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Blog marcado com 'empreendedorismo solar'

Venda de projetos solares: se não fizer diferente, vai brigar por preço

 

 

Por Vinícius Soares, coordenador comercial da WIN no Sul

Oceano vermelho é um conceito gerencial-administrativo em que, dada as empresas do setor já estabelecida, com os produtos equalizados, uma das poucas alternativas para se destacar é variar o preço. Logicamente que o primeiro instinto é precificar pra baixo. E é nesse ponto que vamos conversar: Por que são os instintos que comandam a precificação? Por que nivelar por baixo?

 

Na hora de vender um projeto solar, alguns argumentos precisam ser usados, como redução na conta de energia, durabilidade, taxa de retorno do investimento e credibilidade. São só alguns, mas na hora de falar das condições de pagamento é que paramos de valorizar o nosso ganha pão e colocamos pra baixo o que temos de melhor. Temos o melhor pós-venda, trabalhamos com a equipe treinada e capacitada, nosso departamento de novos negócios está sempre em busca de novas oportunidades, mas o preço é de amador, a forma de pagamento é a mais simplista, a proposta parece que foi feita num papel de pão, o uniforme comercial é o mesmo da instalação (todo sujo) e por aí vai.

 

Está na hora de fazer diferente, de fazer melhor, de buscar a perfeição. E isto não está relacionado com ter grandes investimentos, alternativas mirabolantes, ferramentas inalcançáveis, profissionais de talentos incompreendidos e caríssimos. Fazer diferente é muitas vezes fazer o óbvio, fazer o que está ao alcance das mãos de forma caprichosa, de forma comprometida, e por vezes simples. Para isso, minha sugestão aqui é que use a maior ferramenta de todas: sua criatividade.

 

Já pensou quantas vezes fazer o simples, o famoso feijão com arroz, é a melhor alternativa? Se você já faz a instalação com maestria, com perfeição, deixando o lugar do inversor, por exemplo, ainda mais limpo e organizado do que encontrou, ou fazer ligações para saber como está a geração da usina com a mesma insistência do que havia ligado antes de fechar a instalação da usina, são apenas algumas alternativas que nosso mercado nos apresenta como diferenciais óbvios.

 

Mas gostaria de provocar a pensar como outros mercados podem atrair novos clientes usando ferramentas e estratégias de outros setores. Pensar fora da caixa da energia solar fotovoltaica vai além de uma opção, pois passa a ser uma obrigação à medida que nada mais é novidade.

 

Para trazer novidades e criar alternativas você deve avaliar inicialmente o que faz, o que o cliente reconhece de valor e em seguida como melhor a experiência do cliente sem fazer investimento. Esses três passos são etapas que a correria do dia a dia não permite acontecer, e está tudo bem. Mas ter clareza de que não tem tempo/prioridade para organizar e pensar estrategicamente nas ações da empresa é um início.

 

Reflita sobre esse tema e certamente encontrará muita oportunidade de melhoria. Hora de trabalhar e fazer o seu melhor

 

Confiamos em você. Sim, confiamos em você: eu e você!

 

Vinicius Soares é apaixonado por energias renováveis e coordenador comercial

 

Como montar uma empresa integradora de projetos de energia solar

 

 

O setor solar fotovoltaico vive um crescimento exponencial no Brasil, com uma taxa de cerca de 450 novas empresas por mês no País, segundo estimativas de mercado. Dados recentes mostram que o número de companhias que atuam com projetos e instalação de sistemas solares ultrapassem 20 mil.

 

Para criar uma empresa integradora, o processo é similar ao de praticamente quaisquer companhias que venham a surgir, independente do ramo de atuação. Ou seja, pelas regras brasileiras, que possuem pequenas variações entre os estados, há uma série de procedimentos a serem cumpridos e que são obrigatórios em todos os casos. 

 

O primeiro passo é definir a modalidades de enquadramento, como Sociedade Limitada (Ltda); Empresa de Responsabilidade Limitada (Eireli); Empresário individual ou Microempreendedor Individual (MEI).

 

Para a abertura de uma empresa, os custos e prazos variam em cada estado da federação. A média de taxa de abertura na junta comercial local varia entre R$ 200 e R$ 350. Caso a empresa tenha serviços de engenharia em suas atividades, tem ainda os custos com o registro da empresa junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), pagando a taxa de registro de R$ 310 e anuidade de R$ 470.

 

Os prazos médios das juntas comerciais ficam entre 15 e 30 dias. Uma vez concluída a abertura com a junta comercial e com o CNPJ emitido, pode-se dar entrada no CREA, que tem um prazo de registro de 30 dias.

 

A depender do faturamento, a empresa deve optar por um dos três regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Essa análise deve ser feita junto a um contador, considerando fatores como faturamento, despesas, número de funcionários, compra de produtos para revenda e outros mais.