Representantes do setor de energia solar no Brasil, incluindo entidades de classe e empresas que atuam na área, estão mobilizados para combater os atrasos recorrentes nos processos de conexão e homologação dos projetos de geração distribuída em residências, empresas e propriedades rurais.
Recentemente, foi realizada uma audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados para debater esse tema e a expectativa é de que o evento pode se tornar um divisor de águas para os brasileiros que possuem e que ainda vão instalar sistema de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Os consumidores brasileiros buscam na geração própria a partir de fontes limpas e renováveis, como a solar, a redução nos gastos com eletricidade, o aumento de competitividade de um negócio e o alívio no orçamento familiar.
Porém, muitos brasileiros que tentam homologar seus sistemas de própria de energia junto às distribuidoras de locais encontram dificuldades de validar e fazer funcionar o sistema solar, o que vem causando prejuízos financeiros e dificultando a vida de muitos consumidores e empreendedores do setor no País.
Segundo dados da Ouvidora da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), de 2019 até junho de 2022, a quantidade de reclamações e requerimentos recebidos pela entidade já ultrapassa 1950 ocorrências. A maioria está relacionada com descumprimento de prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), um dos grandes desafios encontrados hoje no segmento de geração própria de energia solar.
Dos casos recebidos pela associação no período, 31,7% correspondem ao descumprimento de prazos para a emissão de parecer de acesso, seguido do descumprimento de prazos para a realização de vistorias (27,5%) e do descumprimento de prazos para a substituição do medidor (18,5%).