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Prefeitura de Niterói inicia testes com veleiro movido à energia solar

 

 

A Prefeitura de Niterói, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Euclides da Cunha (FEC), por meio do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA), acaba de iniciar os testes com uma embarcação movida com energia solar e eólica e que será utilizado para coletar e monitorar água da Baía de Guanabara.

Trata-se do veleiro F-Boat, produzido em Niterói, que conta com sistemas de inteligência artificial e autonomia de 24 horas por dia durante os sete dias da semana. É o primeiro veleiro autônomo movido a energia limpa desenvolvido pela Universidade.

Para o secretário municipal do Clima, Luciano Paez a embarcação sustentável vai desempenhar um papel fundamenta na análise de diversos aspectos de qualidade da água. “Mostra que a mobilidade sustentável é um caminho sem volta! O transporte com zero emissão de carbono é uma das ações que a Secretaria do Clima se dedica e apoia”, completa o secretário.

Já o professor do Instituto de Computação, Esteban Walter Gonzales Clua, que atua na construção do projeto, ressalta que o veleiro, uma vez pronto e funcionando como um veículo autônomo, funcionará como um verdadeiro laboratório para questões de meio ambiente. “Assim, podemos desenvolver novas estratégias de monitoramento, até permitir que qualquer grupo da Universidade, ou de fora, possa utilizá-lo como plataforma”, declarou à imprensa.

A influência do mercado automotivo na geração de energia solar

 

 

 

Por Tiago Fruet, Sales Manager da SolarEdge

 

Todos sabemos que brasileiros são apaixonados por carro, mas como o mercado automotivo pode influenciar o mercado solar? Esta pergunta não possui apenas uma resposta, mas sem dúvidas vai impulsionar a geração própria de energia nos próximos anos.

No Brasil e no mundo, estamos passando por constantes aumentos de preço na cadeia de insumos, principalmente o petróleo, que por consequência eleva o aumento da gasolina. Além disso, a cada ano temos secas e mudanças climáticas que estão afetando a matriz hídrica, nossa principal matriz energética no Brasil, com vários reservatórios em situação crítica, causando o aumento da conta de energia. Segundo a ABSOLAR, o Brasil já ultrapassou a marca de 15 GW em potência operacional da fonte solar fotovoltaica, com isso já ultrapassamos a geração total da usina hidrelétrica de Itaipu. Isso ainda corresponde à uma pequena fatia da matriz enérgica total do país, ocupando hoje a quinta posição.

No mercado automotivo, um levantamento foi divulgado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), mostrando que a participação nas vendas internas totais de veículos leves elétricos foi de 2,5% no último quadrimestre e com potencial de alcançar mais de 10% até 2025, principalmente porque a cada novo lançamento de carro elétrico, estamos vendo preços mais baixos e maior autonomia. Entretanto, vamos voltar a questão inicial, como isso irá afetar o mercado solar? Vamos exemplificar.

Atualmente os veículos elétricos possuem bateria de 20 a 100 kWh e autonomia de 100 a 500 Km. Se usarmos os dados do Chevrolet Bolt, que possui uma bateria de 66 kWh e autonomia de 416 km, teríamos um consumo de 15,8 kWh a cada 100 km rodados. Uma pessoa roda cerca de 2000 Km/mês, terá um incremento na conta de luz de 316 kWh. Utilizando como exemplo a CPFL Campinas, onde o kWh custa em média R$ 1,04, este cliente terá um incremento na sua conta de luz de R$ 328 para abastecer seu veículo em casa, em contrapartida se fosse um veículo a combustão, teria um gasto médio mês de gasolina de R$ 1.070 (considerado consumo médio de 14 Km/L e preço médio de R$ 7.5 por L de gasolina). Isso levaria em uma economia mensal de aproximadamente R$ 740, podendo variar de carro para caro e de cidade para cidade.

Um detalhe nos veículos elétricos que precisamos levar em conta é o tempo de carregamento. O carregador original de fábrica carrega em média 3.7 kW, levando em média de 8 a 20h para carregamento total do veículo. Vamos refazer este exemplo considerando uma casa com sistema Solar com inversor SolarEdge com carregador de carro elétrico.

