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Como funciona a assinatura de energia solar

 

 

Certamente, uma das maiores revoluções no mercado de energia solar no Brasil é o chamado “serviço de assinatura”. Na prática, o consumidor, seja residencial ou empresarial, pode contratar um serviço de fornecimento de energia solar sem nenhum tipo de investimento ou intervenção no imóvel.

 

Trata-se da geração solar compartilhada, que permite que o consumidor recebe créditos de energia de uma usina fotovoltaica distante que esteja conectada no mesmo sistema de distribuição de eletricidade da concessionária que atende este consumidor.

 

Ou seja, da mesma forma em que se contrata uma assinatura de internet e tv a cabo, a usina solar envia os créditos pelo fio da distribuidora até a residência, comércio ou indústria que adquire o serviço.

 

Especialistas no setor entendem que essa modalidade representa uma grande democratização do acesso à energia solar no País, já que pode atender imóveis alugados ou que não possuem área para construção de um sistema próprio no local, como é o caso de apartamentos e salas em prédios comerciais. Também atende aos consumidores que não querem ou não conseguem fazer um investimento em uma pequena usina geradora.   

 

Portanto, modelo por assinatura amplia o acesso à energia solar de forma inteligente e eficiente e pode garantir uma redução na conta de luz da ordem de 20%.

Como montar uma empresa integradora de projetos de energia solar

 

 

O setor solar fotovoltaico vive um crescimento exponencial no Brasil, com uma taxa de cerca de 450 novas empresas por mês no País, segundo estimativas de mercado. Dados recentes mostram que o número de companhias que atuam com projetos e instalação de sistemas solares ultrapassem 20 mil.

 

Para criar uma empresa integradora, o processo é similar ao de praticamente quaisquer companhias que venham a surgir, independente do ramo de atuação. Ou seja, pelas regras brasileiras, que possuem pequenas variações entre os estados, há uma série de procedimentos a serem cumpridos e que são obrigatórios em todos os casos. 

 

O primeiro passo é definir a modalidades de enquadramento, como Sociedade Limitada (Ltda); Empresa de Responsabilidade Limitada (Eireli); Empresário individual ou Microempreendedor Individual (MEI).

 

Para a abertura de uma empresa, os custos e prazos variam em cada estado da federação. A média de taxa de abertura na junta comercial local varia entre R$ 200 e R$ 350. Caso a empresa tenha serviços de engenharia em suas atividades, tem ainda os custos com o registro da empresa junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), pagando a taxa de registro de R$ 310 e anuidade de R$ 470.

 

Os prazos médios das juntas comerciais ficam entre 15 e 30 dias. Uma vez concluída a abertura com a junta comercial e com o CNPJ emitido, pode-se dar entrada no CREA, que tem um prazo de registro de 30 dias.

 

A depender do faturamento, a empresa deve optar por um dos três regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Essa análise deve ser feita junto a um contador, considerando fatores como faturamento, despesas, número de funcionários, compra de produtos para revenda e outros mais.

 

 

 

 

Vantagens da energia solar para pequenos negócios

 

 

A conta de luz é um gasto significativo para a maioria das pequenas e médias empresas. Nesse sentido, poupar recursos e gerar a própria energia é uma excelente opção para assegurar mais resiliência e previsibilidade na gestão do empreendimento. Segundo a International Energy Agency (IEA), até 2060 a energia solar fotovoltaica irá representar um terço da produção global de energia elétrica.

 

Em média, o investimento a ser feito em energia fotovoltaica, a partir de recursos próprios ou de um financiamento, se paga em cerca de cinco anos e a empresa ainda continuará contando com aquela geração de energia limpa e renovável por, no mínimo, mais 20 anos.

 

Basicamente, são as usinas solares instaladas nos telhados das casas, comércios, indústrias e empresas em geral, bem como nas propriedades rurais ou nas pequenas fazendas solares. O Brasil tem um enorme potencial para a energia solar fotovoltaica, sendo um dos países do mundo com maior irradiação solar. No território nacional inteiro, de Norte a Sul, a energia solar é uma excelente opção para as pequenas e médias empresas.

 

Assim, o uso de fontes de energia limpa e renovável, como a solar, é uma das ferramentas mais importantes para garantir o desenvolvimento sustentável. Justamente por isso há diversas políticas públicas de incentivos para o setor fotovoltaico. 

