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Diretora da Win é reeleita no Conselho de Administração da ABSOLAR

 

A diretora da Win, Camila Nascimento, acaba de ser reeleita no Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) para o período de 2022 a 2026. O novo colegiado assume oficialmente a partir de 29 de abril deste ano, com o propósito de ampliar ainda mais a participação da fonte fotovoltaica no território nacional

 

A reeleição de Camila Nascimento, que também é coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio de Janeiro desde 2020, marca a posição de destaque da Win no mercado fotovoltaico brasileiro,

 

Somente no ano passado, a empresa registrou um aumento de 300% na comercialização de kits solares utilizados em residências e empresas ao longo do último ano em comparação com o exercício de anterior, com cerca de 100 megawatts (MW) comercializados em 2021 contra 30 MW em 2020. Nos últimos 12 meses, foram 5,5 mil projetos vendidos pela companhia, o equivalente a mais de 200 mil painéis fotovoltaicos.

 

Outro fator de sucesso da Win é o investimento pesado em estoque, justamente para atender os prazos na crescente demanda por projetos de energia solar em residências e empresas.

 

Os recursos injetados pela companhia foram seis vezes maiores ao longo de 2021 e a perspectiva é manter em alta a disponibilidade de equipamentos para abastecer as empresas integradoras de projetos e instalação de sistemas fotovoltaicos neste ano, sobretudo com a oferta de novas tecnologias, mais eficientes e customizadas para cada necessidade de projeto.

As cidades com maior capacidade instalada de energia solar em telhados

 

A energia solar acaba de atingir a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

 

De acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 930 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1,1 milhão de unidades consumidoras. Desde 2012, foram mais de R$ 52,4 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 300 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil.

 

A tecnologia fotovoltaica já está presente em mais de 5.470 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná os líderes em potência instalada.

 

Já nos municípios brasileiros, Cuiabá (MT) lidera o ranking de potência instalada de energia solar distribuída, com 110 megawatts (MW), seguida por Teresina (PI), com 97,1 MW, Brasília (DF), com 96,9 MW, Uberlândia (MG), com 82 MW e Fortaleza (CE), com 81,8 MW.

 

Integram a lista do TOP 10 as cidades de Goiânia (GO), com 72 MW, Rio de Janeiro (RJ), com 62,7 MW, Campo Grande (MS), com 60,5 MW, Manaus (AM), com 50,4, e Belo Horizonte (MG), com 50,2 MW.

 

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,3% das conexões. Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,7%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (2,0%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%).

 

Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, apenas 1,3% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.

Os benefícios da energia solar para a economia brasileira

 

Historicamente, a energia solar sempre foi vista como uma solução sustentável e ambientalmente correta. Fato é que, nos últimos dez anos, a tecnologia fotovoltaica criou um mercado altamente valioso para a economia brasileira e para a preservação dos recursos naturais.

 

De acordo com dados da ABSOLAR, de 2012 para cá, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 78,5 bilhões em novos investimentos, R$ 21,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 450 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

 

Na visão da entidade, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população.

 

As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores.

 

Além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo em até 90% seus gastos com energia elétrica. Trata-se de uma energia elétrica competitiva e limpa, que tem ajudado o País recuperar a sua economia e conseguir crescer.

A importância da energia solar em sistemas isolado de regiões remotas

 

Embora o Brasil apresente um crescimento exponencial das fontes renováveis na matriz elétrica nos últimos anos, há ainda muitas regiões remotas que ainda dependem de geradores a diesel para o suprimento de energia, sobretudo em comunidades ribeirinhas e mais afastadas dos centros urbanos.

 

A maior parte dessas localidades está na região Norte, nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará, além do arquipélago de Fernando de Noronha e alguns locais no Mato Grosso.

 

Porém, a existência de sistemas isolados dependentes da geração a diesel traz uma perspectiva de grandes oportunidades para o mercado de energia solar combinada com armazenamento por baterias.

 

Fato é que a geração por fontes renováveis, como a solar fotovoltaica, aliada ao armazenamento, poder trazer uma alternativa mais sustentável do ponto de vista econômico e ambiental para esses lugares.

 

Uma das vantagens é a redução de preço das baterias de lítio, alterações no modelo tarifário brasileiro e o aprimoramento da tecnologia de armazenamento. Ocorre com as baterias de lítio o mesmo que ocorreu com a energia solar no passado: uma tecnologia desconhecida para muitos, com um preço que ainda não cabia em todos os projetos. Mas a redução de custos já está acontecendo.