Se o cliente optar por instalar a energia solar, irá ganhar duas vezes, pois já terá o desconto em sua atual conta de luz que pode chegar a 95% e este incremento do consumo devido ao carro elétrico de 316 kWh com custo praticamente 0, sem contar o tempo de carregamento reduzido, pois o sistema de carregamento SolarEdge que carrega em 32A e mínimo de 7.4 kW, reduzirá este tempo de carregamento em 2,5x. Portanto teremos uma redução de R$ 1.000 mensais em combustíveis no exemplo inicial.

Por fim, se juntarmos o custo do carro elétrico que a cada ano está mais em conta e até 2025 provavelmente será 50% do custo de um carro a combustão, o cliente que optar em colocar solar em sua residência com sistema de carregamento de carro elétrico SolarEdge e já estiver comprando ou pensando em comprar um carro elétrico, terá seu payback reduzido praticamente pela metade, com o ganho em redução de energia para casa e energia/combustível para o veículo. Neste momento, veremos a grande diferença e mudança no mercado automotivo em sintonia com o solar.

Novo campus do Google traz telhado solar no formato de escamas de dragão

 

 

O novo campus do Google, na California, EUA, segue a mesma tendência de escritório sustentável das outras unidades da empresa e conta com um telhado solar com cerca de 90 mil geradores fotovoltaicos que formam um desenho de escamas de dragão.

Inaugurado no último mês de maio, o noco campus, batizado de Bay View, é parte dos planos da companhia de zerar as emissões de carbono nas operações na próxima década.

Conforme comunicado à imprensa internacional, o novo projeto teve como propósito arquitetônico criar um equilíbrio entre a geração de energia solar e a estética do prédio. “O resultado foi um telhado de energia solar com um design inovador, tornando possível que os painéis solares possam captar a luz solar por diversos ângulos, expandindo assim o seu rendimento energético durante mais tempo ao longo do dia”, disse o comunicado.

O telhado solar da unidade do Google possui cerca de 7 megawatts (MW) de potência instalada e tem capacidade de suprir até 40% do consumo energético do complexo. O restante será abastecido por usinas eólicas que serão instaladas próximas ao campus. Assim, cerca de 90% do suprimento energético serão provenientes de fontes limpas e renováveis.

Representantes do setor solar integram comissão de estudo da ABNT para normatizar mercado nacional

 

 

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) deu início em janeiro deste ano aos trabalhos de uma comissão de estudo com o objetivo de reforçar a qualidade, desempenho e segurança de produtos e serviços ligados ao mercado de energia solar no País, tanto dos pequenos projetos em telhados, fachadas e terrenos quanto nos empreendimentos fotovoltaicos de grande porte.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) assumiu a Coordenação da Comissão de Estudo Especial (CEE), lançada no final do ano passado, que trata de temas como terminologia, componentes e equipamentos, sistema de geração, interface e gestão, geração solar integrada às edificações e geração fotovoltaica integrada a bens de consumo.

A proposta da comissão é a normalização dos projetos desenvolvidos pelo setor de energia solar, visando o fortalecimento do processo de diversificação da matriz energética brasileira, compreendendo projetos, instalação, inspeção e manutenção de sistemas fotovoltaicos e de aquecimento térmico.

A evolução rápida e dinâmica das diferentes tecnologias solares traz oportunidades estratégicas de aprimoramento das normas técnicas utilizadas pelo setor e pelo mercado, como forma de melhorar e padronizar processos, produtos e serviços.

O compromisso da ABNT e ABSOLAR é um marco para o setor e vai elevar ainda mais a qualidade dos sistemas solares no País, seja na geração solar em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, ou nas usinas solares de grande porte”, esclarece.

Dia Mundial do Meio Ambiente: como a Win colabora na transição energética do Brasil

 

 

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste ano em 5 de junho, é marcado por uma série de iniciativas de empresas, governos e entidades sem fins lucrativos. É também o momento de avaliar os desafios a serem enfrentados nos próxima década, sobretudo no combate climático e na transição energética.

No caso brasileiro, um dos avanços é a maior democratização do acesso à energia solar pelos consumidores. Neste aspecto, a Win, com seus três anos de atuação no País, tem se tornado um player de destaque na transição energética, já que fornece equipamentos de ponta para as empresas integradoras que atuam em todo o território nacional.