 

Muitas vezes, as PMES, preferem não se valer de capital próprio para realizar a aquisição do sistema fotovoltaico, optando por direcionar seus recursos para investimentos mais relacionados com o próprio negócio. Nesses casos, o consumidor acaba trocando a economia na conta de luz mensal pela parcela do financiamento.

 

Outro questionamento comum é quando a PME está localizada em área ou em prédio alugado. Assim, é possível negociar antes com o proprietário para encontrar solução, caso, no futuro, a empresa deixe o imóvel. Também pode realizar a instalação do sistema em alguma outra área disponível do empreendedor – por exemplo, uma fazenda, ou alugar o pedaço de um sistema instalado em outra área e cujo investimento foi feito por terceiro, numa espécie de serviço por assinatura.

 

Benefícios da energia solar no agronegócio

 

 

Como o Brasil fez o acionamento em massa de todas as termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pelas terríveis bandeiras vermelhas na conta de luz dos brasileiros, o aumento da tarifa de energia, já em vigor, tem gerado grandes preocupações no setor produtivo e na própria população, já que a inflação no ano deverá ser maior do que o esperado pelo mercado, impactando fortemente as atividades econômicas, sobretudo o agronegócio.

 

Vale lembrar que um dos fatores de sucesso do agronegócio brasileiro é alto poder de competitividade dos produtos nacionais frente aos demais players mundiais. Como um dos principais insumos da atividade produtiva rural é energia elétrica, o uso de energia solar nas fazendas é atualmente uma das grandes soluções para elevar ainda mais a qualidade e a sustentabilidade do manejo agrícola e pecuário no Brasil.

 

Por ser uma tecnologia extremante versátil, a geração própria de energia solar atende a uma série de atividades e demandas da produção rural, como, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras aplicações. Na prática, o uso da energia solar no campo se reverte em alimento mais barato na mesa dos brasileiros.

 

Vale destacar que o agronegócio brasileiro possui algumas das melhores linhas de financiamento para sistemas fotovoltaicos, com destaque para as linhas de crédito “PRONAF Mais Alimentos” e "PRONAF Eco", do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), importante apoio ao setor desenvolvido desde 2015, em parceria com a ABSOLAR, para democratizar o acesso à tecnologia por pequenos produtores rurais familiares, tornando-a mais eficiente, sustentável e competitiva.

 

A sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica é imensa, com diversas aplicações na produção rural. A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves e frangos, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades.

Conheça as vantagens da energia solar

Por muito tempo, o uso da energia solar foi associado a uma medida de sustentabilidade ambiental. Nos primórdios dos projetos fotovoltaicos no Brasil e no mundo, o consumidor decidia instalar um sistema de geração própria a partir da fonte solar imbuído do espírito de preservação dos recursos naturais.

 

Nos últimos anos, porém, a energia solar passou a ser encarada como um investimento de caráter puramente econômico. Com as altas tarifas de energia no País, que impactam diretamente o bolso das famílias e a competitividade das empresas, a tecnologia fotovoltaica passou a ser incorporada nas residências e nas corporações como uma solução econômica, pois ajuda a reduzir em até 90% a conta de luz, garante mais segurança energética e protege contra os aumentos na bandeira tarifária.

 

Junte nessa conta a queda de cerca de 80% no preço dos kits solares na última década no mercado internacional e a energia solar passou a atender um número cada vez maior de consumidores, de todas as classes sociais e faixas de renda.

 

Veja abaixo alguns dos principais benefícios da energia solar:   

 

 

Fonte inesgotável

 

A principal e uma das mais importantes caraterísticas de gerar energia fotovoltaica é o recurso abundante e infinito do Sol.  Neste aspecto, o Brasil possui um dos melhores recursos solares no planeta, situado na chamada zona térmica tropical, em que a luz do Sol fica, praticamente, vertical na superfície

 

O Brasil possui condições perfeitas para captar a radiação solar e gerar a energia elétrica para o consumo. Estudos mostram que o lugar de menor irradiação no País possui um recurso solar superior ao melhor local da Alemanha para a geração de eletricidade fotovoltaica.