Tecnologia de Inversores On-Grid para Módulos de Alta Potência

 

Por Pedro Almeida, da Solis Brasil

 

Introdução

 

O mercado de energia fotovoltaica (FV) apresenta forte crescimento em nível mundial, principalmente, em países com histórico uso de fontes poluentes. Essa tendência é explicada por um conjunto de fatores envolvendo questões climáticas, transição para uma matriz energética renovável e sustentável, redução no preço dos módulos e inversores, independência energética, tarifas de energia elevadas etc.

 

A evolução do mercado solar parece não parar mesmo com os freios impostos por períodos de crises. Constantemente são anunciados módulos FV de maior potência, eficiência e novas tecnologias de fabricação. Em 2021, o mercado brasileiro começou a adotar em larga escala módulos de potência acima de 600W e eficiência ultrapassando os 21%.

 

No entanto, a atualização dos inversores FV possui um ritmo diferente e mais devagar quando comparada aos módulos. Esse processo é natural pois os inversores são equipamentos mais complexos e necessitam de mais tempo de pesquisa, desenvolvimento e testes. É comum surgirem no mercado módulos de maior potência primeiro e em seguida os fabricantes de inversores atualizarem seus produtos para serem compatíveis com aquela nova tecnologia.

 

Tendências Para o Mercado de Módulos Fotovoltaicos

 

Para entendermos a evolução no mercado de inversores fotovoltaicos é preciso analisarmos o mercado de módulos e suas perspectivas futuras. Com o objetivo de reduzir custo, o mercado busca por equipamento mais eficientes e que gerem mais energia em uma área menor.

 

A otimização da eficiência e potência requer que os fabricantes invistam e busquem sucessivos progressos a nível de célula e do módulo. Sendo que nos últimos anos, avanços tecnológicos combinados com reduções nos custos de fabricação, resultaram em evoluções nos padrões utilizados para as células FV – Figura 1.

 

 

Figura 1: Expectativa de mercado para o percentual comercializado de células FV. Fonte: InfoLink.

A expectativa do mercado é que ainda no início dessa década as células do tipo M10 (182 mm) e G12 (210 mm) sejam predominantemente utilizadas nas novas instalações. Células de dimensões menores deixarão de ser utilizadas à medida que as instalações mais antigas têm sua operação encerrada.

 

Ainda segundo o estudo exibido na Figura 1, 80% do volume de módulos comercializados no ano de 2022 será com módulos de 182mm e 210mm. Um ponto importante é que o tamanho do módulo é diretamente associado à sua potência. Portanto, a perspectiva futura do mercado é o aumento da potência dos módulos e padronização no tamanho das células FV.

 

Compatibilidade entre Módulo de Alta Potência e Inversores

 

Como a corrente de saída dos módulos é proporcional a sua área, quanto maior a célula utilizada, maior a corrente de saída. Por exemplo, um módulo de 182mm e 530W terá uma corrente menor que 15A, sob condições normais de operação em campo. O mesmo módulo pode atingir correntes próximas a 15A em condições de alta irradiância.

 

Para o caso de um módulo de 210 mm os parâmetros de operação serão diferentes dos anteriores, principalmente, em termos da corrente e tensão de operação. Um módulo de 210mm pode chegar a correntes de curto-circuito maiores que 18A, sob condições ideais de geração.

 

Observar-se que tanto a corrente de operação quanto a de curto-circuito dos módulos de 182 mm e 210 mm podem atingir valor elevados durante a sua operação. Assim é essencial que os inversores desenvolvidos para uso com módulos de alta potência sejam selecionados ao projetar um sistema com esses tipos de módulos.

 

A seleção correta do inversor para cada tipo de módulo utilizado é importante pois o lado de corrente contínua dos inversores possuem restrições da corrente de operação. Para inversores tradicionais encontrados no mercado, a corrente de operação tende a ser por volta de 12A por string. Na maioria dos casos um módulo com potência abaixo de 500W, operando sob condições normais, atende esse requisito.

 

O problema ocorre quando se utiliza um módulo de 182mm ou 210 mm sob condições de irradiância acima de 800W/m2. Nessas condições, a corrente de operação do módulo vai ser maior que a restrição de corrente do inversor tradicional. Nesse caso, haverá uma perda de eficiência do sistema pois o inversor não será capaz de absorver toda a potência disponibilidade pelo módulo.

 

Pensando nas próximas tendências do mercado de módulos FV e em aplicações onde são utilizados módulos de alta potência, a Solis vem atualizando toda a sua linha

de inversores do tipo string. Toda a linha de produtos, de pequenas residências ao comercial de grande porte, estar sendo remodelada para se adaptar a maiores correntes de operação por string e sobrecarga.