Para se ter uma ideia do papel importante da empresa, somente no ano passado, foram 5,5 mil projetos vendidos pela companhia para as empresas de instalação e projetos de energia solar em residências e empresas. No total, foram entregues mais de 200 mil painéis fotovoltaicos ao longo de 2021.

Para este ano, a Win espera triplicar o volume de vendas este ano em comparação com o resultado de 2021 e chegar a um montante de 300 megawatts (MW) em kits solares comercializados este ano no País.

Uma das apostas da companhia é trazer ao mercado nacional geradores mais potentes do que os usuais, como por exemplo, os módulos de 605 W, que a companhia acaba de receber no estoque. A companhia também espera um crescimento na demanda por novas tecnologias como inversores híbridos, soluções com bateria para armazenamento energético, carregador de carro elétrico e novas opções de otimizadores para controle de consumo de energia.

Outra estratégia de negócio é ampliar presença da equipe comercial nos estados brasileiros, justamente para reforçar a relação com as empresas de instalação e projetos espalhadas pelo País, chamadas de integradores.

“Somos uma das empresas neste novo mercado brasileiro de energia solar que mais tem crescido nos últimos anos. Para se ter uma ideia, comercializamos cerca de 100 MW em 2021 contra 30 MW em 2020”, informa Camila Nascimento, diretora da Win. “Dos cerca de 8 mil projetos que participamos de três anos para cá, quase 70% foram comercializados em 2021”, completa.

Outro fator de sucesso da Win é o investimento pesado em estoque, justamente para atender os prazos na crescente demanda por projetos de energia solar em residências e empresas. Os recursos injetados pela companhia foram seis vezes maiores ao longo de 2021 e a perspectiva é manter em alta a disponibilidade de equipamentos para abastecer as empresas integradoras.

Ensaio de Inversores e a sua Vida Útil

 

 

Por Ariel Martins, Especialista Técnico Fronius do Brasil

 

Os inversores da Fronius, destinados à conversão da energia solar em energia elétrica, ou inversores fotovoltaicos simplesmente, são submetidos à uma série de exaustivos testes e ensaios em laboratório, a fim de garantir a melhor eficiência desses produtos quando expostos às situações do mundo real. 

Figura 1: Linha de Inversores da Fronius composta pelas famílias Primo, Symo BR, Symo e ECO.

 

Essa não é uma exclusividade dos Inversores, mas todo produto industrializado possui testes e ensaios específicos para garantir o seu funcionamento para àquelas condições pré-estabelecidas de acordo com o seu propósito. Pegando por exemplo um automóvel, este deverá possuir testes específicos e rígidos quanto à sua estabilidade, frenagem, impactos frontais e laterais, além de outros aspectos do veículo, simulando as condições do mundo real, que podem acontecer eventualmente. Estes testes, além de garantir a maior proteção, conforto e experiência para os usuários, garantem também a vida útil dos produtos que compõe a sua montagem.

Levando esta analogia para o mundo da Energia Solar, os Inversores também passam por diversos testes para garantir os princípios básicos de seu funcionamento. Após realizados todos esses testes e ensaios, os fabricantes devem encaminhar os seus produtos para as certificações locais, realizadas por órgãos competentes de cada país ou região, que assim como a própria empresa fabricante, entende que um determinado produto deverá cumprir algumas condições de funcionamento e segurança para que o mesmo seja comercializado, e assim chegue até a sua casa ou empresa.

A Fronius, empresa Austríaca fabricante de Inversores e líder do setor no Brasil, preza pela qualidade, durabilidade e confiabilidade de seus produtos, afim de proporcionar ao consumidor o melhor produto disponível no mercado, além de uma longa vida útil ao equipamento. Para isso, os testes por ela realizados contam com uma série de estágios que iremos explorar a seguir:

 

  • TESTE DE IMPACTO

 

O teste: O equipamento é submetido a um impacto de 10 Nm em locais em posições pré-definidas.


Objetivo: Garantir a resistência da carcaça, especialmente quando este for utilizado em ambientes comerciais e em instalações com pé-direito elevado.

 

  • TESTE DE POEIRA

O teste: Um ventilador é responsável por lançar uma fina camada de talco sobre o inversor.


Objetivo: Assegurar a impermeabilidade do equipamento à poeira.

