Close
Pesquisa
RSS

Blog

Inovações tecnológicas impulsionam a eficiência e acessibilidade da energia solar

 

 

Nos últimos anos, as inovações tecnológicas têm desempenhado um papel fundamental na expansão e aprimoramento da energia solar. Essas inovações têm impulsionado a eficiência dos painéis solares, o armazenamento de energia e a redução dos custos, tornando a energia solar uma opção cada vez mais acessível e atraente para residências, empresas e comunidades em todo o mundo.

 

Conheça algumas das principais inovações tecnológicas que estão transformando a energia solar em uma fonte de energia mais eficiente e acessível:

 

- Painéis solares de alta eficiência: os avanços na tecnologia dos painéis solares têm aumentado sua eficiência na conversão da luz solar em eletricidade. As células solares de silício monocristalino e policristalino têm se tornado mais eficientes, permitindo a geração de mais eletricidade a partir de uma área menor de painéis solares. Além disso, a introdução de células solares de filme fino, como as de telureto de cádmio e as de filme fino de silício amorfo, oferecem novas opções para capturar energia solar de forma mais eficiente;

 

- Armazenamento avançado de energia: este item é um componente crucial para a expansão da energia solar. A inovação nessa área tem sido marcada pelo desenvolvimento de baterias de íon-lítio de alta capacidade e menor custo, que permitem o armazenamento eficiente da eletricidade gerada pelos painéis solares. Além disso, sistemas avançados de gerenciamento de energia e a integração com redes inteligentes possibilitam um melhor controle e utilização da energia armazenada, maximizando seu aproveitamento;

 

- Tecnologias de rastreamento solar: os sistemas de rastreamento solar têm se tornado cada vez mais precisos e eficientes, permitindo que os painéis solares acompanhem o movimento do sol ao longo do dia. Esses sistemas podem aumentar significativamente a produção de energia solar, direcionando os painéis para capturar a máxima quantidade de luz solar durante todo o dia. Além disso, inovações como painéis solares flutuantes em corpos d'água possibilitam a utilização de espaços que antes não eram aproveitados, como lagos e reservatórios;

 

- Sistemas de monitoramento e otimização: a aplicação de tecnologias de monitoramento e otimização em instalações solares permite um acompanhamento em tempo real do desempenho dos painéis solares. Sensores integrados aos painéis coletam dados sobre a produção de energia, permitindo a identificação rápida de possíveis problemas ou falhas. Além disso, algoritmos avançados de otimização ajudam a ajustar o ângulo e a direção dos painéis solares para maximizar a absorção de luz solar, aumentando a eficiência do sistema.

Governo planeja substituir uso de óleo diesel por energia solar na Amazônia

 

 

O programa de descarbonização da Amazônia, que será lançado em julho, recebeu mais detalhes do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante um fórum em Lisboa, Portugal, ele revelou os objetivos de reduzir a dependência de energia gerada a partir de óleo diesel na região amazônica para 40% até 2026, substituindo-a por fontes como energia solar e biodiesel.

 

A meta estabelecida até 2030 é que as termelétricas movidas a óleo diesel representem apenas 20% da demanda dos 212 sistemas isolados. O ministro enfatizou que o Brasil está prestes a lançar o maior programa de descarbonização do planeta. Há duas semanas, ele já havia anunciado que o programa receberia investimentos no valor de R$ 5 bilhões.

 

A região da Amazônia Legal, que abrange cerca de 3 milhões de pessoas atendidas pelos sistemas isolados, predominantemente consumidores residenciais, depende principalmente das termelétricas movidas a óleo diesel para suprir sua demanda energética, o que encarece a geração de energia devido à logística de transporte dos combustíveis.

 

A fim de evitar que os custos de energia se tornem elevados para essa parcela da população, os custos de geração são divididos entre todos os consumidores do país. A Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) é responsável pelo financiamento da energia consumida nos sistemas isolados e terá um custo estimado de cerca de R$ 12 bilhões neste ano.

 

Apesar do valor elevado, o consumo dos sistemas isolados representa apenas 0,6% do consumo nacional, e a população dessas localidades corresponde a apenas 1,4% da população total do Brasil. De acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o estado do Amazonas é responsável por 75% do orçamento anual da CCC, seguido por Roraima com 11% e Pará com 6%, enquanto o restante é distribuído entre Rondônia, Acre e Amapá.

Consumidores brasileiros têm até 7 de julho para usufruir de vantagens do marco legal da energia solar

 

 

Consumidores brasileiros que querem instalar sistemas de energia solar em residências e empresas têm até o dia 7 de julho para protocolarem o pedido de conexão e obterem mais vantagens nesse processo. É o que diz o marco legal da geração distribuída, a lei 14300/2022, que indica ainda um período de transição mais longo na cobrança pelo uso da rede elétrica, com dois anos a mais, tornando assim o projeto fotovoltaico mais vantajoso, com retorno do investimento mais rápido.

De acordo com a regra, os consumidores com sistemas de até 500 kW, que englobam pequenas residências, grandes casas e até estabelecimentos maiores na área empresarial, como comércio, indústria e propriedade rural, terão oito anos de transição (até 2030) para a cobrança do uso da rede elétrica, desde que protocolem o pedido de conexão até a data limite. A partir daí, o período de transição se encerra em 2028, com aumentos progressivos dessa cobrança.