 

Figura 2: Linha de inversores S5/S6 para módulos de alta potência. Fonte: Solis.

 

A nova linha de inversores S5/S6 da Solis traz equipamentos modernizados e com até 16A de corrente de entrada. Prontos para uso com módulos monofácias ou bifácias de potência acima de 500W. Além disso, todos os modelos monofásicos da linha S6 contam com uma sobrecarga máxima de até 70%. Isso significa que, por exemplo, o inversor de potência nominal de 5kW suporta uma potência máxima de entrada de até 8,5kWp, permitindo maximizar a geração do sistema FV.

 

Além disso, a nova linha de inversores conta com grau de proteção IP 66, permitindo o seu uso em ambientes com condições extremas de instalação. Outros requisitos fundamentais em termos de segurança e desempenho também estão presentes, como é o caso de varredura de curva I/V, detecção de arcos elétricos e sistemas de monitoramento em português.

 

Resumo

 

Nos próximos anos mais de 80% dos módulos comercializados serão de células de 182mm ou 210mm. Esses novos tipos de células trazem modificações importantes nos parâmetros de operação dos módulos. Com isso é fundamental entender essas alterações e seus impactos para todo o sistema fotovoltaico, principalmente, na corrente de operação dos inversores.

 

Um módulo com corrente de operação levemente superior a corrente máxima de operação do inversor possui um efeito positivo, gerando energia adicional quando o inversor não estiver operando em sua potência máxima. Porém, um valor muito discrepante entre a corrente do módulo e a corrente de operação pode aumentar as perdas por limitação de corrente, principalmente, em situações de baixa sobrecarga. Assim, é importante escolher um inversor que seja adequado para a aplicação e tipo de módulo adotado.

Regiões mais frias são atrativas para instalação de energia solar? Confira a explicação

 

O Brasil é reconhecidamente um país tropical, com clima quente em praticamente todas as regiões. Por mais que existam variações de temperatura no território continental, o recurso solar é abundante de norte a sul para a geração de energia elétrica em residências, empresas e propriedades rurais com painéis fotovoltaicos.

 

Na verdade, há uma dúvida recorrente entre os consumidores finais sobre o potencial de geração de energia elétrica com painel solar em regiões consideradas mais frias. Estudos oficiais mostram, no entanto, que a média de desempenho dos geradores fotovoltaicos no Brasil é o dobro em relação aos países europeus.

 

Tais estudos revelam ainda que a região brasileira com o potencial solar mais fraco para gerar energia com painel solar, no interior de Santa Catarina, ainda possui um desempenho maior do que a melhor região na Alemanha.

 

Com isso, as usinas solares instaladas no Brasil, seja em telhados ou em pequenos terrenos, possuem uma eficiência muito maior do que países do hemisfério norte como um todo.

 

E, com maior eficiência, o consumidor consegue fazer um investimento mais modesto e ainda ter o retorno em um tempo mais curto se comparado com um projeto elaborado em qualquer cidade da Europa, por exemplo.

 

Desta forma, o uso de energia solar no Brasil é altamente atrativa e traz ganhos econômicos e ambientais para o consumidor e para a sociedade como um todo.

Entenda como funciona um condomínio solar

 

Condomínios residenciais e empresariais também podem gerar energia solar fotovoltaica por meio de um sistema central instalado em área comum do empreendimento. Esse sistema pode suprir o consumo desta área e de cada unidade individual, reduzindo drasticamente o gasto com energia em todo o complexo.

 

A diferença no funcionamento de um sistema instalado em uma residência e outro instalado em um condomínio é a forma como os créditos de energia são utilizados.

 

Em condomínios, em vez de utilizar um sistema para cada unidade, um grande sistema central é instalado na área comum. Trata-se de um projeto que considera o consumo total de energia do empreendimento, incluindo a área comum e cada unidade individual.

 

Esse sistema será conectado à rede elétrica por meio do relógio de luz central do condomínio e toda a energia gerada é injetada na rede, uma vez que não é possível dividir, em tempo real e de forma certa, o quanto de energia vai para cada consumidor.

 

Neste caso, abatimento da energia consumida também é diferente, cabendo ao responsável pelo sistema definir, previamente, o rateio dos créditos entre os integrantes do condomínio, proporcionalmente à cota de cada um no sistema, ou seja, quanto cada um investiu.

 

Caso o sistema tenha sido instalado apenas para suprir o consumo elétrico das áreas comum do condomínio, a compensação deverá ocorrer antes de se fazer o rateio.