 

  • TESTE DE PERFORMANCE EM BAIXA TEMPERATURA

O teste: O inversor é exposto à extremas flutuações na temperatura e umidade.


Objetivo: Garantir a robustez e funcionamento do inversor em localidades extremas

 

  • TESTE DE QUEDA

O teste: O equipamento é submetido à uma queda, de altura pré-definida em relação ao solo, em uma superfície sólida.


Objetivo: Assegurar além da resistência, a estabilidade do equipamento em caso de queda.

 

  • TESTE DE RESISTÊNCIA AOS RAIOS ULTRA-VIOLETAS (UV)

O teste: O equipamento é exposto por um longo período de tempo à luz solar de alta intensidade (em laboratório).


Objetivo: Garantir o funcionamento e vida útil do equipamento em ambientes onde não é possível realizar o abrigo dos inversores.

 

  • TESTE DE COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA (EMC)

O teste: Observar os efeitos da radiação e emissões na frequência de 30 MHz à 1GHz.


Objetivo: Assegurar a compatibilidade com outros equipamentos eletrônicos, sem que haja qualquer tipo de interferência, seja de outros equipamentos no inversor, como do inversor em outros equipamentos.

 

  • TESTE DE DURABILIDADE

O teste: O equipamento é submetido a variações da temperatura ambiente de -20°C à +100°C.


Objetivo: Assegurar a resiliência do dispositivo, especialmente para instalações externas, onde o inversor é exposto às mais diversas condições climáticas.

 

  • TESTE DE SALINIDADE

O teste: Uma mistura salina é lançada em direção ao inversor por um longo período de tempo (dias).


Objetivo: Assegurar a resistência à corrosão, garantindo o melhor funcionamento do inversor em regiões com alta concentração de sal (regiões costeiras).

Conclusão


Testes como estes mostrados acima, demonstram a qualidade, durabilidade e confiabilidade destes inversores, pois estes vão além dos testes necessários e exigidos pelas normas vigentes ao redor do mundo (ex.: ABNT NBR 16149 e certificação INMETRO – Portaria nº 004 de 2011), garantindo sempre a melhor performance, independente da região.

Assegura-se desta maneira, a vida útil elevada do equipamento, que pode ultrapassar os 20 anos de operação. Vale lembrar que a Fronius como uma das pioneiras no mercado de energia solar na Europa, possui inversores instalados e operantes desde meados dos anos 90.

Portanto, a atenção aos detalhes, testes cada vez mais exigentes, além dos necessários e, equipamentos muito bem projetados, garantem vida útil, melhor performance e, fazem da Fronius uma das melhores marcas de inversores do mercado, com produtos premiados mundo afora.

Ilha em Angra dos Reis troca combustível fóssil por energia solar

 

 

A Ilha do Japão, em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, acaba de dar um grande exemplo no avanço de medidas sustentáveis. O local deixará de queimar 160 litros de diesel por dia e passar a conta com o abastecimento a partir da energia solar fotovoltaica, conforme anunciado na imprensa nos últimos dias.

Localizada a sete quilômetros da margem de Angra dos Reis, a Ilha do Japão é um local privado e integra um arquipélago formado por 365 ilhas. Um dos principais objetivo do projeto fotovoltaico é a valorização do meio ambiente pela utilização de uma energia limpa, barata e renovável, com o intuito de melhor a qualidade de vida da comunidade e da própria sociedade.

O projeto instalado na Ilha do Japão conta com painéis fotovoltaicos com potência de 45kWp e inversor com 50KVA de potência. Inclui ainda um sistema de armazenamento de energia por baterias, o que garante mais autonomia e segurança no suprimento energético ao local.

A combinação de energia solar com sistemas de armazenamento possui várias aplicações, tanto na área de geração quanto em transmissão e distribuição. Porém, vale ressaltar que o uso de geradores fotovoltaicos combinado com baterias é atualmente o modelo mais indicado para locais remotos, que não possuem conexão com rede elétrica, como é o caso da ilha do Japão, em Angra dos Reis.