 

 

Limpa e silenciosa

 

A geração de energia solar é caraterizada por uma produção limpa, renovável e silenciosa. Portanto, embora os módulos fotovoltaicos sejam instalados no telhado, não há com o que se preocupar, já que não produzem nenhum ruído e nem tampouco poluição. E não requer água e nenhum outro insumo para o seu funcionamento.

 

A produção silenciosa é fruto de um processo fotoquímico da geração de energia elétrica, muito diferente de um processo mecânico. Cada módulo fotovoltaico é composto de células fotovoltaicas que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. 

 

Facilidade e rapidez na instalação

 

Muitos consumidores têm a preocupação sobre prazos de entrega e de conclusão de obras quando adquirem produtos e contratam serviços. No caso da instalação de um telhado solar, a boa notícia é se trata de um trabalho rápido e simples.

 

A média de conclusão de todo o serviço de instalação de um sistema solar em um telhado de uma residência, por exemplo, fica entre 2 e 3 dias. Em certos casos, pode levar apenas 24 horas.  

 

Pouca manutenção

 

A baixa necessidade de manutenção do sistema solar fotovoltaico é outra grande vantagem da energia solar, já que serve primordialmente mais para prevenir danos ao sistema do que para corrigir eventuais falhas.

 

O cuidado preventivo mais importante é a lavagem das placas solares semestralmente. Isso pode ser feito pelo próprio consumidor. Lembrando que graças a uma película antiaderente, a poeira acaba não se acumulando tanto nos módulos, pois é levada pela água da chuva.

 

Entretanto, os telhados estão expostos aos pássaros, que podem deixar fezes e outras sujeiras nas placas, assim como à poluição. Assim, o consumidor pode limpar os módulos com água e uma vassoura de cerdas macias.

 

Anualmente, é preciso realizar uma manutenção elétrica do sistema para assegurar que o gerador está funcionando bem. Entre os itens que são checados estão os disjuntores e fusíveis, que são essenciais para um funcionamento perfeito do sistema fotovoltaico.

 

Vida útil prolongada

 

Um sistema fotovoltaico é projetado para gerar energia elétrica durante 25 anos, com garantia de fábrica dos equipamentos nesse mesmo período. Há, porém, muitos sistemas solares no mundo que estão em funcionamento há mais de 50 anos.

 

Com a vida útil prolongada, o retorno do investimento é ainda mais atrativo, já que o sistema pode ser pago em cerca de 5 anos num modelo de financiamento e o tempo de duração tem garantia de 25 anos.   

Saiba como armazenar Energia Solar

 

 

O armazenamento de energia elétrica não é necessariamente algo novo na sociedade moderna. A solução ficou bastante popularizada com as famosas pilhas de aparelhos eletrônicos. Também surgiram os chamados nobreaks, utilizados por residências e empresas no caso de uma interrupção de energia elétrica. Há ainda outras tecnologias de geração de energia que funcionam como uma espécie de “eletricidade” armazenada, como os geradores à diesel, comuns em condomínios, e as próprias baterias de carro, que suprem o sistema elétrico do veículo.

 

Aliás, nessa mesma linha de raciocínio, um reservatório de usina hidrelétrica pode ser encarado como um espaço de armazenamento energético ou como uma imensa bateria, já que a água fica estacionada e à espera de ser liberada nas comportas para gerar eletricidade.    

 

Enfim, a energia elétrica é algo instantâneo para ser consumida, mas também pode ser armazenada de alguma forma via baterias, que podem ser de chumbo-ácido, de níquel-cadmio e de Íons de Lítio. Quando a energia solar é combinada com o armazenamento em baterias, há grandes vantagens e benefícios para o consumidor, seja residencial, comercial, industrial e rural.

 

Uma das principais dúvidas dos consumidores com energia solar é exatamente sobre as formas de armazenamento, uma vez que os geradores fotovoltaicos utilizam a radiação solar para produzir energia elétrica e, portanto, durante à noite ou em dias nublados não há geração.

 

Primeiro, é importante lembrar que o sistema de compensação de energia distribuída, criado em 2012 no Brasil, garante esse tipo de armazenamento, já que o consumidor pode usar o fio da rede elétrica da distribuidora como uma espécie de bateria.