 

Na instalação do sistema, um relógio bidirecional será instalado no relógio central do condomínio, onde ficará o sistema, sem a necessidade de trocar os relógios em cada unidade consumidora. Isso vale tanto para as unidades já participantes quanto para aquelas adicionadas posteriormente ao sistema de rateio.

Conheça a cadeira produtiva de energia solar no Brasil

 

A energia solar fotovoltaica está em franca expansão no Brasil. Por ser uma tecnologia relativamente nova, que se popularizou em 2012 no país, há um vasto território a ser explorado por quem pretende empreender na cadeia produtiva da energia elétrica solar.

 

A cadeia produtiva do setor de energia solar fotovoltaica é bastante extensa no Brasil e abrange fabricantes e fornecedores de bens, equipamentos, componentes e materiais, bem como as companhias de serviços relacionados ao segmento, como associações, agentes financeiros, instituições de ensino e pesquisa, empresas de consultoria e engenharia, distribuição de equipamentos, desenvolvimento de projetos, companhias especializadas em Engineering, Procurement and Construction (EPC), que fornecem serviço de desenho/engenharia, compras e construção, e organizações focadas em operação e manutenção (O&M) de instalações fotovoltaicas.

 

O mercado de energia elétrica fotovoltaica é atualmente um dos grandes geradores de oportunidades para profissionais de diversos setores. De acordo com dados internacionais, para cada 1 megawatt instalado de energia solar, são criadas de 25 a 30 oportunidades de emprego, direto e indireto.

 

No final de 2019, o Brasil entrou no seleto grupo dos dez países que mais geraram empregos no mundo em energia solar fotovoltaica neste ano, segundo relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

 

No Brasil, o setor de energia solar vive um crescimento exponencial, com uma taxa de cerca de 450 novas empresas por mês no País, segundo dados de mercado. Atualmente, o segmento com cerca de 25 mil companhias dos mais variados ramos da cadeia produtiva, com maior presença de integradores e instaladores espalhados pelo território nacional, que atendem de forma regionalizada o consumidor final.

Como a energia solar impacta a vidas das pessoas

Por Paulo Pessuti, CEO da Solar Negócios

 

Em 2012 quando a ANEEL publicou a REN 482/2012, será que tinha o conhecimento de que tal ação iria impactar a vida de milhares de pessoas mundo afora?

 

Te convido viajar nesse contexto comigo: o quanto a energia solar tem impactados vidas de diversas pessoas em diferentes partes do globo que fazem negócios com o Brasil e na vida dos milhares e milhares de brasileiros que trabalham no setor solar.

 

O setor de energia solar é plural, feito por matéria-prima que se transforma em produtos, administrado por pessoas que são impactadas, seja nas fábricas, operacionalizando as máquinas, seja ela para a transformação das matérias-primas em insumos que, por sua vez, serão produzidos os módulos solares, os inversores, as estruturas e demais componentes para compor um gerador fotovoltaico.

 

Também impacta pessoas que realizam o administrativo, operacional e comercial das fabricantes para se dar vazão a todo material produzido, seja na operacionalização das importações, mobilizando agentes aduaneiros, fiscais, empresas de transportes marítimos, seja nas distribuições realizando o recebimento desses insumos, nas diversas funções de cada distribuidora, gente que realiza a venda, que recebe as importações, que organizam os estoque, que separam os geradores que despacham os kits fotovoltaicos, gente das transportadoras que realizam as entregas por esse grande País afora.

 

É um círculo virtuoso na vida das pessoas: gente que recebe os kits e realiza as instalações solares, gente que trabalha nas concessionárias de energia analisando os projetos, gente que acredita na força do sol e diz sim a energia solar instalando em seu telhado seja de sua residência, empresa, indústria, seja na sua fazenda, seu sítio. Uma enorme cadeia globalizada movida por pessoas, impactando vidas como impactou a minha.

 

Quando era criança, ouvia de um membro de minha família que eu não seria nada na vida, cresci acreditando naquelas palavras, mesmo começando a trabalhar cedo, aos 11 anos de idade.

 

De uma empresa pulava para outra, já fui auxiliar de produção em uma serralheria, orientador de trânsito para organizar as vagas de estacionamento no centro da minha querida Maringá, já fui estoquista, vendedor de roupa, de eletrodomésticos, de insumos para informática. Mais a sensação era eu não me sentia útil.

 

Já na fase adulta havia passado por 14 empresas, largado uma faculdade, morado em 4 cidades diferentes, e em cada derrota aquelas palavras da infância

ainda estavam sendo a minha verdade. De fato, eu não estava sendo nada na vida.