Uso de energia solar dobra no estado do Rio de Janeiro nos últimos 12 meses

 

 

O número de sistemas instalados de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos dobrou no estado do Rio de Janeiro nos últimos 12 meses, segundo mapeamento da Win, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos no País. De acordo com o levantamento, feito com base nos dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o volume de conexões da geração própria de energia a partir da fonte solar no território fluminense saltou de 27 mil em maio de 2021 para 57 mil neste mês, um crescimento de 114%.

Atualmente, o estado do Rio de Janeiro possui 421,6 megawatts (MW) de energia solar em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, ante os 251 MW verificados em maio do ano passado.

O volume de investimento acumulado no estado do RJ também cresceu nos últimos 12 meses, de R$ 1,3 bilhão em maio de 2021 para R$ 2,3 bilhões neste mês. O setor solar também é responsável pela geração de mais de 12,6 mil empregos no estado e pela arrecadação de mais de R$ 525,3 milhões aos cofres públicos.

Neste mês, o governo fluminense apresentou o Mapa da Produção de Energia Solar, elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais em parceria com a ABSOLAR. A publicação apresenta o cenário de produção, as oportunidades de crescimento e as iniciativas do governo estadual para estimular os investimentos na geração de energia limpa na região.

Para Camila Nascimento, diretora da Win e coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio de Janeiro, o avanço da energia solar é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do estado fluminense e do próprio Brasil. “Em especial, o estado do Rio de Janeiro é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.

Nova sede sustentável da Win representa avanço na proposta de Ellon Musk para volta do trabalho presencial

 

 

Antes mesmo das recentes declarações do empresário Ellon Musk, dono da Tesla e de outros importantes empreendimentos no mundo, sobre a importância e o papel da volta ao trabalho presencial no ambiente corporativo para o desenvolvimento profissional e dos negócios, a Win já trabalhava neste conceito há cerca de seis meses antes. Porém, com avanços importantes na ideia de local de trabalho agradável, acolhedor e que propicie o sentimento de pertencimento no pós-pandemia e retomada das atividades normais.

Depois de mais de 180 dias de obras e reformas, a Win inaugurou, no dia 10 de maio, a sua nova sede administrativa na cidade de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, com soluções ambientais em todo o projeto, criando assim a primeira “casa sustentável” do estado fluminense.

Localizada no centro da cidade, a nova sede da empresa contou com investimentos em obras de engenharia e arquitetura da ordem de R$ 1 milhão, justamente para o desenvolvimento de soluções de eficiência energética e sustentabilidade ambiental. Uma das primeiras iniciativas, porém, foi reformar uma casa e não alugar um espaço em um prédio comercial, justamente para manter um ambiente acolhedor tal qual a residência dos colaboradores durante o período de restrição na pandemia.

“O ambiente para os colaboradores foi pensado para incentivar o uso da criatividade e inovação na solução de obstáculos e melhoria contínua, com bastante natureza, decoração rebuscada, ambientes de descontração, área para reuniões ao ar livre e lazer”, comenta Camila Nascimento, diretora da Win.

O local possui geração própria de energia elétrica por fonte solar no telhado e no modelo de carpot instalado, sistemas de captação de água de chuva para uso nos jardins e descargas, jardim vertical e estrutura externa com bastante vidro para aproveitar a iluminação natural. Também conta com ponto de descarte de baterias e lixos eletrônicos, assim como planejamento de separação de lixo orgânico do reciclável.

A nova sede da Win foi planejada para ser um centro ambiental para visitas monitoradas de profissionais do setor, escolas, instituições e ONGs, além de servir como um ponto de descarte de lixo eletrônico, pilhas e baterias. Também fará uso da vaga cedida pela prefeitura da cidade para carregamento de veículos elétricos, como um compromisso de atender toda a população do entorno.

O espaço possui uma sala de estudos para cerca de 20 pessoas, para a realização de treinamentos, demonstração de produtos, apresentação de novas tecnologias etc. No total, o estabelecimento possui cerca de 248 metros quadrados. Todo o ambiente foi concebido dento do conceito de “use o que você vende”.

 

Mais eficiente e sustentável no pós-pandemia

 

A nova sede da Win marca o novo momento da companhia no País, que tem obtido resultados importantes na comercialização de kits solares para o mercado brasileiro. A empresa espera triplicar o volume de vendas este ano em comparação com o resultado de 2021 e chegar a um montante de 300 megawatts (MW) em equipamentos fotovoltaicos vendidos este ano no País.