De todo modo, a energia solar é e continuará sendo um investimento bastante rentável aos consumidores, ajudando no alívio do orçamento das famílias brasileiras e na ampliação da competividade das empresas.

Mesmo com as cobranças gradativas da nova lei, o uso da tecnologia fotovoltaica em telhados vai continuar bastante atrativa, já que o preço dos equipamentos cai de forma drástica no mercado internacional e há oferta de crédito para financiamento de projetos, que quase troca o valor economizado na conta de luz pela parcela da prestação, eliminando assim quaisquer necessidades de recursos próprios para a instalação de painéis solares.

A importância do uso de String Box para proteção de sistemas fotovoltaicos e os parâmetros de qualidade a serem considerados

 

 

Os sistemas fotovoltaicos estão se tornando cada vez mais comuns em residências e empresas como uma solução sustentável para geração de energia elétrica. No entanto, garantir a proteção adequada desses sistemas é essencial para garantir o seu bom desempenho e segurança. Uma das maneiras de alcançar essa proteção é por meio do uso de String Box, que atua como uma interface entre os painéis solares e o inversor. Neste artigo, discutiremos a importância de utilizar String Box para proteção dos sistemas fotovoltaicos, os parâmetros de qualidade que devem ser atestados e destacaremos as String Box da Clamper, conhecidas por sua alta proteção e certificação em conformidade com as normas ABNT NBR IEC 61643-11, além de terem sido recentemente certificadas pela Absolar como uma empresa fabricante de produtos para sistemas fotovoltaicos de nível AAA.

 

A importância do uso de String Box para proteção de sistemas fotovoltaicos:

Segurança elétrica:

Proteção e segurança: a String Box atua como um ponto central de proteção elétrica para o sistema fotovoltaico. Ela incorpora dispositivos de proteção (DPS), chave seccionadora e, em alguns casos, fusíveis, que ajudam a prevenir surtos de tensão, curtos-circuitos e sobrecargas. Esses dispositivos garantem a segurança dos equipamentos e dos usuários, reduzindo os riscos de incêndios e choques elétricos.

Gerenciamento simplificado:

A String Box permite um gerenciamento mais simplificado do sistema fotovoltaico. Ela serve como uma interface entre os painéis solares e o inversor, facilitando a conexão e o monitoramento dos cabos e strings solares. Além disso, a presença de dispositivos de proteção na String Box torna mais fácil identificar e resolver problemas relacionados à corrente elétrica.

Manutenção facilitada:

Ao agrupar as conexões dos painéis solares em uma String Box, a manutenção do sistema fotovoltaico se torna mais fácil. Os técnicos podem acessar e inspecionar as conexões e os dispositivos de proteção de maneira mais eficiente, tornando a manutenção preventiva e corretiva mais rápida e simples.

Otimização do desempenho:

Uma String Box bem projetada pode otimizar o desempenho do sistema fotovoltaico. Ela permite a configuração adequada das strings solares, de acordo com as condições específicas do local e a orientação dos painéis solares. Isso ajuda a maximizar a produção de energia e garantir um desempenho consistente ao longo do tempo.

Flexibilidade e escalabilidade:

A utilização de uma String Box proporciona flexibilidade e escalabilidade ao sistema fotovoltaico. Ela permite a adição ou remoção de strings solares de forma mais simples e organizada, facilitando a expansão do sistema conforme a demanda de energia aumenta.

Conformidade com as normas:

Uma String Box de qualidade atende às normas e regulamentos técnicos aplicáveis, garantindo que o sistema fotovoltaico esteja em conformidade com os requisitos de segurança e qualidade estabelecidos. Isso é especialmente importante para a obtenção de certificações e licenças necessárias, bem como para garantir a proteção adequada do sistema e a validade das garantias dos equipamentos.

 

Em resumo, a utilização de uma String Box no sistema fotovoltaico oferece proteção, segurança, facilidade de gerenciamento, manutenção simplificada, otimização do desempenho e conformidade com as normas. É um componente essencial para garantir o funcionamento confiável e eficiente de um sistema fotovoltaico.

Parâmetros de qualidade a serem considerados em uma String Box:

Certificação e conformidade:

É essencial garantir que a String Box escolhida tenha certificação em conformidade com as normas e regulamentos relevantes. Verifique se a String Box atende às normas técnicas nacionais e internacionais para dispositivos de proteção elétrica e sistemas fotovoltaicos.

Proteção contra surtos de tensão:

A String Box deve ser equipada com DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) certificado, capaz de suportar e dissipar surtos de tensão, protegendo assim os componentes do sistema fotovoltaico contra danos.

Capacidade de corrente adequada:

Certifique-se de que a String Box tenha uma capacidade de corrente adequada para suportar a carga elétrica gerada pelos painéis.

Texto de Elaine Cândido, Gerente de Negócios da Clamper.

Relatório indica revisão positiva para o crescimento econômico do Brasil em 2023

 

 

Em mais uma atualização do cenário macroeconômico, um relatório realizado pela equipe do Santander e apresentado no WIN Xperience destaca poucas mudanças significativas nas projeções para o Brasil. No entanto, a proposta do governo para um novo arcabouço fiscal teve um impacto limitado nas expectativas para o resultado orçamentário e para a trajetória da dívida pública. A principal revisão deste relatório é uma estimativa otimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, que foi elevada para 1,0% em relação à projeção anterior de 0,8%.

