de efeito estufa, apresenta-se com uma importante tecnologia na direção da descarbonização de vários setores econômicos, como industrial, setor elétrico e transporte pesado, por exemplo”, acrescenta.

Setor solar discute com ministro Haddad novos modelos para avanço da fonte solar no País

 

 

Durante encontro realizado no dia 02 de fevereiro deste ano com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representantes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) discutiram como a energia solar fotovoltaica pode ser uma ferramenta estratégica para a transição energética e o combate à crise climática.

Entre os assuntos tratados, destaque para o potencial de desenvolvimento de um mercado competitivo de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, ajudando a posicionar o País como protagonista mundial na geopolítica de transição energética com este combustível limpo, que é produzido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica.

A entidade também recomendou a inclusão da fonte solar fotovoltaica como alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do País, em especial com a oportunidade de uso da tecnologia na habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, bem como em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques etc.

No caso das grandes usinas solares, a associação propôs um maior protagonismo da fonte solar nas contratações de leilões de energia elétrica do governo federal, já que a solar é mais competitiva no País e ajuda na redução da conta de luz da população.

“Para o Brasil se tornar a potência sustentável que se almeja, é preciso inverter a lógica de políticas públicas no setor de energia: diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis, bem como às novas tecnologias de armazenamento energético e o próprio H2V. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, comentou Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.

“O maior apoio às fontes renováveis também pode impulsionar o processo da chamada ‘reindustrialização verde’, atraindo novas fábricas para o Brasil, com mais capital estrangeiro, novas oportunidades de negócios e novas tecnologias”, acrescenta.

Além de Sauaia, o encontro com o ministro Haddad contou com a participação de demais membros da entidade, como Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída, Camila Ramos, vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde, Ricardo Barros, vice-presidente de geração centralizada, e Rodrigo Pedroso, conselheiro fiscal.

Consumidores residenciais representam cerca de 78% das instalações de energia solar em telhados

 

 

A fonte solar lidera com folga o segmento de geração distribuída, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 78,7% das conexões. Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (11,3%), consumidores rurais (8,0%), indústrias (1,7%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,005%).

Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 48,4% da potência instalada no País, seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (29,6%), consumidores rurais (14,0%), indústrias (6,8%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

A energia solar possui atualmente mais de 16 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.

Ao todo, são mais de 1,5 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para cerca de 1,8 milhão de unidades consumidoras.

Desde 2012, foram cerca de R$ 85,5 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 480 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 25,8 bilhões

Brasil encerra janeiro atingindo 17 GW de potência em GD solar

 

A energia solar fechou o mês de janeiro em grande estilo: atingindo a marca de 17 GW de potência instalada em sistemas de micro e minigeração distribuída no Brasil, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

Trata-se de um volume que representa praticamente o dobro da potência acumulada no país em relação ao mesmo período do ano passado, quando o segmento, até então, encontra-se próximo de atingir a marca de 9 GW.

Atualmente, o Brasil conta no segmento de GD (geração distribuída) com mais de 1,63 milhão de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 2,12 milhões de UCs (unidades consumidoras).

Entre as classes de consumo, a residencial é a que apresenta os maiores volumes de potência instalada, com 8,37 GW, seguida pela comercial (4,83 GW), rural (2,48 GW) e industrial (1,13 MW).

A modalidade de geração na própria responde por 13,12 GW;  o autoconsumo remoto aparece com 3,79 GW; a compartilhada com 93,9 MW e múltiplas unidades consumidoras com 6,89 MW.

Já os estados líderes no segmento são: Minas Gerais, com cerca de 2,37 GW, seguidos por São Paulo (2,29 GW), Rio Grande do Sul (1,90 GW), Paraná (1,65 GW) e Mato Grosso (0,97 GW) nas cinco primeiras posições.

Esta matéria foi publicada pelo Canal Solar. Clique aqui e confira.

Brasil deve inverter a lógica de políticas energéticas e priorizar fontes renováveis

 

 

Na visão de muitos analistas de mercado, para o Brasil se tornar uma potência sustentável e líder no mundo, é preciso inverter a lógica de políticas energéticas. Segundo os especialistas, é necessário diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis. É nesta direção que o mundo caminha e é isso que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes.

Quando se analisa os subsídios pagos pelos consumidores na conta de luz, via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), considerada uma das principais políticas públicas do setor elétrico, a discrepância torna-se evidente. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dos R$ 32 bilhões que forma arrecadados via CDE em 2022, cerca de R$ 12 bilhões são para custeio de termelétricas fósseis movidas a diesel, ou seja, 37% do total.

Outro quase R$ 1 bilhão foi destinado a subsidiar termelétricas a carvão, uma das fontes mais poluentes do mundo. Resultado: as fontes fósseis possuem mais apoio da CDE do que as fontes renováveis.

Já pelo estudo “Subsídios aos combustíveis fósseis: conhecer, avaliar, reformar”, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), o Brasil deixou de arrecadar em 2021 impressionantes R$ 118 bilhões, usados para subsidiar o consumo e a produção de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Isso é mais de três vezes o orçamento do Programa Bolsa Família de 2021, um escândalo.

Por outro lado, o setor solar, incluindo as usinas de grande porte e os pequenos sistemas de geração distribuída já trouxe ao Brasil cerca de R$ 121,6 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 38,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 720 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.