Nos últimos 12 meses, foram 5,5 mil projetos comercializados pela companhia para as empresas de instalação e projetos de energia solar em residências e empresas. No total, foram entregues mais de 200 mil painéis fotovoltaicos ao longo de 2021.

“Somos uma das empresas neste novo mercado brasileiro de energia solar que mais tem crescido nos últimos anos. Para se ter uma ideia, comercializamos cerca de 100 MW em 2021 contra 30 MW em 2020”, informa Camila. “Dos cerca de 8 mil projetos que participamos de três anos para cá, quase 70% foram comercializados em 2021”, completa.

A nova casa, além de ser sustentável, servirá como um grande showroom para todos os produtos que a WIN e o Grupo All Nations comercializam, incluindo os kits fotovoltaicos, os equipamentos de informática, sistema de monitoramento, produtos da marca própria de organização nas áreas de casa e mobília de escritório, como torneiras, cadeiras e lustres, dentre outros.

Conceito Zero Feed-In

 

 

Por Ariel Martins, Especialista Técnico Fronius do Brasil.

 

Modalidades de Comercialização de Energia


O modelo encontrado no Brasil para a geração e consumo de energias renováveis, como por exemplo a energia solar fotovoltaica, é conhecido como Sistema de Compensação de Energia Elétrica (Net Metering), estabelecido em território nacional pela Resolução Normativa nº 482 de 2012 da ANEEL.
Este sistema permite que o consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, que optou pela instalação de um micro ou minigerador de energia, utilize o valor da energia gerada para compensar o seu consumo junto à concessionária local. Já quando houver excedente de energia gerada, esta é devolvida ao consumidor em forma de créditos, que podem ser compensados em contas de energia futuras por até 60 meses.
Diversos países utilizam este sistema como forma de incentivo e adesão às energias renováveis, contribuindo muito para a diversificação da matriz energética local, mas há ainda outros tipos de sistemas, como por exemplo, a Feed-in Tarriff. Neste sistema, o consumidor pode vender a quantidade de energia injetada na rede de acordo com as tarifas vigentes de cada local, por isso o termo Feed-in tariff, ou em tradução, tarifa de alimentação ou tarifa de injeção.

 

Deixando de consumir energia da rede?


Em alguns lugares do mundo, onde a energia solar já está estabelecida e as políticas de incentivo já não são mais tão necessárias, como por exemplo a Alemanha, EUA e Austrália, a comercialização deste excedente de energia já não faz muito sentido. Isso acontece pelo fato da energia solar ter se tornado uma fonte de energia muito acessível, tendo o seu custo mais vantajoso do que a energia comercializada pelas concessionárias de energia.
Quando o comportamento observado na Figura 1 ocorre, ou seja, quando o preço da energia proveniente de seu Sistema FV é mais em conta financeiramente do que a energia disponibilizada pelas concessionárias e pelo sistema elétrico de cada região, a energia excedente injetada na rede, recebida pelo consumidor em forma de créditos ou mesmo vendida, deixa de ser vantajosa. E é exatamente enxergando esse comportamento que o mercado de armazenamento de energia se torna extremamente interessante e cada vez mais viável para o público.
O armazenamento de energia, seja ele elétrico através de baterias, seja ele térmico com o aquecimento de água em um boiler elétrico, destina o excedente de energia à uma dessas aplicações, fazendo com que sua energia seja otimizada ao máximo e o desperdício seja cada vez mais irrisório.

 

Figura 1: Evolução do preço da Energia proveniente do Sistema FV e da Energia convencional consumida da rede na Áustria.

 

Dentro do Setor Elétrico, existe ainda uma modalidade de comercialização de energia, onde o consumir final não consome sua energia diretamente das concessionárias de energia, mas sim diretamente de uma empresa que a comercializa. Esta modalidade é conhecida como Mercado Livre de Energia. As regras, critérios e demais informações podem ser encontradas diretamente no site da ANEEL, pois não é o intuito deste artigo.


O que vale ser ressaltado aqui é o fato de que para participar do Mercado Livre de Energia, as empresas responsáveis pela venda deverão possuir fontes de energia classificadas como incentivada, como por exemplo Solar, Eólica e PCH (Pequena Central Hidrelétrica).