 

Mais um dia decidi não acreditar mais naquelas palavras, com a graça de Deus concluí uma faculdade, recentemente finalizei uma MBA.

 

Na empresa que trabalhava em Maringá, um distribuidor de componentes eletrônicos e informática, fui apresentado ao setor de energia solar e foi amor à primeira vista. Nos 4 anos seguintes tive oportunidade em conhecer pessoas, conhecer a cadeia produtiva, estar juntos nas caravanas e feiras e cheguei até um dos momentos mais difíceis: continuar ou empreender.

 

Decidi empreender, foi aí que surgiu a Solar Mídia, empresa focada em mídia social para as integradoras. Eu que sou do interior, nunca tinha saído do Brasil, fui apresentado a um seminário de energias renováveis que aconteceria na Alemanha, em Munique. Na mesma hora não acreditei que seria escolhido a participar. Foi uma alegria imensurável quando li meu e-mail com o aceite de minha inscrição e lá fui em meados de 2019. Dias incríveis e únicos a oportunidade em aprender mais sobre o mercado solar na Alemanha, considerado o país referência na energia solar.

 

Estar com empresários de diversos estados do Brasil e eu sendo o único do Paraná nessa ocasião. Voltando para o Brasil via o quanto nosso mercado aqui tende a crescer, e o quanto podemos contribuir para esse desenvolvimento.

 

O tempo de mercado trouxe mais uma conquista: trabalhar em uma renomada fabricante alemã de painel solar, uma empresa multinacional, porém na ocasião não sabia o idioma básico para trabalhar em uma multinacional, o inglês. Mesmo assim não foi um impeditivo em fazer parte deste time.

 

Recentemente fundei a Solar Negócios, uma empresa que possui algumas áreas de atuação: Assessoria para novos distribuidores, relacionamento de fabricantes com o mercado de distribuição e organização de workshops compartilhados.

 

Faz 7 anos que o setor de energia solar mudou a minha vida, não apenas pela questão financeira, sim por ter também me ajudado a ser uma pessoa melhor.

 

O meu futuro não sei como vai ser, mas tenho uma certeza, ele será solar.

Setor de energia solar deve registrar novos recordes este ano no País

 

Agentes e especialistas do setor de energia solar apontam que o ano de 2022 promete ser o melhor da última década. O cenário auspicioso é respaldado pelas projeções da ABSOLAR. Segundo a entidade, a fonte fotovoltaica deverá gerar mais de 357 mil novos empregos, espalhados por todas as regiões do País, com cerca de R$ 50,8 bilhões em investimentos previstos nos projetos de pequeno porte em telhados, fachadas de edifícios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos, bem como nas grandes usinas centralizadas.

 

Pelas projeções, serão adicionados mais de 12,1 gigawatts (GW) de potência instalada, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica. Isso representará um crescimento de mais de 91,7% sobre a capacidade instalada atual do País, hoje em 13,0 GW. As perspectivas para o setor são de chegar ao final de 2022 com um total acumulado de mais de 747 mil empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor.

 

A maior parcela destes postos de trabalho deverá vir do segmento de geração própria de energia solar, que serão responsáveis por mais de 251 mil empregos neste ano. Dos R$ 50,8 bilhões de investimentos previstos para este ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 40,6 bilhões.

 

Para a geração própria de energia solar fotovoltaica, a ABSOLAR projeta um crescimento de 105,0% frente ao total já instalado até 2021, passando de 8,3 GW para 17,2 GW. Já no segmento de usinas solares de grande porte, o crescimento previsto será de 67,8%, saindo dos atuais 4,6 GW para 7,8 GW.

 

A entidade projeta, ainda, que o setor solar fotovoltaico brasileiro será responsável por um aumento líquido na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais de mais de R$ 15,8 bilhões este ano. Isso contribui para o fortalecimento dos orçamentos públicos e a prestação de melhores serviços para a sociedade brasileira. O valor já contabiliza a economia dos consumidores em suas contas de eletricidade, mostrando que o benefício econômico do setor é favorável também para o poder público.

 

De acordo com análise da entidade, a geração própria de energia, em especial, cresce a passos largos e deverá praticamente dobrar a potência operacional anualmente instalada, uma vez que a recente sancionada Lei nº 14.300, de 2022, irá impulsionar a demanda do mercado. Além disso, o aumento nas tarifas de energia elétrica segue com tendências de elevação, pesando no bolso do consumidor que procurará uma solução para diminuir as despesas.