A revisão positiva baseia-se principalmente no desempenho surpreendentemente forte da atividade econômica no primeiro trimestre de 2023. Esse resultado foi impulsionado por um aumento na estimativa do PIB agrícola e uma leve surpresa positiva nos setores cíclicos, juntamente com a resiliência dos setores de serviços e emprego.

Esses fatores têm implicações mistas para a inflação. Por um lado, uma produção agrícola robusta pode ajudar a arrefecer os preços dos alimentos consumidos em domicílio, com uma projeção de 3,0% em 2023, em comparação com os 13,2% registrados em 2022. Por outro lado, a resiliência do setor de serviços indica pressões contínuas sobre o núcleo da inflação, com uma projeção de 5,3% para a média dos núcleos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acima da meta de 3,25% do Banco Central.

Dessa forma, espera-se que a inflação do IPCA permaneça acima do intervalo da meta, com projeção de 6% para este ano, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao cenário anterior, e 3,9% para 2024, mantendo-se inalterada. No que diz respeito à política monetária, espera-se que o Banco Central do Brasil (BCB) adie os cortes de juros, com a previsão de uma redução da taxa Selic a partir do quarto trimestre de 2023.

Em geral, a incerteza macroeconômica continua elevada tanto no Brasil quanto no exterior, o que mantém uma faixa de confiança mais ampla em torno das estimativas apresentadas neste relatório.

Para acessar o relatório, clique aqui.

Energia acessível para todos: as soluções da Hoymiles para sistemas híbridos e suas aplicações no mercado brasileiro

 

 

A Hoymiles é uma das maiores fabricantes de soluções MLPE (Module-Level Power Electronics) do mundo, sendo considerada o 2º maior fornecedor de micro inversores do mundo em 2021, de acordo com a IHS Markit. Com mais de 1 milhão de micro inversores instalados desde 2016 e aumento médio anual de 100% no volume de vendas dos mesmos entre 2016 e 2022, a fabricante chinesa caminha a passos largos rumo ao objetivo ditado por seu lema: “Energia Acessível para Todos”. Além de ousado, o lema traz uma reflexão do quanto ainda falta a ser feito para garantir à sociedade fornecimento acessível e seguro de algo que já é considerado necessidade básica.

No mundo, mais de 773 milhões de pessoas não têm acesso à energia elétrica, segundo a IRENA em um estudo de 2022. De acordo com a IEMA, no Brasil mais de 2 milhões de pessoas se encontram na mesma situação com metade delas localizada na região da Amazônia. Há ainda em torno de 2% dos brasileiros que não estão conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional) e recebem energia elétrica de sistemas isolados, baseados majoritariamente em geradores a diesel, cujo combustível é custeado por todos nós através da componente CCC da tarifa de energia. Mesmo para a maior parte dos brasileiros que está conectada ao SIN, muitos ainda sofrem com baixa qualidade no fornecimento de energia até suas unidades consumidoras, ficando em média até 14 horas por ano sem energia.

A hibridização dos sistemas de energia que fornecem eletricidade para as unidades consumidoras é uma das formas de mitigar, ou até mesmo eliminar, os problemas citados acima. Transformar um sistema de energia em um híbrido consiste em adicionar uma ou mais fontes de energia ao já existente, sendo pelo menos uma delas renovável, para abastecer cargas que podem estar conectadas ou desconectadas da rede da concessionária. Exemplos de sistemas híbridos são:

  • FV + gerador a diesel
  • FV + baterias
  • FV + eólica + baterias

A utilização de armazenamento de energia em baterias é o grande trunfo de sistemas híbridos para atingir este objetivo de mitigar e até mesmo resolver os problemas citados anteriormente. Portanto, na próxima seção, vamos focar em alguns tipos de aplicações em que sistemas híbridos com bateria podem ser utilizados.

 

Aplicações no Brasil e oportunidades de negócio

 

Existem diversas aplicações em que os sistemas híbridos podem ser utilizados. Elas podem ser divididas em três categorias: off-grid, em frente ao medidor e atrás do medidor, em que se entende como medidor o medidor de energia de uma unidade consumidora qualquer. Vamos conhecer mais sobre cada uma delas:

Aplicações off-grid: sistemas off-grid são, por definição, desconectados da rede de distribuição da concessionária ou permissionária de energia. São largamente utilizados para alimentar cargas isoladas, ou seja, fora do alcance da infraestrutura da concessionária, como ilhas, fazendas, vilarejos em cidades do interior etc. É comum que estes locais sejam alimentados por grandes grupo-geradores a diesel, pois são uma fonte de energia confiável, conhecida e com baixo custo inicial de instalação, mas que possuem um alto custo de manutenção principalmente devido ao preço dos combustíveis, além de ser uma fonte altamente poluente do ar e sonora.