Nesta situação, os responsáveis pela geração de energia não podem trabalhar com excedentes de energia em seu sistema, pois podem ser multados. Portanto, não existe aqui um ambiente de compensação de créditos, mas sim um contrato com valores pré-definidos de demanda de energia em que o consumidor deverá negociar previamente com os seus potenciais fornecedores.


Para evitar que a energia seja devolvida à rede no ambiente de comercialização de energia como no Mercado Livre e, para que o máximo de energia seja reaproveitado pelas fontes de armazenamento como visto anteriormente, utiliza-se o conceito Zero Feed-in.

 

O que é Zero Feed-In?


Como vimos no início deste artigo, o termo Feed-in Tariff diz respeito à tarifa de injeção na rede, logo o termo Zero Feed-in nos passa a ideia de que nada será injetado na rede, ou seja, Zero Injeção.


Isso é possível com a ajuda do medidor inteligente bidirecional da Fronius, ilustrado abaixo na Figura 2, chamado Smart Meter, onde a energia gerada pelo Sistema FV, a energia consumida pelas cargas, o excedente de energia e, por fim a energia consumida da rede, são todas monitoradas e parametrizadas através do equipamento. Esses dados podem ser facilmente ilustrados e compreendidos na plataforma de monitoramento online da Fronius, chamada Solar.web.

 

 

Figura 2: Digrama de ligação Sistema FV + Cargas + Smart Meter + Rede

 

Esta função, realizada com o auxílio do Smart Meter, permite que apenas a energia necessária para alimentar as suas cargas seja drenada do Sistema FV (Figura 3), pois o medidor faz esse trabalho de dosar e entender o quanto de energia é necessário naquele momento. Quando há muita geração, mas pouco consumo (Figura 4), este excedente não é de forma alguma injetado na rede. Já na situação inversa, quando há muito consumo e pouca geração, toda a sua geração é destinada para as cargas e o restante de energia necessária para fazê-las funcionar, vem diretamente da rede.

 

Figura 3: Cargas e armazenamento térmico consumindo apenas a energia necessária. Há pouco ou quase zero excedente de energia.

 

Figura 4: Sistema FV com muita geração e pouco consumo. O excedente de energia (área verde) injetado na rede é consideravelmente alto.

 

Mas qual o benefício?


Além do Mercado Livre de Energia, onde essa prática é obrigatória, para os demais projetos, o Zero Feed-In pode ser entendido como uma situação muito específica, pois não necessariamente devemos impedir essa injeção na rede, o que vai depender muito das características e legislação de cada país. Vale lembrar que essa limitação de injeção ainda pode ser parametriza, como por exemplo, injetar apenas 10%, 20 ou 30% da energia gerada, ou ainda possuir um valor fixo de potência, como por exemplo 2.000W.


Essa limitação de potência revela os seguintes benefícios:


- A sua energia excedente pode ser armazenada, ou seja, você não se desfaz ou mesmo a desperdiça (Ex.: banco de baterias)

- Aumento do número de conexões de Sistemas FV à rede. Uma vez que toda a energia gerada já é consumida diretamente, o número de conexões não interfere no comportamento da rede da distribuidora de energia local.

- Adiamento em investimentos da infraestrutura da rede local. Uma vez que muitos Sistemas FV se conectam à rede, a infraestrutura local pode sofrer alterações e altos investimentos como a troca de cabeamentos, transformadores e etc, porém quando não há injeção na rede, esse investimento pode ser adiado.

- Inibe o aumento de tensão. Isso acontece pelo fato de que o Sistema FV acaba não atingindo níveis elevados de excedente de energia, o que acarreta na não elevação de tensão.

- À prova de mudanças. Quaisquer que sejam as alterações na compensação de energia que a agência nacional pode vir a optar, a limitação de potência permite que o seu sistema esteja sempre preparado para os mais diversos cenários.
- Independência, pois uma vez que as tarifas de energia continuam a aumentar, utilizar cada vez mais a energia proveniente de seu Sistema FV é a opção mis acessível para todos.

- Eficiência. Com a utilização da energia de acordo com o seu consumo, a previsão de um projeto de eficiência energética pode não só melhorar a qualidade da sua instalação, mas também acarretar em sistemas menores e mais acessíveis.