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ENERGIA SOLAR CRESCE NA PANDEMIA E GERA 37 MIL EMPREGOS

 

De janeiro a maio, o setor fotovoltaico adicionou 1.236 MW de capacidade, o suficiente para abastecer quase 5 mil residências

 

 

   Entre janeiro e maio deste ano, a energia solar ganhou uma capacidade adicional de 1.236 MW, o suficiente para abastecer cerca de 4.800 residências. O resultado representa um crescimento de 27% na capacidade instalada, em relação ao consolidado do ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). 

   A fonte fotovoltaica acumula 5,7 GW de potência operacional. Essa capacidade se divide entre os sistemas centralizados, que são as grandes usinas, e os pequenos projetos residenciais e comerciais, modalidade conhecida como geração distribuída. A geração centralizada é ligeiramente maior do que a distribuída, porém, no ano passado, o segmento residencial foi o que mais cresceu. 

   Esse setor é um grande gerador de empregos. Desde 2012, foram criados 165 mil empregos na cadeia de geração solar. Nos primeiros cinco meses deste ano, mais de 37 mil trabalhadores foram empregados na indústria. Mesmo com a pandemia, a abertura de vagas continuou. Somente em maio, o setor adicionou 7,2 mil empregos, afirma a ABSOLAR.

   Para o presidente do conselho da entidade, Ronaldo Koloszuk, a energia solar se apresenta como uma “alavanca poderosa” para reaquecer a economia. “No Brasil, durante a crise dos anos de 2015 e 2016, o PIB caiu mais de 3% ao ano. Enquanto isso, o setor fotovoltaico cresceu mais de 100%”, diz Koloszuk. 

   Em termos de investimentos, este ano, o setor atraiu 6 bilhões de reais em investimentos privados. Desde 2012, são mais de 30 bilhões de reais aportados em projetos de geração fotovoltaica. 

   Globalmente, a energia solar liderou o crescimento da capacidade instalada de energias renováveis, em 2019. Foram adicionados 115 GW de potência, o que representa um acréscimo de 22,5%. Ao todo, a capacidade instalada das energias renováveis, incluindo solar, eólica e biomassa, aumentou em 200 GW. A China é o país que mais gera energia limpa, com 789 GW, seguida dos Estados Unidos, com 282. O Brasil, que gerou, no ano passado, 144 GW, é o quarto no ranking. 

 

Matéria por:Rodrigo Caetano - Publicado em: 25/06/2020 às 16h54

Link fonte: https://exame.com/economia/energia-solar-cresce-na-pandemia-e-gera-37-mil-empregos/

USO DE ENERGIA SOLAR REDUZ GASTOS DE EMPRESÁRIOS EM MEIO À PANDEMIA DA COVID-19

 

 

 

A utilização de sistemas fotovoltaicos para a geração de energia elétrica tem feito com que os empresários economizem na conta de luz em meio à crise provocada pela pandemia da Covid-19. Especialistas afirmam que essa economia gerada pelo sistema de energia solar pode alcançar até 95% da conta, dependendo da eficiência do equipamento e da região do país, que já é beneficiado pelo alto nível de radiação solar.

Na última década, uma série de fatores, como novas legislações e o aumento no preço da energia elétrica, tornou a energia fotovoltaica uma alternativa interessante aos olhos dos empresários. Atualmente, com a disponibilidade de linhas de crédito e novas possibilidades de arranjo junto à rede elétrica, a opção se tornou bastante atrativa.

O empresário do setor de energia fotovoltaica, Francis Polo, ressalta que a tecnologia solar fotovoltaica é uma grande aliada neste momento crítico do mercado mundial, pois traz economia direta ao bolso dos brasileiros, alivia o orçamento das empresas e dos governos e os protegem contra os aumentos das tarifas no país. Ele conta que, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)  São Paulo é o terceiro Estado com maior potência instalada com base na matriz solar, somando 297,2 MW. “A energia solar reduz o custo de energia elétrica da população, aumenta a competitividade das empresas e desafoga o orçamento do poder público, beneficiando pequenos, médios e grandes consumidores do Brasil”, garante Polo.