 

Por exemplo, a unidade consumidora, com um gerador solar fotovoltaico instalado e conectado à rede da distribuidora, usa durante o dia a sua autoprodução. O excedente da geração é injetado na rede. Como à noite não há produção, o consumidor usa a energia que foi enviada para a rede num modelo de crédito de energia elétrica. 

 

Por outro lado, a energia solar também pode ser armazenada da mesma maneira que a energia elétrica proveniente de outras fontes: por meio de baterias. Neste caso, é possível, inclusive, o consumidor se desligar da rede elétrica e ter sua demanda atendida pelos geradores fotovoltaicos combinados com as baterias.

 

Na prática, o local utiliza a energia solar durante o dia no processo de geração elétrica e o excedente fica armazenado na bateria, que, por sua vez, abastece o local no momento em que não há geração solar. 

 

Conheça as tendências tecnológicas do mercado solar para 2022

 

 

 

Por Marcos Magalhães, coordenador comercial Sudeste da WIN

 

O ano de 2022 já está revolucionando o mercado de energia solar, começando com a aprovação da tão aguardada Lei 14.300, que fornece segurança jurídica para o desenvolvimento do setor no Brasil. Porém, quais devem ser as principais novidades tecnológicas que vamos encontrar ao longo deste ano tão cheio de expectativas?

 

Vamos começar pelo principal componente do sistema solar. Os módulos fotovoltaicos chegarão a novos patamares de potência, como já era esperado. Potências abaixo de 400W serão cada vez mais raras, pois os fabricantes estão descontinuando estas linhas. Os módulos na faixa de 450W devem oferecer um melhor custo por watt, enquanto as potências superiores a 500W serão uma ótima opção em instalações com restrição de área ou usinas de solo, onde o custo das estruturas de fixação é mais elevado.

 

Entretanto, haverá uma consolidação do novo patamar de 600W, principalmente no segundo semestre do ano. Essas placas de alta potência não são adequadas para uso em qualquer tipo de inversor, devido às suas elevadas correntes de operação e curto-circuito, e por isso o integrador deve verificar se o inversor escolhido suporta e opera bem com essas correntes. É importante lembrar que tamanho nem sempre é documento, pois se não houver um aumento significativo na eficiência do módulo, a potência superior só será alcançada com um aumento nas dimensões da placa, fazendo com que o módulo fique maior, podendo inclusive não caber na estrutura de fixação padrão de mercado.

 

Os módulos bifaciais também chegaram com força, visto que com o avanço da tecnologia de fabricação, o custo por watt da célula bifacial ficou mais próximo da monofacial. Módulos bifaciais podem gerar em média de 10% a 30% a mais de potência devido a irradiação de albedo, que é a luz refletida pelo solo que incide na traseira da placa. Isso aumenta a geração de usinas de solo e laje, e quanto mais clara a superfície do chão, melhor. Porém, o que poucas pessoas sabem é que os módulos bifaciais são uma opção melhor até mesmo para usinas de telhado, onde a bifacialidade não é aproveitada. Isto acontece porque eles possuem duas camadas de vidro, na frente e na traseira do painel.

 

A dupla camada de vidro aumenta a robustez mecânica do módulo, tornando mais difícil a possibilidade de uma microfissura ou outro dano às células, e também melhora o isolamento elétrico, reduzindo o efeito do PID (degradação induzida por potencial). Com isso, a degradação anual de energia da placa é reduzida, o que se reflete em uma maior garantia de produção linear de energia. A garantia dos módulos bifaciais costuma ser de 30 anos, 5 anos a mais que o padrão de módulos monofaciais.

                                                    

Na parte dos inversores, funcionalidades avançadas estão facilitando a operação e comissionamento de usinas, como a parametrização remota e o monitoramento da curva I-V e P-V das strings. A faixa de operação de MPPT está mais ampla, enquanto a tensão de partida reduziu e a tensão máxima de entrada aumentou, o que significa mais flexibilidade na configuração do arranjo fotovoltaico. A preferência de potência para uso em usinas de maior porte também está mudando. Antes, os inversores preferidos para usinas a partir de 1MW eram do tipo 125kW de entrada CC única, o que tornava necessário o uso de combiner boxes espalhadas pelo campo para paralelizar as strings, configuração denominada como centralizada.