A hibridização desses sistemas, ou seja, a adição de fontes renováveis, como a solar fotovoltaica e armazenamento de energia em baterias, ajuda a reduzir drasticamente o consumo de combustível dos geradores que originalmente alimentavam essas cargas sozinhos. Isso gera uma grande economia com custo de combustíveis e manutenção do sistema de forma geral. Esta abordagem foi utilizada na construção da microrrede de Fernando de Noronha. Uma solução off-grid híbrida de sistema FV + eólica + armazenamento em baterias de chumbo-ácido também foi utilizada para abastecer a Ilha de Lençóis no Maranhão. Além disso, é possível utilizar sistemas híbridos para abastecer grandes cargas de forma isolada da rede elétrica, mesmo que ela esteja disponível, como é o caso de sistemas de irrigação de plantações e sistemas de bombeamento de água.

Aplicações em frente ao medidor: são aplicações destinadas a auxiliar a concessionária na manutenção, ou até melhoria, dos parâmetros de qualidade, integridade e estabilidade do fornecimento de energia. Este tipo de aplicação também pode ser categorizado como serviços ancilares, que podem variar desde o controle dos níveis de tensão da rede de distribuição/transmissão de energia até a redução do fator de potência, ou ainda tornar possível o despacho de fontes não despacháveis, como a eólica e solar fotovoltaica. Embora já seja realidade em outros países como Estados Unidos e Alemanha, a prestação desse tipo de serviço por parte do consumidor final só foi recentemente prevista pela Lei 14.300 e seus critérios ainda estão sendo estudados pela ANEEL. Entretanto, já existem projetos de P&D dedicados a estudar esse tipo de prestação de serviço, como o da empresa ISA CTEEP instalado na USP.

Aplicações atrás do medidor: esta é uma aplicação em que a utilização de um sistema híbrido impacta diretamente na energia que uma unidade consumidora utiliza da rede da concessionária, ao fazer com que esta energia seja suprida preferencialmente pelas fontes que compõem o sistema. A partir da aprovação da Lei 14.300 em que obriga as concessionárias a aceitarem pedidos de conexão à rede de sistemas híbridos com armazenamento, as aplicações atrás do medidor são as que possuem o maior potencial de gerar retorno financeiro e agregar valores como segurança, estabilidade e qualidade do próprio fornecimento de energia, além da liberdade de depender cada vez menos, ou até mesmo não depender, do serviço da concessionária. A tabela abaixo, compilada no estudo da Greener de 2021, mostra as principais aplicações nessa categoria em que se pode obter retorno financeiro utilizando sistemas híbridos com armazenamento.

 Fonte: Estudo estratégico do mercado de armazenamento – GREENER, 2021

 

A partir desta tabela, nota-se que os clientes do grupo A possuem mais oportunidades para aplicação de sistemas híbridos, assim como a possibilidade de maiores retornos sobre este investimento. Entretanto, clientes do grupo B também podem se beneficiar desses tipos de sistemas, desde que sejam dimensionados de forma inteligente e escolhendo os equipamentos corretos, especialmente o inversor. Mas antes de falar sobre os equipamentos, vamos falar um pouco mais sobre cada aplicação mostrada na tabela acima.

o  Backup: esta aplicação consiste em manter uma carga energizada através de outra fonte de energia, caso haja uma falha na rede da concessionária. Esta aplicação já é comum no nosso dia a dia, desde a utilização de um nobreak para manter um computador energizado durante uma queda de energia até o uso de grandes grupo-geradores a diesel para manter os servidores e elevadores de um prédio comercial funcionando. Existem diversas situações em que uma solução de backup pode ser implementada e grande parte delas pode se beneficiar da implementação de um sistema híbrido, pois a energia que será utilizada para manter esses equipamentos virá de uma fonte limpa, renovável e barata como a solar fotovoltaica. Com isso, o retorno financeiro se dará em deixar de consumir a energia mais cara da concessionária e até na economia de combustível utilizado nos grupo-geradores.

Além disso, há o valor agregado em se libertar da dependência energética da concessionária e aumentar a segurança do fornecimento de energia, ou seja, minimizar as falhas e interrupções no fornecimento. Segundo estudo da Greener de 2021, o brasileiro fica em média 14h por ano sem energia elétrica, enquanto na Coreia do Sul esse tempo é de somente 9 minutos por ano. Além disso, ainda há a possibilidade de danos aos equipamentos dentro da unidade consumidora, oriundos de surtos de tensão ocasionados por falhas na rede da concessionária e durante as tentativas de restauração do fornecimento de energia pela mesma. Diante desses dados, a possibilidade de sair dessa estatística ao instalar um sistema híbrido com armazenamento e utilizá-lo como backup total ou parcial da unidade consumidora torna-se cada vez mais atrativa.

o  GD sem injeção na rede:  atualmente no Brasil, um sistema fotovoltaico conectado à rede (on-grid) exporta automaticamente toda a energia que não foi consumida localmente pela unidade consumidora para a rede da concessionária. Essa energia gera créditos que podem ser usados para abater o valor das contas de luz subsequentes daquela unidade. Num cenário em que o valor do crédito é menor do que o da tarifa de energia consumida da concessionária, é financeiramente mais vantajoso consumir menos energia da concessionária e mais do próprio sistema FV. Isto só é possível de ser feito transformando este sistema em um híbrido com armazenamento, pois ele será capaz de armazenar parte da energia gerada pelo arranjo FV nas baterias para utilizá-la a noite por exemplo, quando não há irradiação solar. Mas cuidado! Mesmo com a implementação da Lei 14.300, a diferença entre o valor do crédito da GD e o da tarifa de energia da concessionária ainda não está alta, portanto, ainda é vantajoso exportar a energia excedente para a concessionária, além de armazená-la. Esta proporção do quanto será armazenado e do quanto será exportado deve ser cuidadosamente planejado para maximizar os rendimentos financeiros do sistema.