► NO CAMPO

José Fernando Garcia, produtor rural, dono de uma empresa de tecnologia pecuária, médico veterinário, pesquisador e professor de Araçatuba (SP), decidiu investir na energia fotovoltaica, pois seu negócio é um local de demonstração de tecnologias para o desenvolvimento da pecuária de precisão. “Fazemos uma produção intensiva usando as mais modernas tecnologias, com custos equilibrados e alta lucratividade, empregando conceitos de sustentabilidade econômica e ambiental, sem se esquecer do bem-estar animal”, afirma.

“O principal sistema tecnológico que possuímos é a irrigação subterrânea por micro gotejamento da pastagem para o gado e um poço profundo (300m). São 100 km de mangueiras enterradas, com 200.000 pontos de gotejamento em uma área irrigada de 10 hectares (100.000 metros). Nessa área vamos manter 200 bezerros até sua terminação para o abate, que leva cerca de um ano”, conta Garcia. Segundo o professor, para o funcionamento desse sistema (poço e irrigação) é preciso de energia elétrica para as bombas que funcionam a maior parte do dia, sete dias por semana.

Garcia ressalta que antes da instalação gastava de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês com a conta de energia do local. “As contas eram de cerca de R$ 2.500 mil, e agora são de apenas R$ 60 reais. Além disso, o excedente de energia gerado é descontado da conta de luz de outros três imóveis de minha propriedade. Estou extremamente satisfeito. Além disso, usei os 250 metros de placas fotovoltaicas para cobrir um barracão na propriedade, economizando em telhas e coberturas”, finaliza Garcia.

► CRÉDITO

Francis Polo explica que quando uma propriedade gera mais energia do que precisa é possível injetar esse excedente na rede de distribuição, gerando assim um crédito em energia. Posteriormente, o consumidor pode utilizar em outras unidades consumidoras (no campo ou na cidade), desde que sejam da mesma titularidade (CFP ou CNPJ) da unidade geradora e estejam dentro da área de concessão da mesma empresa distribuidora de energia. Estes créditos têm validade de 60 meses. Essa possibilidade está prevista na Resolução Normativa 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Gustavo Henrique Quilles, dono de um hotel em Araçatuba (SP), investiu cerca de R$ 160 mil na instalação do sistema fotovoltaico. Antes de optar pela utilização da energia solar, a conta do estabelecimento era de aproximadamente de R$ 4 mil, após a instalação, houve uma queda de 90% desse valor. “Estamos muito satisfeitos com o sistema fotovoltaico, além da economia na conta de energia, que passou de quatro mil reais para apenas R$ 400, essa é uma forma limpa e sustentável de se consumir energia”, conclui Quilles.

O técnico em instalação de energia fotovoltaica Jafet Lourenço é morador de Araçatuba (SP) e instalou o sistema de energia solar em sua casa. Segundo ele, o gasto anterior com a conta de energia era de R$ 480 e hoje passou a pouco mais de R$ 100, uma redação que ele considera excelente. “É extremamente satisfatório utilizar a energia fotovoltaica em casa. O investimento é alto, mas o retorno é certo. Mesmo sendo a médio prazo, vale a pena”, diz.

 

FONTE: https://www.investe.sp.gov.br/noticia/uso-de-energia-solar-reduz-gastos-de-empresarios-em-meio-a-pandemia-da-covid-19/#:~:text=Uso%20de%20energia%20solar%20reduz%20gastos%20de%20empres%C3%A1rios,%C3%A0%20pandemia%20da%20covid%2D19&text=Especialistas%20afirmam%20que%20essa%20economia,alto%20n%C3%ADvel%20de%20radia%C3%A7%C3%A3o%20solar.