 

Hoje as soluções descentralizadas estão se popularizando devido à facilidade de instalação e economia de componentes. Nesta topologia, os inversores ficam espalhados pelo campo, próximos aos módulos, e são conectados diretamente às strings, sendo as potências de 125kW e 250kW as mais populares até 5MW. As tensões de saída também são maiores nestes inversores, de forma a economizar com o cabeamento CA, sendo de 600V ou 800V.

 

Imagem: inversor string de alta potência instalado em topologia descentralizada.

No ponto de vista de geração de energia, também temos novidades. Cada vez mais unidades consumidoras estão migrando para o ambiente de contratação livre (ACL), visando menores tarifas de energia, negociadas em contratos de prazo determinado. Dependendo do contrato, para viabilizar a instalação de um sistema fotovoltaico em clientes do ACL, é necessário que o gerador não exporte energia para a rede. Isto ocorre pois o regime de compensação de energia convencional, regulamentado pela Resolução Normativa 482, a qual estabeleceu as diretrizes da geração distribuída no país, só é válido para clientes do ambiente de contratação regulado. Neste contexto, se tornam essenciais os equipamentos de controle de potência exportada, como por exemplo o EPM da Solis, trazido com pioneirismo ao Brasil pela WIN.

 

O controlador tem como função medir a potência instantânea que está sendo demandada da concessionária, enviando comandos para os inversores para que a potência produzida pelo sistema fotovoltaico nunca seja maior do que consumida pelas cargas, fazendo com que toda a geração solar seja destinada ao autoconsumo. Essa tecnologia também tem outras aplicações, como por exemplo a expansão de um sistema fotovoltaico sem a necessidade de aumento na demanda contratada, ou a instalação de um sistema em um cliente que está conectado a uma rede de distribuição de energia do tipo anel reticulado, onde o fluxo de corrente para fora da unidade é considerado pelo sistema de proteção como um defeito e pode provocar o desligamento do disjuntor geral.

 

Imagem: diagrama de operação básica do controlador de potência exportada da Solis.

Ainda sobre modelos de geração, teremos este ano novas possibilidades para armazenamento de energia. Novos conversores de potência permitirão a integração de sistemas conectados à rede comuns com bancos de baterias, como existiria em um inversor híbrido (que não possui regulação no Brasil), porém com a parte de gerenciamento de bateria e alimentação do circuito de backup separada do inversor on-grid. Podemos chamar essa estratégia de hibridização. As próprias baterias de lítio estão cada vez mais desenvolvidas, e hoje existem opções de longa vida útil, seguras, modulares e de fácil instalação. Com estas novidades, podemos contar com a acelerada expansão do número de sistemas off-grid e híbridos.

 

Por último e não menos importante, aposto minhas fichas no aumento da proporção de microinversores e otimizadores de potência no mercado. Tenho visto mais integradores querendo oferecer diferenciais para se destacar em relação aos seus concorrentes e fugir da famosa briga de preços. Sistemas com MLPE (em português, Eletrônica de Potência a Nível de Módulo) possuem maiores garantias sobre os equipamentos, são mais seguros, permitem monitoramento individualizado de módulos, são muito menos impactados por sombras e possuem uma melhor performance global de produção de energia. Uma dificuldade neste mercado é o ritmo de evolução dos microinversores e otimizadores, que precisa ser acelerado para acompanhar o aumento nas potências dos módulos. A capacidade dos fabricantes de prover suporte técnico e peças de reposição localmente também é um fator determinante.

 

      

 

 

Imagem: otimizador de potência Solaredge e microinversor Hoymiles.

Energia solar pode gerar eletricidade ou aquecer água, conheça a diferença

 

A energia solar possui inúmeras aplicações na sociedade e na vida animal, com usos bastante distintos ao longo da história de civilização. Mas basicamente podemos dividir em duas grandes áreas: produção de eletricidade e geração de calor para aquecimento.

 

Neste aspecto, ainda há muita confusão entre as duas tecnologias de energia solar. O sistema mais antigo em uso no Brasil e no mundo é o aquecimento de água por meio de painéis solares térmicos. Esses equipamentos concentram o calor do solar e transferem para uma espécie de boiler ou reservatório hídrico, onde a água é aquecida e utilizada no sistema de torneiras, chuveiros e piscinas.