 

o  Gestão do horário de consumo: clientes atendidos em média e alta tensão (grupo A) e os atendidos em baixa tensão com tarifa branca ou binômia (grupo B) são cobrados pela concessionária com tarifas diferenciadas para a energia consumida no horário de ponta ou fora de ponta, ou seja, a energia é mais cara nos horários do dia em que o SIN está mais carregado (geralmente entre 18h e 21h) e mais barata nos horários em que está menos carregado (de madrugada e no restante do dia). Nessas condições, uma forma natural de economizar energia elétrica é alterando hábitos de consumo ou realocando processos de alto consumo de energia dentro de uma fábrica, de forma a sincronizar o período de maior consumo com o de menor valor da tarifa de energia. Além de deslocar o consumo para os horários de menor tarifa, com a utilização de um sistema híbrido composto de arranjo FV e armazenamento em baterias é possível maximizar a economia ao deslocar a geração do arranjo FV. Como a energia gerada por ele é armazenada nas baterias, é possível descarregá-las nos horários em que a tarifa é mais cara, fazendo com que a unidade consumidora utilize a energia armazenada do arranjo FV em vez da energia da concessionária.

 

o  Redução do pico de demanda: clientes atendidos em média e alta tensão (grupo A) e os atendidos em baixa tensão com tarifa binômia (grupo B) são cobrados pela concessionária pela energia consumida e pela demanda, que é a potência máxima consumida pelo cliente num determinado intervalo de tempo. A cobrança da demanda por parte da concessionária tem a ver com o esforço operacional envolvido em balancear geração e consumo por toda a cadeia de produção de energia, de forma que aquele determinado valor de potência esteja disponível para ser consumido pelo cliente ao longo do dia. O valor da tarifa de demanda pode ser fixo ou variar de acordo com os horários de ponta e fora de ponta da concessionária, além de ser atrelado a um valor de demanda contratada em kW que é estimado pelo cliente. Tais cobranças fazem com que o custo desses clientes com energia elétrica tende a ser elevado. Portanto, a redução do pico de demanda é uma das principais estratégias desses clientes para economizar com energia elétrica, pois ela permite que o valor de demanda contratada possa ser renegociado com a concessionária com tarifas mais baratas. Esta estratégia pode (e deve) ser combinada com a gestão do horário de consumo explicada anteriormente, para maximizar as possibilidades de economia. Esta aplicação já é implementada por muitos utilizando grupo-geradores e/ou sistemas de cogeração, pois o custo dos combustíveis e manutenção desses sistemas é mais barato do que as tarifas de demanda, energia e multa por ultrapassagem de demanda praticadas pela concessionária, especialmente se o pico de demanda do cliente coincide com essas tarifas em horário de ponta. Para um cliente que não tem essas estratégias implementadas, a utilização de um banco de baterias com um controlador de carga e um inversor já seria suficiente para colher seus benefícios, mas ainda assim haveria um custo para carregar o banco com a energia da concessionária. Contudo, ao utilizar um sistema híbrido com armazenamento e arranjo FV nessa aplicação, a energia que carregará o banco de baterias será oriunda do arranjo FV, que tende a ser muito mais barata que a da concessionária, maximizando assim os rendimentos financeiros da aplicação. Para os clientes que já utilizam grupo-gerador para implementar essa aplicação, a transformação desse sistema em um sistema híbrido traz ainda mais flexibilidade para a operação e gera economia de combustível dos geradores, aumentando ainda mais a rentabilidade do sistema.

Note que, na maioria das aplicações citadas aqui, existe a necessidade da utilização de armazenamento de energia em um banco de baterias. A simples existência deles num sistema híbrido implica na necessidade de um Sistema de Gerenciamento de Baterias (BMS) para monitorar os parâmetros elétricos e térmicos do banco. Felizmente, já existem baterias de íons de lítio no mercado que possuem BMS integrado e são destinadas especialmente para essas aplicações, mas ele ainda é necessário em bancos formados de baterias estacionárias. Além disso, também são necessários: um controlador para controlar a carga e descarga do banco de forma a otimizar sua vida útil, um inversor para converter a energia CC do banco para CA, além de um Sistema de Gerenciamento de Energia (EMS) para gerir todas as fontes de energia presentes no sistema de forma otimizada e que atenda os requisitos de fornecimento de energia do cliente. Dimensionar um sistema desse tipo é um grande desafio, especialmente devido à grande quantidade de componentes envolvidos e configurações a serem ajustadas. Entretanto, existe atualmente no mercado uma classe de inversores chamada de “inversores híbridos” ou “inversores on-grid com bateria”, de acordo com a normativa n° 140 do INMETRO, que podem facilitar muito o dimensionamento de sistemas híbridos por possuírem integrados a eles as funcionalidades dos sistemas mencionados acima. Estes inversores, além de poderem funcionar como inversores on-grid exportando energia do arranjo FV para a concessionária, também podem utilizar esta energia para carregar um banco de baterias conectados a ele, ou até mesmo carregar este banco por meio da rede da concessionária, se necessário. Diante desse mercado cheio de possibilidades, a Hoymiles está trazendo sua própria linha de inversores híbridos para o Brasil para fomentar e facilitar a transição energética desse mercado tão importante.

 

Os inversores híbridos da Hoymiles

 

A Hoymiles está trazendo para o Brasil, no segundo semestre de 2023, sua nova linha de inversores híbridos HYS (monofásicos) e HYT (trifásicos), que vêm com um conjunto de acessórios essenciais para monitorar e gerenciar seu sistema híbrido com armazenamento. Cada embalagem de um inversor híbrido Hoymiles virá com os seguintes acessórios: uma barra de comunicação compatível com Wi-Fi/4G/Ethernet para viabilizar o monitoramento e o controle do seu inversor através da plataforma S-Miles Cloud e um medidor de energia inteligente com precisão de 0,5% e conjunto de TCs, que possibilitarão o controle fino do percentual de energia excedente que seu sistema exporta para a rede através da função Export Management.

Os inversores híbridos monofásicos HYS possuem modelos com potências que variam de 3 até 6 kW, enquanto os inversores híbridos trifásicos HYT possuem modelos com potências de 5 até 12 kW. Abaixo estão listados os principais pontos de destaque destes inversores:

  • (Monofásico) Compatível com baterias de baixa tensão de 48 V, faixa de cobertura de 40V a 60V;
  • (Monofásico) Tensão CA de saída 220/230V F-N-T;
  • (Trifásico) Compatível com bateria de alta tensão, faixa de cobertura de 170 V a 600 V;
  • (Trifásico) Tensão CA de saída 380/400V 3F-N-T;
  • Eficiência máx. de 97,6%,eficiência europeia de 97,0%
  • Rastreador MPPT duplo, com corrente MPPT de até 14 A, relação CC/CA de até 150%;
  • Saídas independentes para conexão com a rede (GRID), conexão com gerador a diesel (GEN) e conexão de cargas prioritárias (EPS) para uma operação flexível do sistema;
  • EMS integrado e programados com os modos de operação: autoconsumo, econômico e backup, para aplicação em diversos cenários;
  • Contato seco integrado configurado de forma flexível para alarme de falha de aterramento, controle de carga ou controle de gerador;
  • Transferência rápida de 20 ms entre os modos on-grid e off-grid;
  • Monitoramento remoto por meio da S-Miles Cloud;

 

A figura abaixo ilustra um sistema híbrido utilizando inversor híbrido Hoymiles. Embora a quantidade de componentes seja maior que um sistema on-grid tradicional, ela mostra como até sistema híbrido complexo pode ser desenvolvido e montado de forma simples ao utilizar a solução da Hoymiles.

Figura 1:  Sistema híbrido com inversor híbrido Hoymiles

 

Os modos de operação pré-programados no EMS dos inversores híbridos Hoymiles tornam as aplicações discutidas na seção anterior fáceis de serem implementadas. Os poucos ajustes a serem feitos a eles também são facilmente executáveis através da plataforma S-Miles Cloud de forma rápida e intuitiva. Os modos de operação funcionam da seguinte forma:

  • modo autoconsumo: este modo estabelece prioridades para uso da energia gerada pelo arranjo FV conectado ao inversor. Neste modo, o arranjo FV alimentará primeiramente as cargas conectadas ao sistema. Havendo energia excedente, ela será utilizada para carregar as baterias. Se ainda assim houver energia excedente do arranjo FV, ela será exportada para a rede. Este modo é ideal para a aplicação de GD sem injeção ou com injeção controlada na rede;
  • modo econômico: neste modo é possível definir os períodos do dia em que a bateria será carregada ou descarregada. É o modo ideal para implementar as aplicações de redução de pico de demanda (“peak shaving”) e gestão do horário de consumo, programando os períodos de carga e descarga da bateria visando carregá-la com a energia barata do arranjo FV e descarregá-la nos períodos de maior demanda da carga e/ou maior tarifa de energia, evitando ao máximo o consumo da energia da rede;
  • modo backup: neste modo são estabelecidas prioridades para o consumo da carga do sistema. Nele, a carga consumirá primeiramente a energia disponível no arranjo FV. Caso ainda haja necessidade, ela consumirá em seguida a energia disponível na bateria. Se mesmo assim ainda houver necessidade de mais energia para a carga, só então ela consumirá a energia da rede elétrica, diminuindo assim a dependência da concessionária e promovendo continuidade no fornecimento de energia caso haja falha na rede.

Dessa forma, com os inversores híbridos, a Hoymiles dá um grande passo para se aproximar de seu próprio lema no mercado brasileiro: energia acessível para todos!

Texto escrito por Lucas Gomes, Engenheiro de Suporte Técnico da Hoymiles.