 

No caso da energia solar fotovoltaica, a aplicação é bastante diferente, pois os painéis solares captam a radiação do Sol e a transformação em energia elétrica que serve para abastecer todos os pontos de consumo de eletricidade do local, incluindo geladeiras, televisões, chuveiros elétricos, ar-condicionado, computadores. etc.

 

  Nas duas aplicações da energia solar, o consumidor pode ter redução na conta de luz e controlar melhor o consumo de energia. Porém, no caso da fotovoltaica, o gasto mensal com eletricidade tem queda muito maior do que o sistema de aquecimento de água.   

 

A energia fotovoltaica é também a que mais cresce no Brasil, uma vez que a humanidade se tornou ainda mais dependente de energia elétrica com o processo de digitalização das atividades econômicas.

 

 

Artigo com Ronaldo Koloszuk: Energia solar: negócio exponencial exige gestão exponencial.

 

 

Quem abre um negócio no setor de energia solar fotovoltaica logo percebe que não está atravessando um rio, mas está entrando em um oceano de oportunidades. Trata-se de um ambiente de crescimento exponencial de uma tecnologia limpa, barata e de rápida instalação em comparação com outras fontes. 

 

Mas é sabido também que, em todos os negócios, quanto maior a oportunidade, maior também é o risco envolvido. E não são poucos: aspectos regulatórios, questões governamentais, cenários voláteis que pedem ajustes rápidos na estratégia, disputa pelos talentos humanos em um mercado em franca expansão. Enfim, os desafios não são poucos.

 

Não pretendo explorar aqui aspectos básicos de um empreendimento bem-sucedido, tais como: construir um plano de negócio bem aprofundado; gerir bem as pessoas que estão ao seu lado; ter uma estratégia bem clara; criar processos bem definidos. Com uma pitada de coragem e ousadia, além das muitas noites mal dormidas, esses são pontos básicos para o sucesso de qualquer novo negócio.

 

A ideia deste texto é alertar para dois componentes essenciais para uma organização exponencial: como construir a viabilidade e, após tornar o negócio viável, como ter uma gestão exponencial para sustenta-lo.

 

Construir a viabilidade significa primeiro saber aonde se quer chegar. Pode-se almejar o topo, mas é preciso compreender que para chegar lá antes você terá que subir alguns degraus. Em alguns momentos de um em um e em outros de forma mais acelerada, de três em três. Mas dificilmente você terá perna que sustente um salto maior que esse. Então, na estratégia da construção da viabilidade há uma variável fundamental chamada tempo. 

 

Tendo isso claro, segundo Carlos Matus no livro “Estratégias políticas: Chimpanzé, Maquiavel e Gandhi”, existem quatro recursos escassos que tem que ser mapeados para construção da viabilidade. São eles: recurso político (contatos), recurso econômico, recurso organizacional e recurso cognitivo (conhecimento). De forma simples, sem muito aprofundar, tentarei deixar claro o conceito. Segundo ele, você nunca terá os quatro recursos em abundância, é praticamente impossível. Mas se você tiver apenas um deles em abundância você estará qualificado para ter acesso a algum dos outros recursos que será necessário para o seu objetivo. Tenho utilizado esse método em todas as esferas da minha vida e tenho atingido ótimos resultados.

 

Na outra ponta, após construir a viabilidade, vem um outro grande desafio: gerir um negócio exponencial. O desafio é grande sobretudo por conta da velocidade. Na medida em que o seu empreendimento cresce aceleradamente o seu tempo de reação se torna menor. Se em uma empresa tradicional, por exemplo, você projeta uma dificuldade no fluxo de caixa em 12 meses, em uma empresa exponencial ela poderá se precipitar em apenas 3 meses. Isso vale para todas as áreas: recrutar mais rápido; estar antenado nas tendências para canibalizar os seus produtos ou serviços mais rapidamente com inovações, antes que o seu concorrente o faça, entre outros. A velocidade e o tempo poderão ser seus amigos ou inimigos. Isso dependerá da sua capacidade de gerenciar, de responder, de se antecipar. Para isso, estudar, se capacitar, estar aberto a mudanças e trabalhar bem a informação é primordial. Há cursos online a respeito. Aprofundem-se e estejam preparados para os próximos degraus. E que sejam de três em três. Sucesso!

 

 

Como funciona o sistema de compensação de energia na geração distribuída