Políticas públicas e incentivos governamentais para impulsionar a expansão do setor solar

 

 

A transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável tem se tornado uma prioridade em todo o mundo. E a energia solar tem desempenhado um papel fundamental nesse processo. Dentro deste cenário, as políticas públicas e os incentivos governamentais têm suma importância para impulsionar a expansão do setor, explorando exemplos de medidas adotadas por diferentes países. Conheça algumas das ações que pode ajudar nesse caminho:

 

- Estabelecimento de metas e compromissos: muitos governos têm estabelecido metas ambiciosas para a expansão da energia solar como parte de seus compromissos com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição para fontes renováveis. Essas metas fornecem um direcionamento claro para investidores, empresas e consumidores, incentivando a adoção da energia solar em grande escala;

 

- Tarifas de incentivo: uma política comum para incentivar a energia solar é a implementação de tarifas de incentivo, também conhecidas como feed-in tariffs. Essas tarifas garantem um preço fixo e atraente para a energia solar produzida, incentivando a instalação de sistemas fotovoltaicos. Essa medida reduz os riscos para os investidores e melhora a viabilidade financeira dos projetos solares;

 

- Programas de incentivos fiscais: os governos frequentemente oferecem incentivos fiscais para a instalação de sistemas solares. Esses programas reduzem os custos iniciais de aquisição e instalação, tornando a energia solar mais acessível para residências, empresas e instituições. Os incentivos fiscais, como isenção de impostos ou créditos tributários, também são eficazes para impulsionar o investimento em energia solar;

 

- Financiamento e linhas de crédito específicas: a disponibilidade de financiamento e linhas de crédito específicas para projetos solares é um fator crucial para incentivar a expansão da energia solar. Os governos podem estabelecer parcerias com instituições financeiras para oferecer condições favoráveis de empréstimos e facilitar o acesso ao capital necessário para investir em energia solar;

 

- Simplificação de processos e licenciamento: a burocracia e os processos complicados podem ser obstáculos para a adoção da energia solar. Governos progressistas estão trabalhando para simplificar os procedimentos de licenciamento e autorização, reduzindo a papelada e acelerando os prazos. Isso torna mais fácil para os indivíduos e empresas obterem permissões para instalar sistemas solares, estimulando a expansão do mercado;

 

- Programas de capacitação e educação: a conscientização e o conhecimento sobre a energia solar desempenham um papel vital na adoção dessa tecnologia. Os governos podem implementar programas de capacitação e educação para profissionais, visando fornecer treinamentos específicos e atualizados sobre instalação e manutenção de sistemas solares. Esses programas aumentam a oferta de mão de obra qualificada e impulsionam o crescimento da indústria solar.

 

Por meio dessas ações, podemos concluir que as políticas públicas e os incentivos governamentais desempenham um papel crucial na expansão da energia solar. Ao estabelecer metas ambiciosas, oferecer tarifas de incentivo, incentivos fiscais, financiamento facilitado, simplificação de processos e programas educacionais, os governos podem criar um ambiente favorável para a adoção da energia solar. Essas medidas não apenas aceleram a transição para uma matriz energética mais limpa, mas também impulsionam o crescimento econômico, criando empregos e promovendo a sustentabilidade global.

Brasil chega a 2 milhões de placas solares em telhados e terrenos

 

 

Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que o país superou a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

Desta forma, são 22 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Para a vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim, os números mostram o potencial de crescimento do setor. “Isso confirma não só o potencial enorme que o Brasil tem para a geração solar fotovoltaica, mas também o desejo do consumidor brasileiro de gerar a própria energia, não só economizando na conta de luz, mas também fazendo sua parcela, para ajudar com o desenvolvimento sustentável do país”, disse.

No começo deste ano, a energia solar ultrapassou a fonte eólica (gerada pela força do vento), passando a ocupar o segundo lugar na matriz elétrica brasileira. Do total da potência instalada no país, 14,3% vêm da energia solar, perdendo apenas para a hídrica (51%).

As perspectivas para 2023 é a produção entre 25 e 28 GW. O ano de 2022 terminou com quase 18 GW de potência instalada. Este ano, a perspectiva é de acréscimo de mais 10 GW de capacidade instalada.

Matriz energética

Conforme o estudo, os 2 milhões de sistemas fotovoltaicos abastecem 2,6 milhões de unidades consumidoras. Porém, representa menos de 3% do número total de unidades consumidoras existentes no Brasil.

O levantamento da Absolar aponta que a tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.530 municípios e em todos os estados, sendo Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná com as maiores participações.

A meta, segundo Bárbara Rubim, é atingir todos os 5.570 municípios até o fim do ano. “A gente acredita que, tendo cada vez mais programas do governo para energia fotovoltaica, inclusive com geração em prédios públicos, a tendência é conseguir isso”.

Investimentos

Desde 2012, foram aplicados R$ 111,2 bilhões em recursos  privados no setor, com geração de quase  700 mil novos empregos e arrecadação para os cofres públicos de R$ 29,8 bilhões.

A vice-presidente explica que, no primeiro semestre deste ano, houve desaceleração nas vendas em razão de mudança no cenário político do país e da situação macroeconômica, que afetou o varejo em geral.

Para o segundo semestre, a previsão é de retomada de crescimento, ampliação do número de sistemas instalados e de beneficiados.

Esta matéria foi publicada pelo Agência Brasil. Clique aqui e confira a notícia.

Uma visão comparativa do crescimento do setor de energia solar em relação a outros segmentos

 

 

Em um cenário marcado por desafios econômicos e ambientais, o mercado de energia solar tem se destacado como um setor em crescimento constante. Enquanto alguns segmentos enfrentam dificuldades durante crises econômicas, a indústria de energia solar tem experimentado um crescimento significativo. Em contraste com os setores tradicionais de combustíveis fósseis, que muitas vezes são impactados pela volatilidade dos preços e pela demanda reduzida, a energia fotovoltaica tem mostrado resiliência e atratividade.

 

Um dos principais fatores impulsionadores do crescimento da energia solar é o crescente apelo ambiental e a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Governos, empresas e consumidores têm reconhecido a importância da transição para fontes renováveis, como a energia solar, a fim de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas.

 

Além disso, os avanços tecnológicos no setor solar têm contribuído para a queda dos custos de instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos. Isso tornou a energia solar mais acessível e atraente para residências, empresas e instituições governamentais, impulsionando a demanda por projetos de energia solar em larga escala.

 

A visão otimista em relação ao mercado de energia solar é embasada em diversas perspectivas promissoras. Primeiramente, a energia solar é uma fonte abundante e inesgotável, o que garante a sustentabilidade a longo prazo. Além disso, a redução contínua dos custos de produção e aprimoramentos tecnológicos estão impulsionando a eficiência dos painéis solares, tornando-os cada vez mais eficazes na conversão de energia solar em eletricidade.

 

Outro ponto favorável é a criação de empregos. O setor de energia solar tem o potencial de gerar uma quantidade significativa de empregos locais, desde a fabricação e instalação de painéis solares até a manutenção e operação dos sistemas. Isso contribui para a recuperação econômica e o desenvolvimento sustentável das comunidades.

 

Além disso, as políticas governamentais de incentivo à energia solar, como subsídios e programas de financiamento, têm impulsionado ainda mais o crescimento do mercado. Essas iniciativas estimulam investimentos e tornam a adoção da energia solar mais viável para empresas e consumidores.

 

São esses fatores, dentre outros, que demonstram de forma positiva o crescimento do segmento de energia solar em meio à crise, destacando-se como uma alternativa sustentável e economicamente viável para a geração de energia. Enquanto outros setores podem enfrentar desafios, a indústria solar continua a atrair investimentos, criar empregos e fornecer soluções energéticas limpas, além de contribuir para a transição global para uma matriz energética mais sustentável e renovável.

Fórum vai debater como transformar o Rio de Janeiro na capital dos empregos verdes

 

 

O Rio de Janeiro é uma das capitais brasileiras com maior potencial de geração de empregos verdes no Brasil. O setor do saneamento tem 45 mil postos de trabalho, 25% dos empregos voltados para a sustentabilidade. Telecomunicações possui 38 mil, em torno de 20% do total de oportunidades, segundo números do Caged, analisados pelo Observatório Carioca do Trabalho, gerenciado pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda.

Estes e outros dados serão apresentados e debatidos no fórum “Rio de Janeiro: capital dos empregos verdes”, que a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro (SMTE) e o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), do Instituto de Economia, da UFRJ, realizarão, na próxima quinta-feira (29/6), das 9h às 18h, no Planetário do Rio, na Gávea. O secretário Everton Gomes fará abertura do evento, que terá paineis mediados pela secretária municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque, e pelo economista Sérgio Besserman, entre outros. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas neste link.

Os empregos verdes são aqueles que favorecem a sustentabilidade, reduzindo as emissões de gases poluentes e incrementando as energias renováveis, entre outras características. Destaque para o setor do saneamento, impulsionado pelo novo marco regulatório do setor, que gera quase 46 mil empregos na cidade e o dos transportes coletivos alternativos ao rodoviário e ao aeroviário, com 54 mil postos de trabalho.

– Nossa proposta é reunir meio acadêmico, iniciativa privada e representantes dos trabalhadores para debatermos as oportunidades e, juntos, transformarmos o Rio de Janeiro na capital dos empregos verdes. Acreditamos no desenvolvimento sustentável, que gere empregos preservando o meio ambiente. Nosso modelo tem compromisso com o social: queremos resolver os problemas imediatos da população mas também garantir deixar um legado para as futuras gerações – salienta o secretário de Trabalho e Renda do Rio, Everton Gomes, organizador do evento.

– São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram 50% dos empregos verdes no Brasil, mas vejo nossa cidade com enorme potencial para a geração de empregos em atividades relacionadas à transição energética devido à presença da Petrobras, Eletrobras, Furnas, Eletronuclear e outras – enfatiza o professor Nivalde de Castro, um dos propositores do fórum.

Participarão das mesas o secretário municipal do Clima de Niterói, Luciano Paez; o diretor executivo do Instituto Fecomércio de Sustentabilidade (IFeS), Vinicius Crespo; a diretora regional da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Camila Nascimento; o coordenador do Climate Reality, Sergio Besserman; o diretor de Estudos Econômicos e Estratégicos da Empresa de Pesquisa Energética, Giovani Machado; o presidente da Rio+Saneamento, Leonardo Righetto; o chefe do departamento de Energia do BNDES, Alexandre Siciliano Esposito; os fundadores do Ciclo Orgânico e da Favela Orgânica, Lucas Chiabi e Regina Tchelly, respectivamente, entre outros. O evento tem apoio do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Fundação Universitária José Bonifácio.